GRANDES MOMENTOS HISTÓRICOS DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

 


É cabível deixar registrados neste site de música e dança clássicas os grandes momentos históricos de sua trajetória, os quais muitas vezes se confundirão com os grandes momentos artísticos ocorridos em seu palco. De 1909 até hoje, muita gente famosa da ópera e do canto, do ballet, da música sinfônica e camerística, da composição, do teatro de prosa e de várias formas de expressão artística inseridas no âmbito das “performing arts” ali se apresentou, e muitas instituições foram fundadas em seu seio, não sendo fácil tarefa escolher quais as ocorrências de maior significado histórico ou artístico no longo período.
Optamos por critérios de escolha baseados na fama internacional dos artistas, na alta qualidade dos espetáculos, na importância de eventos, no significado do trabalho dos artistas mencionados para o desenvolvimento das artes no TM, tendo muitas vezes por base referências pessoais escritas ou narradas de viva voz a quem escreve, e espetáculos e eventos por ele mesmo assistidos ou acompanhados. Mas estejam atentos os leitores: esta lista não pretende ser completa, nem absoluta, nem excludente, ou seja, haverá nomes e eventos não mencionados que, na opinião de muitos, deveriam dela constar. Aos que não concordam e aos que têm sugestões o autor roga que escrevam a este site, clicando ao final deste artigo em “opinião dos internautas” .
O primeiro grandíssimo artista de fama internacional a atuar no TMRJ foi o compositor Pietro Mascagni, autor da mais que célebre ópera “Cavalleria Rusticana”, uma das mais encenadas desde então no teatro. Mascagni era uma celebridade e viria atuar no TM muitas vezes. Sua primeira vinda em 1911 pode ser considerada a primeira de uma real estrela do mundo da música ao TM e se constitui em histórico acontecimento .
Em 1913, o bailarino Vaslav Nijinsky, mais famosa e mítica figura do ballet de todos os tempos, dança no Municipal e, pela fama desse artista, por sua importância no mundo da dança e do ballet, foi esse um dos maiores momentos do TM.
Em 1917, o tenor Enrico Caruso canta várias óperas no TM, e é esse um acontecimento estelar de inigualável prestígio e interesse de público. Caruso era na época o maior nome da ópera em todo o mundo .
Em 1918, um marco na história de recitais e concertos ocorre quando o TM recebe pela primeira vez o pianista Arthur Rubinstein, um dos mais queridos do público e um dos mais famosos, o qual viria repetidas vezes para longas séries de recitais. Nesse mesmo ano, faz sua estreia no TM o meio soprano Gabriella Besanzoni, outro ídolo do público. É esse outro momento de grande importância na história do teatro .
O ano de 1918 assinala com ênfase a presença de Villa-Lobos e sua música no TM, em meio a agitadas polêmicas, que perdurariam por muitos anos pela modernidade, originalidade, nacionalismo e independência de nosso maior compositor do século XX . Villa-Lobos e sua música no TM sempre foram história e arte.
Em 1920, canta no TM aquele que seria por décadas seu mais querido cantor de ópera – Beniamino Gigli, que ainda em 1951 encantava o público com memoráveis atuações. Nesse mesmo ano, canta pela primeira vez no TM aquela que talvez tenha sido a cantora mais admirada pelo público em todos os tempos, o soprano Claudia Muzio, de muitas atuações de altíssimo valor dramático .
1922, ano do centenário da Independência, é o ano de um acontecimento central para a música no TM: o regente Felix Weingartner rege O Anel do Nibelungo, de Wagner, pela primeira vez completo no Brasil .
Nesse mesmo 1922, o TM recebe pela primeira vez uma grande e famosa orquestra estrangeira quando a Filarmônica de Viena atua sob a regência de Felix Weingartner. Essa mesma orquestra retornaria em 1923, sob a regência de Richard Strauss, e esse acontecimento, pela grandeza e tradição da orquestra e pela fama e distinção de seu então regente Richard Strauss, um dos maiores compositores de todos os tempos, é outro marco na história do TM .
