ACADEMIA BRASILEIRA DE MÚSICA PROMOVE RODA DE CONVERSA ONLINE SOBRE MODERNIDADE NA COMPOSIÇÃO CONTEMPORÂNEA.


 
Transmitida no YouTube, “Encontros ABM” reúne o acadêmico Ricardo Tacuchian e os compositores Rodolfo Coelho de Souza (USP) e Rodrigo Cicchelli (UFRJ)

Nesta terça-feira, dia 24 de maio, às 18h, a Academia Brasileira de Música vai promover mais uma edição dos ENCONTROS ABM. Dentre entrevistas, palestras e mesas-redondas, foram programadas nove atividades, tendo por tema geral Modernidade na Música Brasileira. Com transmissão online pelo canal da ABM no YouTube, esta edição promove uma Roda de Conversa, mediada pelo acadêmico Ricardo Tacuchian, com os compositores Rodolfo Coelho de Souza (FFCLRP-USP) e Rodrigo Cicchelli (EM-UFRJ) discutindo sobre “O conceito de modernidade se aplica e se renova a qualquer época histórica, e se redefine em cada contexto sociocultural. Como defini-lo na composição musical recente no Brasil?”.

Assistir online: https://youtu.be/FFSMvqxf6jA

Participantes:

RICARDO TACUCHIAN ingressou, aos 12 anos, na Escola Nacional de Música, tendo estudado com Florêncio de Almeida Lima, José Siqueira e Francisco Mignone. Foi orientado em composição também por Cláudio Santoro e em regência por Hilmar Schatz e Hans Swarowsky. Diplomou-se em piano em 1963 e em composição e regência em 1965. Fundou o grupo Ars Contemporânea em 1971 para o qual compôs e estreou obras de compositores brasileiros. Ao mesmo tempo dirigiu o grupo Síntese, voltado para o repertório medieval e renascentista.

Concluiu o Doutorado em Composição na University of Southern California, em 1990, quando recebeu o Academic Achievement Award, prêmio conferido a pós-graduandos que se destacam em suas respectivas especialidades. Realizou o pós-doutorado em Lisboa, no Museu da Música Portuguesa, com bolsa da CAPES. Foi professor da Escola de Música da UFRJ e do Instituto Villa-Lobos da UNI-RIO, além de professor visitante da State University of New York at Albany, com bolsa da Fulbright para o programa Scholar in Residence, e da Universidade Nova de Lisboa. Em 2011 ministrou um curso sobre Música do Brasil no Século XX no Centro de Estudios Brasileños de la Universidad de Salamanca. Como professor da Escola de Música da UFRJ criou o Panorama da Música Brasileira Atual.

Como compositor participou, entre outros festivais, da Tribune Internationale des Compositeurs du Conseil lnternational de la Musique, da UNESCO (1977); do International Society of Contemporary Music/World Music Days (1978); do Music of the Americas Festival 2001, da Florida International University, e do Other Minds Music Festival 8, em São Francisco, Califórnia (2002). Teve obras executadas em todas as edições da Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Em 2000, com bolsa da Rockefeller Foundation, foi compositor residente na Villa Serbelloni, em Bellagio, Itália. Segundo seu catálogo de obras, publicado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 2014, é autor de cerca de mais de 250 títulos, apresentados no Brasil e em mais de 30 países da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina, com mais de uma centena de gravações em cerca de 40 itens discográficos.

Tacuchian é membro da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, da Federação Fluminense de Bandas de Música Civis, da Sociedade Brasileira de Musicologia, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música e da Academia Brasileira de Arte. É membro do corpo editorial da revista da ANPPOM e da revista da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, consultor ad hoc do CAPES, CNPQ, FAPERJ, UERJ, Ciência Hoje da SBPC, Fundação Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Londrina, UNICAMP, The Rockefeller Foundation e John Simon Guggenheim Memorial Foundation, entre outras instituições. Foi eleito para a Academia Brasileira de Música em 1981, instituição da qual foi presidente em dois períodos, de 1993 a 1997 e de 2006 a 2009.

RODOLFO COELHO DE SOUZA é professor titular do Departamento de Música da FFCLRP da Universidade de São Paulo, nas disciplinas de Teoria, Composição e Tecnologia Musical. É orientador credenciado na pós-graduação da ECA-USP e professor colaborador no Programa de Computação Aplicada do DCM-FFCLRP-USP. De 2000 a 2005 foi Professor do Departamento de Artes da UFPR. É graduado em Engenharia pela Escola Politécnica da USP, fez mestrado em Musicologia na ECA-USP e doutorado em composição na University of Texas at Austin. É presidente da TeMA - Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical e foi editor fundador do periódico Musica Theorica da TeMA. Entre suas composições musicais destacam-se: Abstrações (2022) (para orquestra e sons eletrônicos, encomendada pela OSUSP), Outronósmesmos (2022) (para coro a cappella, encomendada pela OSESP), Intermitências para orquestra (2019), O Livro dos Sons (2010) (para orquestra e sons eletrônicos, encomendada pela OSESP), Concerto para Computador e Orquestra (2000) e Tristes Trópicos (1991).

RODRIGO CICCHELLI é professor titular do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, onde atua desde 1998. Graduou-se pelo Instituto Villa-Lobos da UNIRIO em Composição Musical (1990) e Flauta Transversa (2014), tendo sido também aluno de César Guerra-Peixe (1985-87) e de Hans Joachim Koellreutter (1987-88). Especializou-se na Europa nos anos 1990, tendo realizado doutorado em Composição Musical na University of East Anglia (Inglaterra – 1991-1996) com bolsa da CAPES, e o Cursus de composition et d'informatique musicale no IRCAM (França – 1995-1997) com bolsa do governo francês. Seus interesses de pesquisa envolvem a música eletroacústica brasileira e a música contemporânea em geral. Produziu e apresentou pela Rádio MEC FM os programas radiofônicos semanais Eletroacústicas (2010-2019) e Contemporâneas (2020), especializados na música do nosso tempo. Tem recebido diversos prêmios e distinções nacionais e internacionais por seu trabalho composicional: 1º Prêmio no Concurso pelo centenário de Heitor Villa-Lobos (UFRJ, 1987), Prêmios e Menções Honrosas nos Concursos Internacionais Luigi Russolo (Itália, 1993-94-95), 1º Prêmio na Tribuna Internacional de Música Eletroacústica da UNESCO (Finlândia, 1994), Programa de Bolsas RioArte (1999), Prêmios ALV/UFRJ (1999-2001), Programa Petrobras Cultural (2006), Residência no GMEM de Marselha (2008), Encomenda Funarte (2012), Prêmio Funarte de Composição Clássica 2016, Projeto SINOS 2020, dentre outros. Em anos recentes, suas obras vêm sendo executadas por diversos grupos de câmara, corais e orquestras, tais como: Duo Santoro, Duo Eduardo Monteiro & Flávio Augusto, Duo Barrenechea, Trio Mignone, Quarteto Françaix, Abstrai Ensemble, Sacra Vox, Brasil Ensemble, Sinfonietta Carioca, Orquestra Sinfônica da Unirio, Orquestra Sinfônica da UFRJ e Orquestra Sinfônica Brasileira.

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