DIDO & ENEAS DE HENRY PURCELL NO THEATRO SÃO PEDRO/SP

 


 Baseada no Livro IV da Eneida, a ópera foi composta em 1688 e é considerada uma das grandes obras do barroco inglês. Montagem inédita tem direção cênica de William Pereira e direção musical de Luis Otavio Santos que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro. As récitas acontecem nos dias 09, 10, 11 e 12 de março


O Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura, abre a temporada 2023 no dia 09 de março com a estreia da ópera Dido e Eneas do compositor Henry Purcell (1659-1695).

Considerada uma das grandes obras do barroco inglês, a ópera foi composta em 1688 e se baseia no Livro IV da Eneida do poeta romano Virgílio, que narra a trágica história de amor entre Dido, a Rainha de Cartago, e Enéias, herói troiano.

A montagem inédita do Theatro São Pedro tem direção musical de Luis Otavio Santos, especialista em música antiga e que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro, e a direção cênica é de William Pereira. A dupla foi responsável pela direção da ópera barroca Alcina, de Händel, que subiu ao palco do Theatro São Pedro em 2018. Luís Fernando Bongiovanni assina a coreografia, Giorgia Massetani o cenário, Caetano Vilela a iluminação, Olintho Malaquias o figurino e Tiça Camargo o visagismo.

O elenco é formado pela soprano argentina Maria Cristina Kiehr (Dido/Elissa) Marilia Vargas (Belinda), Johnny França (Eneas/Phoebus), Homero Velho (Feiticeira/Spring), Daiane Scales (Primeira bruxa), Ludmila Thompson (Segunda bruxa/Segunda mulher) e Jabez Lima (Marinheiro). As récitas acontecem nos dias 09, 10, 11 e 12 de março. 

“Para esta encenação eu proponho um diálogo com a tradição da ópera barroca e um olhar contemporâneo sobre o libreto e uma visualidade que remeta aos conflitos bélicos, às guerras que assolam o mundo e estão tão presentes na mídia.

Uma encenação que afaste a ideia de “ópera antiga”, solene e distanciada”, conta o diretor cênico William Pereira.

O diretor destaca ainda que “é uma concepção estruturada em parcerias para que o diálogo da música com o teatro seja intenso. O conceito que norteou a encenação dessa ópera foi a afirmação do artificial, do não naturalista tão caros à estética barroca. Tudo é convenção teatral, estilização, códigos corporais e coreográficos”. 

A direção musical de Luis Otavio Santos busca fazer com que a obra que foi composta há 300 anos tivesse sido composta hoje. “A leitura da partitura é feita com os olhos abertos e curiosos, como se fosse a primeira vez que ela estivesse chegando até nós. Isso oxigena muitos cosias que pareciam empoeiradas e distantes e mostra que essa música tem coisas muito próximas de nós. Queremos trazer essa peça e mostrar ao público que essa voz é muito forte, por isso ela chegou até nós. O vigor e a genialidade mantiveram ela intacta”, explica Luis Otavio Santos.

Bilheteria

Os ingressos para a ópera Dido e Eneas custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) e podem ser adquiridos por meio do site https://feverup.com/m/126066

TEMPORADA LÍRICA | ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO

DIDO E ENEAS

DE HENRY PURCELL (1659-1695)

Libreto de Nahum Tate

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO

Luis Otavio Santos, direção musical, violino e cravo

William Pereira, direção cênica

Marilia Vargas, regente coral

Luís Fernando Bongiovanni, coreografia

Giorgia Massetani, cenografia

Caetano Vilela, iluminação

Olintho Malaquias, figurino

Tiça Camargo, visagismo

Elenco

Maria Cristina Kiehr (Dido/Elissa)

Marilia Vargas (Belinda)

Johnny França (Eneas/Phoebus)

Homero Velho (Feiticeira/Spring)

Daiane Scales (Primeira bruxa)

Ludmila Thompson (Segunda bruxa/ Segunda mulher)

Jabez Lima (Marinheiro)

Récitas: 9, 10, 11 e 12 de março

quinta a sábado às 20h, domingo às 17h

Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

Classificação indicativa: 14 anos

THEATRO SÃO PEDRO

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertóriotradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.

 

SANTA MARCELINA CULTURA

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa que atua com a missão de formar pessoas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Projeto Guri na Capital e Grande São Paulo, da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) e do Theatro Sâo Pedro. Desde 2022, é responsável pela gestão do Projeto Guri no Interior, Litoral e Fundação CASA. O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. No Theatro São Pedro, a Santa Marcelina Cultura desenvolve um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Projeto Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.

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