Nesse ano da independência, a 7 de setembro, o TM se engalana para uma das mais emotivas e bem sucedidas récitas de ópera de sua história, quando Pietro Mascagni rege O Guarani cantado pelo grande tenor Miguel Fleta .
Em 1925, apresenta-se pela primeira vez no TM um pianista que deixaria seu nome nele inscrito como um dos preferidos do público em todos os tempos: Alexander Brailowsky sempre emocionou uma plateia muito chegada a interpretações românticas e dramáticas da música dos grandes mestres, e era comum que muitos chegassem às lágrimas em suas atuações, principalmente em suas versões das obras de Chopin, consoante relatos pessoais feitos ao autor destas linhas.
Em 1927, ocorre acontecimento central na trajetória do TM vai ao palco um “Grande Festival da Escola de Bailados do TM”, sob a direção de Maria Olenewa, na primeira apresentação dos alunos da referida escola. Essa escola fundada por Olenewa, foi o embrião e o ponto de apoio para que o ballet no Brasil começasse a adquirir personalidade própria e deixasse de funcionar apenas atrelado a companhias e artistas estrangeiros que se apresentassem .
Em 1931, a recém instituída Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal estreia em seu palco, regida por Francisco Braga. A fundação dessa orquestra estimula a criação dos dois outros corpos estáveis do TM, o Coro e o Corpo de Baile. Com a existência e funcionamento desses corpos estáveis, que só ganharam corpo oficial em 1949, artistas brasileiros passaram a ter mais base e apoio para sua apresentação e começam nessa década de 1930 a atuar cantores, bailarinos e instrumentistas nacionais que se constituiriam em atrações populares.
Em 1934, ocorre um “Grande Espetáculo” de bailados nacionais com o Corpo de Baile do TM sob a direção e com coreografias de Maria Olenewa, Maryla Gremo, Luiza e Maria Carbonell e outros, no qual vão à cena ballets com músicas de Francisco Braga, Lorenzo Fernandes e Villa-Lobos. Tal fato é histórico por confirmar a crescente presença de artistas nacionais da dança no palco do TM.
Nesse mesmo 1934, a apresentação do bailarino e coreógrafo francês Serge Lifar é outro marco histórico e artístico, como também o é a apresentação do violoncelista Pablo Casals em 1937.
Em 1936, o TM recebe o compositor e regente Igor Stravinsky, que toca e rege suas próprias obras com a OSTM e em um recital. É esse um momento histórico e artístico de grande valor na história do teatro.
De suma importância na história do TM é a presença à frente de seu coro e de sua orquestra do regente e “chorus master ” Santiago Guerra, que em 1936 já era notado e que na década de 1990 ainda era visto colaborando em vários setores do TM.
Marco histórico de enorme importância na trajetória do centenário teatro foi a realização, em 1937, de uma primeira temporada nacional de ópera, toda ela feita com cantores e regentes brasileiros ou estrangeiroa aqui radicados ou intimamente ligados ao TM. Em breve, cantores como o barítono Paulo Fortes, o tenor Assis Pacheco, o baixo Guilherme Damiano e o soprano Violetta Coelho Neto de Freitas fariam suas estreias no TM, e entrariam para sua história.
Outro marco histórico é a apresentação pela primeira vez no TM da recém fundada Orquestra Sinfônica Brasileira em 1940, com seu regente Eugen Szenkar. Neste mesmo ano, constitui-se em acontecimento artístico de grande vulto a apresentação do violinista Jascha Heifetz, para muitos o maior do século XX. Maior ainda seria como evento histórico e artístico a vinda ao TM do célebre regente de orquestra Arturo Toscanini, que à frente de sua orquestra da NBC deu quatro concertos.
