AS MULHERES NAS ÓPERAS DE RICHARD STRAUSS.
Como compositor de óperas, pode-se dizer que a maioria das óperas de Richard Strauss tem por título um nome de mulher e está centrada num personagem feminino. O mesmo acontece com Puccini, mas há uma diferença. As heroínas de Puccini são criaturas dóceis e submissas, inteiramente dedicadas aos seus amantes, a quem são fiéis até à morte, com exceção de Turandot. Já nas óperas de Richard Strauss há todo tipo de mulher: a revoltada como Elektra; a megera, protótipo da femme fatale, como Salomé; a doçura, sabedoria e delicadeza de Marechala em Der Rosenkavalier; a mulher doente de amor Ariadne em Ariadne auf Naxos; o bom gosto e refinamento da Condessa Madeleine em Capriccio, incapaz de escolher entre um poeta e um músico - e Strauss aproveita para fazer a apologia da poesia e da música, as duas artes irmãs nesta ópera. Um subtítulo geral para as óperas de Richard Strauss poderia ser "a mulher no divã" ou "psicanálise feminina". O poeta Hugo von Hofmannsthal, amigo do compositor, compartilhava dos mesmos gostos e das mesmas tendências, razão pela qual a colaboração entre os dois foi tão frutífera.
Elektra, Lyric Opera of ChicagoFonte: http://www.concertino.com.br/index.php?option=com_content&view=featured&Itemid=101
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