IMPROVISO E INTERATIVIDADE: CONCERTO "BRINCANDO EM CENA" REINVENTA A ÓPERA NO PALCO DO THEATRO SÃO PEDRO/SP.
Concerto didático explora a relação lúdica entre a montagem de uma ópera e cenários inusitados, em que a interação entre artistas e público tornará cada apresentação única e surpreendente. Espetáculos com a Orquestra do Theatro São Pedro ocorrem nos dias 22, 23, 29 e 30 de junho, sob direção musical de André Dos Santos e direção cênica de Felipe Venâncio .
O espetáculo Brincando em Cena promete ser uma jornada lúdica através do mundo da imaginação, no qual a música, o teatro, a ópera e a improvisação se fundem para criar uma experiência encantadora no palco do Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura. Tendo como foco o público infanto-juvenil, o concerto didático buscará cativar tanto as crianças quanto os adultos, criando um ambiente criativo e divertido, conduzido por árias de ópera cantadas em português, combinadas com jogos musicais e de cena.
Os concertos serão realizados nos finais de semana de 22, 23, 29 e 30 de junho, sempre às 11h, no Theatro São Pedro. Durante o espetáculo, o público terá um papel ativo ao escolher, por meio de um jogo de aleatoriedade, quais obras serão executadas naquele dia. Em seguida, os cantores, também de forma aleatória, decidirão os cenários nos quais essas obras serão encenadas. André Dos Santos assina a direção musical e Felipe Venâncio a direção cênica das apresentações com a Orquestra do Theatro São Pedro. O elenco traz a soprano Alessandra Wingter, a mezzo-soprano Luiza Girnos, o baixo Gustavo Lassen e o tenor Vinícius Cestari. Os ingressos custam de R$ 5 (meia-entrada) a R$ 10 (inteira).
“O programa pretende levar um resumo do que é o universo da ópera: comédia, amor, intriga e muito drama”, revela o diretor musical André Dos Santos. “A abertura do Barbeiro de Sevilha, de Rossini, representa esse mundo vivaz do teatro e dará o abrir de cortinas para esse universo. Em seguida, o próprio público escolherá, por sorteio, quais obras serão apresentadas dentre as 4 árias e 4 quartetos de óperas de Mozart, Donizetti, Gounod, Rossini, Verdi, Tchaikovsky e Puccini. Em cada récita teremos, então, diferentes combinações que deverão criar o efeito de uma mini-ópera: um processo vivo e divertido para o público, cantores e orquestra.”
Para o diretor cênico Felipe Venâncio, o projeto Brincando em Cena se trata de uma ousada inovação no campo da ópera, em que a tradição se encontra com a aleatoriedade e a improvisação. “Buscamos transformar cada performance em uma experiência única, valorizando a interação lúdica entre os artistas e o público. A proposta desafia os limites convencionais da ópera ao inserir cenários improváveis e contextos inesperados, permitindo uma nova leitura das obras clássicas. Este processo demanda um preparo meticuloso dos artistas para se adaptarem rapidamente às mudanças de cenários e repertórios, mantendo a integridade e a qualidade artística das apresentações”, explica.
Na visão de Venâncio, os principais desafios dessa produção incluem a preparação dos artistas para a imprevisibilidade e a necessidade de flexibilidade, tanto cênica quanto vocal. “Além disso, a coordenação técnica para permitir mudanças rápidas e eficazes de cenário é crucial. O público pode esperar espetáculos dinâmicos, envolventes e surpreendentes, em que cada apresentação será um evento único e irrepetível. A participação ativa da plateia não só torna o espetáculo mais interativo, mas também cria uma conexão mais profunda entre os artistas e os espectadores, resultando em uma experiência rica e memorável.”
SERVIÇO
CONCERTO DIDÁTICO - BRINCANDO EM CENA
Orquestra do Theatro São Pedro
André Dos Santos, diretor musical
Felipe Venâncio, diretor cênico
Kuka Batista, iluminação
Alessandra Wingter, soprano
Luiza Girnos, mezzo-soprano
Gustavo Lassen, baixo
Vinícius Cestari, tenor
Repertório
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Il Barbiere di Siviglia
Abertura
GIUSEPPE VERDI (1813-1901)
Il Trovatore
“Stride La Vampa”
[Segundo Ato, nº 4]
GIACOMO PUCCINI (1858-1924)
La Bohème
“Sì, mi chiamano Mimì”
PYOTR ILITCH TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Eugene Onegin, Op.24
“Kuda Kuda”
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)
Le Nozze di Figaro
La vendeta
[Ato 1, N.4]
GAETANO DONIZETTI (1797-1848)
Anna Bolena
"Anna! Fratello!"
CHARLES GOUNOD (1818-1893)
Faust
"Seigneur Dieu, que vois-je!"
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)
La Finta Semplice
"Bella cos'è far l'amore"
GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)
Tancredi
"Padre amato"
Concertos: 22, 23, 29 e 30 de junho
Sábado e domingo, 11h
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada), em: https://feverup.com/m/164901
Classificação etária: Livre
THEATRO SÃO PEDRO
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
SANTA MARCELINA CULTURA
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do GURI e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.
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