1939 marca a estreia no TM do regente de orquestra e compositor Eleazar de Carvalho. Tal acontecimento deve de certo ser encarado como histórico, tal o peso do trabalho desse artista em favor de todas as formas de arte musical em muitos anos de ativíssima presença no TM.
Em 1942, chega ao Rio de Janeiro o “Original Ballet Russe” do Coronel de Basil, e esse evento deve ser inscrito como histórico porque com ele vinha a bailarina Tatyana Leskova, artista francesa que se naturalizaria brasileira e que viria a ser um dos maiores nomes da dança no TM até recentes dias.Tatyana foi tudo no TM, bailarina, professora, “maitresse de ballet”, coreógrafa, diretora do Corpo de Baile, administradora e organizadora. Sua chegada ao Brasil e ao TM é significativo evento histórico.
1943 é o ano de outro acontecimento histórico no TM, quando nele se realiza uma “Temporada de Ballet Nacional”, com o CBTM e o diretor e coreógrafo Vaslav Veltchek . Nos anos próximos seguintes, os coreógrafos e “maitres de ballet” Igor Schwezoff e Yuco Lindbergh são também personagens históricos, por sua importância para a dança no TM.
Nos anos de 1942/3/4/5 uma presença histórica ocorre quando o barítono Leonard Warren, em muitas opiniões o maior e mais completo do século XX, vai ao palco para extraordinárias atuações, definidas por muitos que as viram como o ponto mais alto de apresentação de barítonos nos cem anos de vida do TM. Warren participou até de temporadas nacionais, com seus colegas brasileiros, em notável demonstração de prestígio ao teatro.
Em 1947, outra presença operística pode ser considerada histórica: a do tenor Mario del Monaco, cujas eletrizantes e dramáticas atuações em muitas óperas do repertório o tornaram um dos maiores favoritos do público em toda a história do TM. Del Monaco retornou muitas vezes ao palco do TM nos anos seguintes.
1951 é o ano da vinda ao palco do TM da mais célebre cantora de ópera do século XX e tal ocorrência é sem dúvida acontecimento histórico nestes cem anos: o soprano Maria Callas apresentou-se em poucas récitas, mas deixou seu nome inscrito na lista das maiores celebridades da música a ter atuado no TM. No mesmo ano, as primeiras atuações em nosso centenário teatro do soprano Renata Tebaldi, que retornaria várias vezes, pode também ser considerado um fato histórico, tal a empatia dessa artista com nosso público, que sempre a cobriu de aplausos 1951 é também o ano em que Beniamino Gigli, sem dúvida o tenor mais querido e aplaudido do público em toda a história do TM, se despede para sempre do Rio de Janeiro, fato que narra comovido em suas memórias.
Um concerto em 1950 assinala a presença de outra personalidade da música no TM: a da “chorus master”, regente de orquestra e musicóloga Cleophe Person de Mattos, já antes notada, que com sua “Associação de Canto Coral” manteve durante décadas estreitos vínculos com o TM. Cleophe foi uma das artistas da música que mais produziram nestes cem anos do TM e seu surgimento é portanto fato histórico da maior relevância.
Em 1956, a bailarina, coreógrafa e diretora de companhias Dalal Achca, outro nome de primeira grandeza na história da dança no TM, leva à cena o seu Ballet do Rio de Janeiro, embrião de muitas companhias de ballet por ela fundadas e administradas. Dalal foi responsável pela elevação do nível da dança clássica no TM, lançadora corajosa de muitos talentos novos e brilhante empresária que fez vir ao palco do teatro um sem número de grandes artistas da dança. Seu surgimento deve pois ser classificado como fato histórico nestes cem anos, mormente quando é assinalado que em 2009 se encontra ela ainda em plena atividade como coreógrafa e realizadora de ballets nas comemorações do centenário.
