NESTA SEMANA: OSESP COM SIR RICHARD ARMSTRONG NO PÓDIO E VIOLONCELISTA SHEKU KANNEH-MASON, E PRIMEIRA FIP CLÁSSICA DO ANO



 Jovem britânico toca com Osesp (30/mar a 01/abr) e também em recital ao lado da irmã, a pianista Isata Kanneh-Mason, na Festa Internacional do Piano – FIP Clássica (02/abr); performance de sexta-feira (31/mar) será transmitida ao vivo no YouTube da Osesp.

Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp recebe nesta semana na Sala São Paulo o maestro britânico Sir Richard Armstrongentre quinta-feira (30/mar) e sábado (01/abr). O talentoso violoncelista britânico Sheku Kanneh-Mason é o solista convidado dessas apresentações, cujo programa reúne Blumine, de Gustav Mahler; Schelomo - Rapsódia Hebraica, de Ernest Bloch; e a Sinfonia Escocesa, de Mendelssohn-Bartholdy. Vale lembrar que a performance de sexta-feira (31/mar), às 20h30, terá transmissão ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.Já no domingo (02/abr), acontece a primeira edição da Festa Internacional do Piano – FIP Clássica desta temporada. A pianista Isata Kanneh-Mason e seu irmão Sheku são os convidados do recital de estreia, e apresentam um programa com três peças em forma de sonata: a Sonata para Violoncelo e Piano, de Frank Bridge; a Sonata para Violoncelo e Piano, de Chopin; e a Sonata em Ré Menor de Shostakovich.Em 1884, Gustav Mahler (1860-1911) escreveu a trilha incidental para as cenas de O Trompetista de Säckingen, um poema épico de Joseph Viktor von Scheffel (1826-86). Essa música se perdeu, mas se descobriu que, no segundo movimento da versão original de sua Sinfonia nº 1, Mahler havia reaproveitado um desses quadros sonoros, em que o protagonista, o instrumentista do título, toca uma serenata para sua amada. Posteriormente excluído da Sinfonia nº 1, esse movimento passou muito tempo esquecido e foi redescoberto apenas em 1966. O título, Blumine, faz referência a uma coletânea de artigos publicada por Johann Paul Friedrich Richter (1763-1825), escritor a quem Mahler devotava grande admiração.As origens de Schelomo remontam ao início da Primeira Guerra Mundial, quando Ernest Bloch (1880-1959), tomado pelas angústias de tempos difíceis, dedicou-se à leitura do Koheleth, o terceiro livro de Ketuvim, que os cristãos conhecem como Eclesiastes. O projeto inicial contemplava transpor para voz e orquestra o famoso texto “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”, mas a falta de domínio do hebraico e a certeza de que um texto transliterado não iria ao encontro de suas expectativas fez com que Bloch engavetasse a ideia. No final de 1915, o compositor conheceu em Genebra o violoncelista russo Alexander Barjansky e sua esposa, a escultora Catherine. A amizade foi imediata. “Impressionado pelo maravilhoso músico, decidi deixar a voz humana de lado, expandir os limites impostos pelo texto e empregar uma voz muito mais profunda, que falasse todas as línguas: o violoncelo”, escreveu Bloch nas notas de programa da Orquestra Augusteo, de Roma, quando a obra foi apresentada em 1933. Enquanto trabalhava na partitura, Bloch foi presenteado por Catherine com uma pequena estátua do rei Salomão e, apesar das atuais dúvidas históricas sobre a autoria do Eclesiastes, nomeou sua nova partitura de Schelomo.Embora Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) tenha publicado a Sinfonia Escocesa sem referências programáticas, é possível associar vários de seus elementos à história escocesa e à ambientação naquele país. A obra começa com uma introdução lenta e misteriosa, apenas com violas e sopros, possivelmente aludindo à experiência na capela onde Mary foi coroada rainha da Escócia. A sonoridade vai lentamente se iluminando, como se fôssemos levados, num devaneio, à época da rainha. O segundo movimento sugere a sonoridade de canções folclóricas escocesas, embora não cite qualquer tema conhecido. O terceiro é um “Adagio”, frequentemente descrito como um lamento para Mary – a rainha ou, talvez, a santa. O último movimento tem caráter marcial e cresce para o triunfo marcado pelos metais com toda a orquestra. A Sinfonia termina com uma coda baseada em uma melodia que Mendelssohn utilizara em uma Ave Maria anterior – novamente associando a virgem à soberana e nos trazendo de volta à capela do início, agora à época de seu esplendor.

