CONFUSÃO NA ALFÂNDEGA, INSTRUMENTO RARO PARA TOCAR A "TURANGALILA" QUASE NÃO ENTRA NO BRASIL. ARTIGO DE ISAAC CARNEIRO VICTAL NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Sobre a confusão na alfândega como o instrumento raro que a OSESP trouxe para tocar a Turangalila e a ausência das grandes orquestras nos palcos nacionais.
A "Turangalila" de Messiaen é para mim a maior obra para orquestra. Já se tornou item aceito ao ponto de Yuja Wang tocar essa obra em digressão com a Orquestra Simon Bolívia e Dudamel, além disso a Toronto Symphony está para lançar sua segunda gravação desse colosso.Aqui por essas bandas semana passada apenas tocaram pela segunda vez na história essa sinfonia. Quase cancelaram tudo pois o instrumento ONDAS MARTENOT, sem ele não tem como apresentar a Turangalila, ficou preso ao tentarem entrar com essa engenhoca no Brasil.
Apenas liberaram a traquitana cerca de 24 horas antes do primeiro concerto, ou seja ensaiaram apenas 1 dia antes do concerto. Isso saiu na Folha de SP. Nunca me arriscaria a presenciar ao vivo uma empreitada arriscada dessas e pelo que notei na transmissão pela internet, fiz bem. Vou me abster de criticar mais pois entendo as circunstâncias.
Além das orquestras brasileiras estarem passando por essa fase, desde 2019 portanto antes da pandemia, nenhuma grande orquestra internacional se apresentou mais no Brasil e isso vai para além de 2024 de acordo com as principais séries de concertos internacionais já apresentadas.
Além das orquestras brasileiras estarem passando por essa fase, desde 2019 portanto antes da pandemia, nenhuma grande orquestra internacional se apresentou mais no Brasil e isso vai para além de 2024 de acordo com as principais séries de concertos internacionais já apresentadas.
Isaac Carneiro Victal.
Para quem deseja ter uma noção de como a Turangalila pode soar, indico não a transmissão do concerto da OSESP, mas as gravações de Previn com Berof e Loriod, Chailly com Thibaudet e Harada, Salonen com Crossley e Murail, Wit com Weigel e Bloch, Janowski com Muraro e Claverie, Ozawa com as irmãs Loriod, Nagano com Aimard e Kim e Mena com Osborne e Millar. Isaac Carneiro Victal.
ResponderExcluirA solista já tocou a obra mais de 200 vezes. Valia o risco ir assistir! Outra oportunidade provavelmente somente daqui 20 anos.
ResponderExcluirSabendo como são as coisas nesse país, realmente não vejo possibilidade de programarem essa obra tão cedo no Brasil. Sobre a solista, ela aparece inclusive numa das gravações que recomendei. Dois diretores da OSESP Tortelier e Fischer inclusive gravaram a Turangalila, mas por enquanto nunca a apresentaram por aqui. Eu particularmente estou esperando sair a gravação do pianista Hamelin com Gimeno e Forget com grande expectativa! Isaac Carneiro Victal.
Excluiro concerto foi bom! pianista excelente , a parte do piano é quase impossivel de tocar...
ResponderExcluiro publico não saiu durante o concerto, lembro que quando Neschling e osesp tocaram essa obra há muitos anos atrás, boa parte do publico foi embora no meio. não aguentam música moderna... hahaha
A única outra execução dessa obra no Brasil foi em junho de 2005. Na ocasião a OSESP foi dirigida por Yoram David e os solistas foram Roger Muraro e Valerie Hartmann Claverie. A Turangalila foi estreada em 1949 por Leonard Bernstein. Nos anos 80
ExcluirRattle e Salonen gravaram cada um quase ao mesmo tempo essa sinfonia, enquanto aqui na Terra de Vera Cruz vamos interpretando essa obra prima uma vez a cada 20 anos! Isaac Carneiro Victal.