Mas fato histórico de primeira grandeza seria a montagem em 1959 e 1961 do primeiro grande ballet clássico do repertório totalmente realizado pelo pessoal, corpo de baile e artistas da casa : O Lago dos Cisnes vai ao palco com direção da coreógrafa e diretora de ballet Eugenia Feodorova, com Bertha Rosanova, Aldo Lotufo e Arthur Ferreira nos principais papéis. A vinda da bailarina Margot Fonteyn em 1959 tem seu lugar entre os eventos artisticamente relevantes na história do TM. Margot veio muitas vezes e foi sempre uma das favoritas do público.
Voltando à ópera, há dois acontecimentos dos anos 50 que não podem deixar de ser considerados históricos: pelo alto valor artístico as récitas de Otello em 1954 com Mario Del Monaco, Renata Tebaldi e Giuseppe Taddei, regidos por Edoardo de Guarnieri, e pela enorme afluência de público as récitas de Carmen, em italiano, com Giulietta Simionato e Mario del Monaco em 1956, regidos por Franco Ghione. O autor estava presente e nunca viu tanta gente querendo entrar no teatro, nem tanta gente lá dentro, nem tal multidão em frente ao mesmo em busca de ingressos. Houve quem pagasse o equivalente a mil dólares para obter ingresso!!! Tais récitas sem dúvida fazem parte da história e do folclore do TM.
Em 1957, obtém boa colocação em um concurso internacional o pianista Nélson Freire, que desde a década de 50 se apresenta regularmente no TM como o pianista que nele mais vezes se apresentou e como o mais querido do público, que sempre o festeja e aplaude. Até os presentes dias, Nélson Freire atua com assiduidade no TM e aquelas suas primeiras atuações e sua longa trajetória são um fato histórico digno de nota neste centenário. Nélson é o continuador da grande linhagem de pianistas brasileiros iniciada por Guiomar Novaes, Magdalena Tagliaferro, Arnaldo Estrella e Jacques Klein, e avançada por Arthur Moreira Lima, Arnaldo Cohen, Guedes Barbosa, Fernando Lopes, Yara Bernette e alguns outros, os quais, ao lado dos estrangeiros Rubinstein, Cortot, Backhaus, Gieseking, Hoffmann, Kempf, Arrau, Brailowsby, Gulda e Magaloff, mantiveram sempre alto o nível do piano em nosso maior teatro.
Em pausa, uma advertência ao leitor: deixam de ser mencionados nesta relação não completa de fatos históricos ou de alto valor artístico nestes cem anos do TM artistas brasileiros que nele desenvolveram carreira durante muitos anos mas que em suas biografias não citam essa carreira nacional, dando relevo apenas a suas atuações fora do Brasil, como se isso fosse galardão maior. É opinião do autor destas linhas que as carreiras mais importantes de artistas brasileiros são as realizadas no Brasil. Neste ponto, servem de magnífico exemplo as declarações da grande bailarina brasileira Cecília Kerche, que muitas vezes atuou e atua fora do Brasil: “não sou uma bailarina que atua no exterior e vem atuar no Brasil, mas uma bailarina brasileira que atua no Brasil e vai atuar lá fora como bailarina brasileira”.
Há no Brasil uma ótica deformante que enseja a que muitos achem que a suprema glória é ir tocar, cantar ou reger na Europa ou nos Estados Unidos, quando pelo contrário a ressonância do trabalho do artista sempre será maior, mais benéfica e de maior conteúdo e retorno artístico quando estabelecida em sua própria terra, refletindo sua própria cultura nacional. O exemplo maior desse tipo de ressonância é a da produção de Villa-Lobos, o “índio de casaca”, que sempre se orgulhou mais ao apresentar suas obras no Ceará ou na Bahia que em Paris ou Nova Iorque… Vale assinalar aqui que há artistas brasileiros que, em suas biografias, não deixam de fazer constar “brasileiro, ou nascido no Brasil, mas de origem russa, de pais russos ou austríacos, cidadão austríaco ou alemão”, e por aí. Brasileiros, mas … E há alguns artistas que tiveram por berço musical o TM e que nele atuaram por décadas, que não o mencionam em algumas de suas biografias. Não os mencionamos aqui nesta lista.
