THEATRO MUNICIPAL DO RJ RECEBERÁ UMA BOLADA DE R$ 20 MILHÕES DE PATROCÍNIO COM A PETROBRAS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro assinou contrato de patrocínio com a Petrobras. O Pix será uma bolada de R$ 20 milhões. Segundo informações a grana será usada para reformas e manutenção do prédio como elevadores, cadeiras e conservação de equipamentos. A central técnica de Inhaúma (Galpão onde os cenários e figurinos eram produzidos) será reformada. Parte da verba também será investida nas produções e nos colaboradores do teatro.
A questão dos profissionais que trabalham no teatro é mais complexa. Contratos temporários de dois anos foram assinados com orquestra (25 contratações), coro (24 integrantes) e corpo de baile (18 bailarinos). O diretor da casa, segundo informa a Revista Concerto afirma: “Nós continuamos correndo atrás de concurso para recompor de maneira definitiva os corpos artísticos”, assegura Eric Herrero.
Discordo dessa opinião, concursos que efetivam corpos artísticos até que a morte nos separe geram o comodismo e baixos níveis de qualidade. Isso ocorre em todos os teatro onde essa prática existe, em São Paulo já não fazem concursos de efetivação permanente. O ideal é contratar com prazo determinado e ir renovando conforme o desempenho, ou pela CLT.
Ali Hassan Ayache
Excelente . Gostaria de Participar do Concerto Inaugural.
ResponderExcluirDiscordo da sua opinião. Você certamente não conhece a situação do Rio. Se passarem a fazer contratações temporárias aqui em vez de concursospúblicos, em poucos anos o Municipal não terá orquestra, nem coro, nem ballet, e não produzirá mais nenhuma ópera, balé ou concerto sinfônico. Os corpos estáveis são os responsáveis pela manutenção do Municipal como teatro de ópera. Sei do que estou falando porque tenho 43 anos de Municipal e 66 de Rio de Janeiro. Opiniões como a sua põem em risco a integridade do TMRJ.
ResponderExcluirInadvertidamente comentei como anônimo. O meu nome é Marcos Menescal.
ExcluirConcordo com os comentários do Sr. Menescal, no Teatro Municipal como em qualquer lugar podem haver bons e maus profissionais, porém a grande maioria é de excelentes e dedicados profissionais, que lutam contra a falta de recursos.
ExcluirEste patrocínio é muito bem vindo . Mas não resolve todos os problemas, como uma defasagem salarial de mais de 150% por exemplo.
Com todo respeito ao colunista mas eu discordo de sua opinião. Foi graças aí concurso público e seus funcionários que ainda hoje temos um Theatro Municipal que funciona.
ExcluirUsar o exemplo de são Paulo não se aplica visto que lá a realidade é completamente diferente, a começar por um Theatro Municipal que é administrado pela PREFEITURA. Aqui no Rio a governança do Estado vem há anos desmontando tudo que pode para fazer privatizações sem eficiência e controle.
O Estado é tão bagunçado que já criou uma nova orquestra sinfônica e esse blog mesmo nem noticiou. Caso não saibam, neste momento está acontecendo a implementação da orquestra sinfônica do corpo de bombeiros militar do estado do Rio. Então que modelo de corpos artísticos essa governança quer?
Podemos debater regimentos sobre avaliação continuada e prêmios por bons serviços prestados, mas extinguir a estabilidade não é o melhor caminho.
Dicotomizar em estável e temporário já é uma abordagem alienatória do problema. Existe o problema da acomodação dos estáveis mas os temporários geram evasão dos músicos para carreiras mais estáveis. Por isso, as óperas, ballets e até espetáculos instrumentais desse país são formados por alunos a alguns professores. Em ópera, por exemplo o cachê do coro é normalmente uma ajuda de custo. E a situação vai continuar assim. Depois vão reclamar aqui no blog que os espetáculo são formados pro amadores. Mas é justamente quem vai ser tolo de tentar uma carreira por aqui. Só um músico concursado de uma orquestra ou professor que faz parte de apresentações nas horas vaga pode dizer que tem algo como uma carreira por aqui.
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