ÓPERA "I PAGLIACCI" GANHA NOVA MONTAGEM DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE EM PARCERIA COM A CORS.

 

                 Eiko Senda e Alex Barbosa ensaiam para I Pagliacci _ Crédito Vitor Ceolin


Grupo Tholl participa e é homenageado no espetáculo, que terá três récitas no Theatro São Pedro

Uma verdadeira joia do repertório operístico ganha nova versão em junho: I Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo. A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), realiza o espetáculo com um grande elenco de solistas da Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (CORS) – marcando a primeira parceria entre as duas instituições. O Grupo Tholl ao mesmo tempo inspira e é homenageado pela montagem, que também dá destaque ao Coro Sinfônico da OSPA. As três récitas ocorrem nos dias 17, 18 e 20 de junho, no Theatro São Pedro. A venda de ingressos inicia às 12h do dia 13 de junho, por valores entre R$ 50 e R$ 120. 

O maestro Evandro Matté sublinha as vantagens da parceria da OSPA com a CORS: “Desde 2015, a Fundação OSPA passou a realizar uma ópera por ano, com o objetivo de resgatar o gênero, que foi muito tradicional no passado do nosso estado. Esta parceria da OSPA com a CORS pode ampliar as possibilidades de realizações e inserir a ópera com mais constância no calendário cultural gaúcho”, afirma, ressaltando também a aliança com o Tholl: “A ópera nos oportuniza abraçar diferentes formas de arte em um só espetáculo. Em “I Pagliacci”, estamos muito felizes em poder contar com a magia do Grupo Tholl”. 

Dividida em dois atos, “I Pagliacci” (“Os Palhaços”, em português) é a trágica obra-prima do compositor italiano Ruggero Leoncavallo, e também seu maior sucesso. Para compor tanto a música quanto o libreto, ele se inspirou em uma história real ocorrida no sul da Itália. A estreia da montagem ocorreu em Milão, em 21 de maio de 1892. A versão inédita que será montada em Porto Alegre pela OSPA atualiza a história, transportando-a para uma cidade fictícia no interior gaúcho, em pleno 2023. No primeiro ato, uma trupe circense representada pelo Grupo Tholl desembarca no local para apresentar um espetáculo. Enquanto o evento é preparado, os integrantes da companhia se enredam em uma série de relações abusivas. O líder da trupe, Canio, descobre a infidelidade da esposa, Nedda, e interpreta a famosa ária “Vesti la Giubba” enquanto coloca a sua fantasia para o espetáculo. No segundo ato, ficção e realidade se misturam no palco enquanto o Grupo Tholl se apresenta ao público. Tomado pela fúria, Canio assassina a mulher e o seu amante diante de toda a plateia. 

Questões como feminicídio e discriminação – intrínsecas à história original – vêm à tona nesta releitura contemporânea da ópera, que tem regência e direção musical de Evandro Matté e direção cênica e concepção de Flávio Leite. “O Brasil é um país que mata uma mulher por feminicídio a cada seis horas, e esta ópera traz um caso clássico de maus tratos, cárcere privado e abuso contra a mulher. Não alteramos nada da ópera original, apenas questionamos se esses crimes podem continuar impunes em 2023 através da encenação”, pontua Flávio Leite. 

A montagem do elenco foi realizada pela CORS, que fez audições públicas para encontrar as vozes de “I Pagliacci”. Para cada papel, foram selecionados dois cantores que vão se revezar nas datas das apresentações. Nedda é interpretada por Eiko Senda, soprano japonesa de expressiva carreira internacional, e Débora Faustino, que recentemente protagonizou a badalada versão de “O Guarani” no Theatro Municipal de São Paulo. Canio é vivido por Lazlo Bonilla e por uma revelação, Giovanni Marquezelli. O elenco, formado inteiramente por integrantes da CORS, inclui ainda Daniel Germano, Roger Scarton, Carlos Rodriguez, Roger Nunes, Alex Barbosa e também ex-alunos do projeto Ópera Estúdio, como Oséas Duarte e o próprio Lazlo. 

A companhia de circo que está no centro da trama é vivida pelo Grupo Tholl, trupe circense sediada em Pelotas que é referência nacional e recentemente completou duas décadas de história. A estética do grupo, marcada por lirismo e cor, inspira toda a ópera, desde os cenários, alusivos ao espetáculo “Cirquin”, até os figurinos, garimpados do acervo da trupe. A participação será especialmente destacada no segundo ato de “I Pagliacci”, quando o público terá a oportunidade de assistir a uma amostra de um espetáculo do Tholl. 

Outra participação especial fundamental é a do Coro Sinfônico da OSPA, que estará representado por 25 cantores. Além de atuar como os habitantes da cidade que recebe o circo, os cantores terão a missão de cantar peças desafiadoras, com destaque para o “Coro dos Sinos”, um dos trechos mais famosos da ópera.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)

Ópera “I Pagliacci”

Dias: 17, 18 e 20 de junho de 2023.

Horários: sábado e terça, às 20h, e domingo, às 18h.

Local: Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº – Centro – Porto Alegre, RS)

Ingressos: R$ 120 (plateia), R$ 100 (camarote central), R$ 80 (camarote lateral) e R$ 50 (galeria).

Desconto de 50% para Amigo OSPA, idosos, doadores de sangue, pessoas com deficiência, estudantes, jovens até 15 anos e ID Jovem. 

Bilheteria on-line: a partir de 13/6.

Bilheteria do Theatro São Pedro*: dias 17, 18 e 20 de junho, 1h30 antes do início do espetáculo.

*Abertura mediante a disponibilidade de ingressos.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos.

Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual.Informações para o público: (51) 3288-1507, de segunda a sexta, das 9h às 18h.Estacionamento do TSP: entrada pela Rua Riachuelo, 1.089. Valor único de R$ 18 em dias de espetáculo. 

Duração: em torno de 2h.

 

“I Pagliacci”

 Ópera em dois atos de Ruggero Leoncavallo

Ficha técnica:

Regência e direção musical: Evandro Matté

Concepção e direção cênica: Flávio Leite

 Preparação musical do elenco: Eiko Senda

Assistência de direção: Brenda Knevitz

Pianista correpetidor: Patrick Menuzzi

Cenários: Rodrigo Shalako

Iluminação: Veridiana Mendes

Figurinos: Acervo Tholl

Elenco: 

Canio – Lazlo Bonilla e Giovanni Marquezelli

Nedda – Eiko Senda e Débora Faustino

Tonio – Daniel Germano e Roger Nunes

Silvio – Carlos Rodriguez e Alex Barbosa

Beppe – Roger Scarton e Oséas Duarte

Participações especiais:

Grupo Tholl

Coro Sinfônico da OSPA

 

Apresentação:

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA)

Parceria cultural: 

Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul

 

Direção Artística:

Evandro Matté 

 

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Vero e Gerdau.

Patrocínio da Casa da OSPA: Banrisul, Vero, Panvel, Grupo Zaffari e Gerdau.

Apoio da Temporada Artística: Fraport e Imobi. Parceria Cultural: CORS.

Realização: Fundação OSPA, Fundação Cultural Pablo Komlós, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução. PRONAC: 212601.

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Comentários

  1. PODERIA GRAVAR COM 4 QUATRO CAMERAS DE OPERADORES PROFISSIONAIS . DEPOIS EDITAR COM ARTE .UMA ETERNA LEMBRANÇA .

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