Voltando à nossa difícil lista, assinale-se como fato histórico de relevo a vinda ao TM em 1969 de produções completas de óperas do Teatro San Carlo di Napoli, que enviou ao Brasil coro, orquestra, cenários, figurinos e intérpretes das óperas Nabucco, Otello e La Gioconda, para algumas récitas de raro esplendor.
Em 1967, atua pela primeira vez no palco do TM um dos maiores bailarinos de todos os tempos: Rudolf Nureiev a todos subjuga com sua dança de alto teor dramático e alto apuro técnico. Esse é um fato histórico nos anais do TM.
Façamos constar desta lista como fato histórico de 1968 a presença de Márcia Haydée, grande bailarina brasileira. No final da década, aponte-se o surgimento de uma das grandes bailarinas brasileiras que iria marcar decisivamente dali em diante a dança no palco do TM: Nora Esteves, criadora de alguns ballets importantes, dona de características e estilo próprios, admirada e querida do público, assim como seriam admiradíssimas e queridíssimas do público suas colegas Ana Botafogo, que a partir dos anos 70 se torna a maior atração do ballet brasileiro, e Cecília Kerche, que a partir dos anos 80 será outro ídolo do público. É fato histórico cercado de grandes valores artísticos a presença dessas três maravilhosas artistas à frente de tantos espetáculos. Ao lado dessas três artistas, nessa época começa a brilhar com extremo fulgor o bailarino Fernando Bujones, um dos maiores de todos os tempos a atuar no palco do TM. Bujones ligou-se muito ao Brasil, inclusive por casamento, e por amor ao país, e seu aparecimento naquele palco é fato histórico de relevo nestes cem anos do TM.
No entanto, seria uma omissão não fazer constar aqui a noite de sortilégio em que Cecilia Kerche aturdiu o público na “Giselle” de 1984, no papel de Myrtha. Histórica a noite pelo surgimento da grande estrela, pelo brilho de sua atuação, por sua técnica acurada e pela audácia de suas execuções e aplomb de sua presença.
Outro evento histórico foi a vinda do Ballet do Teatro Bolshoi em 1986, com todos os seus grandes astros e toda sua equipe de coreógrafos e ensaiadores. Veio até Galina Ulanova, ilustríssima bailarina de tempos anteriores, então exercendo funções de ensaiadora, professora e maitresse de ballet.
Fato histórico foi também a presença no TM, a partir de meados dos anos 80, do empresário, diretor de cena, produtor e homem de teatro Fernando Bicudo, que em produtiva atividade fez vir ao TM grandes nomes internacionais da ópera, como o tenor Placido Domingo e o soprano Aprile Millo, e cujas produções de Aida, O Guarani e Orpheo se inscrevem entre as mais bem sucedidas da história operística do TM .
Poderiam ser classificados de eventos históricos a vinda de grandes orquestras, como a Filarmônica de Nova Iorque, a Orquestra de Filadéfia, a Gewandhaus de Leipzig, a Royal Philarmonic, o Concertgebouw de Amsterdam, a estreia de cantores como Bidu Sayão, Tito Schipa, Tita Ruffo, a vinda de regentes como Erich Kleiber, Leonard Bernstein, Zubin Mehta, Kurt Mazur, de instrumentistas como o violoncelista Mtislav Rostropovich, o harpista Nicanor Zaballeta, o flautista Jean-Pierre Rampal, o surgimento de bailarinos, cantores, instrumentistas, regentes e outros não citados, mas, como dito, a lista não é completa nem definitiva.
Eventos mais recentes aguardam vez para entrar nesta lista: a perspectiva que incide sobre eles ainda não permite um seguro enquadramento, que com o tempo virá .
MARCUS GÓES 
 (1939-2016) – CONDENSADO DO LIVRO “TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO – CEM ANOS DE CISNES E TROVADORES” .
JULHO/2009

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