OSESP SEGUE COM THIERRY FISCHER NO PÓDIO EM PROGRAMA QUE TRAZ TAMBÉM VIOLINISTA AUGUSTIN HADELICH.

                                                                  Foto Beatriz de Paula

 Dando continuidade à Temporada 2023 – ‘Sem Fronteiras’, Orquestra apresenta peças de Mozart, Ligeti e Sibelius na Sala São Paulo, entre 09 e 11/mar; performance de sexta-feira (10/mar) será transmitida ao vivo no canal oficial do YouTube.

Na segunda semana da Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp segue sob a batuta de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, nos concertos de 09 e 11/mar na Sala São Paulo. O programa, que inclui obras de Mozart (a Abertura da ópera A Flauta Mágica) e Jean Sibelius (sua Sinfonia nº 5), terá também a participação do violinista ítalo-alemão Augustin Hadelich como solista no Concerto para Violino de György Ligeti (cujo nascimento completa 100 anos em 2023). Lembrando que a performance de sexta-feira (10/mar), às 20h30, contará com transmissão ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.Em A Flauta Mágica, a mais deliciosamente “nonsense” das óperas de Mozart, a história de dois casais, um nobre e um plebeu, é narrada como conto de fadas. A flauta é o talismã que permite ao príncipe Tamino e à sua amada Pamina passarem pelas provas do fogo e da água sem sofrerem qualquer consequência funesta. Muito já se falou sobre a antipatia que Mozart nutria pelo instrumento, mas a beleza dos solos que povoam a última ópera do mestre austríaco parece provar o contrário. É a flauta que sobrevoa todas as paisagens e que conduz o herói (e o público) por terrenos minados. A ópera se tornou célebre por reunir, em doses perfeitamente equilibradas, comédia, romance, aventura, intriga, suspense e conselhos edificantes. E a “Abertura” concentra todas essas qualidades em uma música borbulhante.Para György Ligeti, a ideia de escrever um concerto para violino surgiu, em 1984, com Saschko Gawriloff, violinista que estreou o Trio para Trompa do compositor húngaro. A obra foi trabalhada, executada e retrabalhada de 1989 a 1993. O próprio Gawriloff estreou três movimentos do Concerto em novembro de 1990, junto à Orquestra Sinfônica da Rádio de Colônia. Porém, insatisfeito com a primeira versão do primeiro movimento, com sua ultrapassada “atmosfera folclorista” e seu emaranhado rítmico demasiadamente complexo, que teria levado a um “produto final [...] muito caótico”, Ligeti compôs um novo primeiro movimento, além de mais dois movimentos inéditos. A primeira versão com os cinco movimentos foi estreada em Colônia em 1992, e a versão definitiva da obra — com o terceiro e o quarto movimentos já reorquestrados — veio à luz em 9 de junho de 1993, com Gawriloff à frente do Ensemble Intercontemporain, sob regência de Pierre Boulez. De caráter dramático e inusitada intensidade emocional, o Concerto para Violino representa, na visão do musicólogo Volker Helbing, o “confronto [de Ligeti] com seu próprio papel de sobrevivente”.As Sinfonias nº 2 e nº 5 competem pelo título de a sinfonia mais popular de Sibelius. Ambas são esplêndidas e terminam numa gloriosa erupção de energia. A maestria soberana da Quinta não dá nenhum indício dos anos de duras escolhas subjacentes à sua composição: ideias eram concebidas, descartadas, reescritas e finalmente retomadas em novas formas. A primeira versão da Sinfonia nº 5, apresentada em Helsinque na ocasião dos cinquenta anos do compositor, em 1915, alcançou enorme e imediato sucesso. Sibelius já era um herói nacional, e a recepção foi avassaladora. O compositor precisou receber delegações por horas antes do concerto, durante o qual a plateia gritava de alegria, e as celebrações se estenderam por vários dias e apresentações. Era com alívio que a Quinta Sinfonia chegava ao público após a Quarta, que havia sido considerada de difícil compreensão. Para alguns acadêmicos e críticos influentes, contudo, a obra era uma decepção, uma vez que esperavam que Sibelius continuasse no caminho da destruição total da tonalidade que havia iniciado com a sinfonia anterior.Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OsespFundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.Thierry FischerDesde 2020, Thierry Fischer é Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, cargo que também assume na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. Desde 2009, é Diretor Artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornará Diretor Artístico Emérito a partir do segundo semestre de 2023. Foi Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (2017-20) e Regente Titular (agora Convidado Honorário) da Filarmônica de Nagoya (2008-11). Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique.Augustin HadelichVencedor do Grammy de 2016 com a Orquestra Sinfônica de Seattle, sob regência de Ludovic Morlot, Augustin Hadelich já atuou com orquestras como a Sinfônica da Rádio Bávara, a Orquestra Real do Concertgebouw, a Orquestra Nacional Dinamarquesa, a Filarmônica de Hong Kong, a Filarmônica de Londres e a Orquestra Sinfônica NHK (Tóquio). Entre suas numerosas distinções, destacam-se a Bolsa Borletti-Buitoni (Reino Unido, 2011), o primeiro Prêmio Warner de Música (2015) e o prêmio “Instrumentista do Ano” da revista Musical America (2018), entre outras.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: THIERRY FISCHER E AUGUSTIN HADELICH

THIERRY FISCHER regenteAUGUSTIN HADELICH violinoWolfgang A. MOZART | A Flauta Mágica, KV 620: AberturaGyörgy LIGETI | Concerto para ViolinoJean SIBELIUS | Sinfonia nº 5 em Mi Bemol Maior, Op.82

SERVIÇO

09 de março, quinta, às 20h3010 de março, sexta, às 20h30 – Concerto Digital11 de março, sábado, às 16h30Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos ElíseosTaxa de ocupação limite: 1.484 lugaresRecomendação etária: 07 anosIngressos: Entre R$ 50,00 e R$ 258,00 [preços inteiros]Bilheteria (INTI): Neste link(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

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