A Festa Internacional do Piano - FIP Jazz e Clássica tem o patrocínio do Bradesco, copatrocínio da igc e apoio do Mattos Filho por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OsespFundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.Sir Richard ArmstrongNascido em Leicester, no Reino Unido, em 1943, Sir Richard Armstrong foi diretor musical da Ópera Nacional do País de Gales entre 1973 e 1986 e diretor musical da Ópera Escocesa, entre 1993 e 2005. Ao longo da carreira, desenvolveu extenso trabalho com o repertório operístico, com atenção especial às obras de Giuseppe Verdi, Richard Wagner, Richard Strauss e Leos Janácek. Apresenta-se regularmente no Festival Internacional de Edimburgo e na Ópera Nacional Inglesa. Esteve à frente de orquestras como a Filarmônica de Londres, a Philharmonia (Londres), a Sinfônica da BBC, a Sinfônica Alemã de Berlim e a Sinfônica de Melbourne, sem falar na Osesp e na Orquestra do Festival de Campos do Jordão. Em 1997, foi nomeado regente do ano pela Royal Philarmonic Society e condecorado cavaleiro pela coroa britânica.Sheku Kanneh-MasonArtista em Residência na Temporada 2022-23 da Philharmonia Orchestra, o violoncelista britânico ganhou destaque internacional após sua performance no casamento do Duque e da Duquesa de Sussex no Castelo de Windsor. Sua agenda recente inclui concertos com a Orquestra da Filadélfia, as Sinfônicas de Boston e Toronto, Camerata Salzburg, Hallé Orchestra e sua estreia com a Osesp. Em 2016 foi vencedor da competição BBC Young Musician e, desde 2017, apresenta-se anualmente no BBC Proms. Formou-se pela Academia Real de Música de Londres, onde foi indicado como Professor Visitante em 2022. Foi nomeado Embaixador da Fundação de Pesquisa em Diabetes Juvenil (JDRF) e Membro da Ordem do Império Britânico desde 2020. Sheku apresenta-se com um violoncelo Matteo Goffriller datado de 1700 e é artista do selo Decca Classics.Isata Kanneh-MasonIsata Kanneh-Mason estudou com Joanna MacGregor e Carole Presland na Royal Academy of Music, em Londres. Depois de concluir seus estudos, iniciou uma intensa carreira como solista, incluindo concertos e recitais solo e de música de câmara, no Reino Unido e fora de seu país. Apresenta-se também regularmente com seus irmãos, nomeadamente em duo com o violoncelista Sheku Kanneh-Mason. Seu álbum de estreia, Romance, foi muito bem recebido pela crítica, tendo alcançado o primeiro lugar na parada discográfica UK Classical, no Reino Unido, quando foi lançado em julho de 2019. Destaques recentes incluem apresentações no Wigmore Hall, no Théâtre des Champs-Élysées, no Teatro della Pergola (Florença) e numa extensa turnê por dez cidades da América do Norte, incluindo seu recital de estreia no Carnegie Hall, em Nova York, e um regresso ao palco da Vancouver Recital Society.

PROGRAMAS

TEMPORADA OSESP: SIR RICHARD ARMSTRONG E SHEKU KANNEH-MASON

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULOSIR RICHARD ARMSTRONG regenteSHEKU KANNEH-MASON violonceloGustav MAHLER | BlumineErnest BLOCH | Schelomo - Rapsódia HebraicaFelix MENDELSSOHN-BARTHOLDY | Sinfonia nº 3 em Lá Menor, Op.56 - Escocesa

FESTA INTERNACIONAL DO PIANO – FIP CLÁSSICA: SHEKU E ISATA KANNEH-MASON

SHEKU KANNEH-MASON violonceloISATA KANNEH-MASON pianoFrank BRIDGE | Sonata para Violoncelo e Piano em Ré MenorFrédéric CHOPIN | Sonata para Violoncelo e Piano em Sol Menor, Op.65Dmitri SHOSTAKOVICH | Sonata em Ré Menor, Op.40

SERVIÇO

30 de março, quinta, às 20h3031 de março, sexta, às 20h30 – Concerto Digital01 de abril, sábado, às 16h3002 de abril, domingo, às 18h00 [FIP Clássica]Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos ElíseosTaxa de ocupação limite: 1.484 lugaresRecomendação etária: 07 anosIngressos: Entre R$ 50,00 e R$ 258,00 [Osesp] e entre R$ 60,00 e R$ 143,00 [FIP Clássica] (preços inteiros)Bilheteria (INTI): Neste link(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

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