ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS APRESENTARÁ A ÓPERA "MADAMA BATTERFLY" COMEMORANDO O CENTENÁRIO DA MORTE DE PUCCINI


 Ao lembrar os 100 anos da morte de Puccini, a Filarmônica de Minas Gerais se une a solistas marcantes no cenário nacional e internacional para apresentar uma versão de concerto de uma das mais arrebatadoras óperas do verismo italiano, Madama Butterfly, com regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, e direção de cena de André Heller-Lopes. Entre os convidados estão a soprano Camila Provenzale (Cio-Cio-San), o tenor Matheus Pompeu (Pinkerton), o barítono Hernán Iturralde (Sharpless), a mezzo-soprano Luisa Francesconi (Suzuki), o baixo Savio Sperandio (Zio Bonzo), o tenor Daniel Umbelino (Goro), o barítono Johnny França (Yamadori e Comissário), a soprano Thayana Roverso (Kate Pinkerton) e o Coral Lírico de Minas Gerais, sob a batuta do seu regente, Hernán Sánchez. As apresentações serão nos dias 13 e 14 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

 

Segundo o maestro Fabio Mechetti, “Normalmente, a ópera não faz parte da programação habitual da Filarmônica, mas, no centenário de morte de um dos maiores compositores líricos da história, nós não poderíamos deixar de celebrar essa importante efeméride. Assim, faremos, em versão cênico-sinfônica, uma de suas mais emocionantes obras, "Madama Butterfly" na qual encontramos, condensadas, a força dramática, a riqueza de instrumentação e a incomparável verve melódica que caracteriza o compositor. Com um elenco composto pelos maiores representantes do canto brasileiro, traremos ao palco da Sala Minas Gerais duas noites que prometem ser memoráveis, imperdíveis para nosso público, que nos acompanha, assim como para aqueles que estão mais conectados com o mundo da ópera”, destaca Mechetti.

 

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Inter, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio da Gasmig. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

 

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

 

André Heller-Lopes, diretor de cena

 

Um dos nomes mais respeitados da ópera na América Latina, André Heller-Lopes dirigiu e produziu espetáculos de sucesso no Brasil, Portugal, Áustria e em diversos outros países. Colaborou com as principais orquestras brasileiras e recebeu, por três anos consecutivos, o Prêmio Carlos Gomes (2009 a 2011). Em 2012, foi eleito pela revista Época um dos “100 brasileiros mais influentes” daquele ano. Atuou como diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2017) e como coordenador de ópera da Prefeitura do Rio de Janeiro (2003 e 2008). É professor na Escola de Música da UFRJ desde 1996. Concluiu o seu doutorado pelo King’s College de Londres e especializou-se na Royal Opera House, na Ópera de São Francisco e no Metropolitan Opera de Nova York. Entre as montagens que dirigiu e/ou produziu, estão Salomé e O cavaleiro das rosas de Strauss; Nabucco e Rigoletto de Verdi; Tristão e IsoldaA Valquíria e O crepúsculo dos deuses de Wagner; entre outras. Sua montagem de Sonho de uma noite de verão de Britten, no Parque Lage (RJ), foi indicada ao International Opera Awards 2014. Com a Filarmônica, Heller-Lopes colaborou como diretor de cena nas apresentações de Andrea Chénier, de Giordano, em 2010; e de Trouble in Tahiti, nas nossas comemorações ao centenário de Leonard Bernstein, em 2018.

 

Camila Provenzale, soprano

 

Camila Provenzale, soprano ítalo-brasileira nascida em São Paulo e residente em Zurique, tem cantado com grandes orquestras e em importantes salas de concertos e casas de ópera pelo mundo. Camila foi uma das vencedoras do Concurso Internacional de Canto Neue Stimmen na Alemanha e venceu o primeiro prêmio no Concurso Maria Callas no Brasil. Foi também uma das vencedoras do Concurso Paris Opera no Théatre des Champs-Élysées, em Paris, foi premiada no Concurso Giusy Devinu em Cagliari, Itália, e representou o Brasil como finalista no Concurso Internacional de Canto BBC Cardiff Singers no País de Gales. Fez seu debut na França em 2017 como Condessa de Almaviva (As Bodas de Fígaro) na ópera de Toulon, mesmo ano em que cantou as Bachianas Brasileiras n.5 de Villa-Lobos no Teatro Real de Madrid. Em 2018 e 2019 foi regularmente convidada a cantar com Plácido Domingo em concertos em Ljubljana, Strasbourg, Valencia, Boston e Aarhus. Desde então, Camila interpretou vários papéis como Donna Anna (Don Giovanni) no Théâtre des Champs-Élysées, Paris; Hanna Glawari (Die Lustige Witwe) no Theatro Municipal de São Paulo; Micaëla (Carmen) com a Opera North, em Leeds, Inglaterra; Mariana Alcoforado na estreia mundial da ópera monodrama Cartas Portuguesas de João Guilherme Ripper com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) na Sala São Paulo; Fiordiligi (Cosí fan Tutte) no Garsington Opera Festival em Londres; Bachianas n.5 (Villa Lobos) com o K Ensemble em Dubai para a Cartier Foundation entre outros. Camila é também reconhecida por sua musicalidade singular também no repertório sinfônico, tendo cantado todas as sinfonias de Mahler, Carmina Burana e muitas obras de Beethoven, Mozart, Villa-Lobos bem como compositores contemporâneos. Em 2022 e 2023, em celebração aos 200 anos da independência do Brasil, Camila se apresentou com projetos de Villa-Lobos Amazon Forest Suíte com prestigiosas orquestras em vários países, incluindo Philharmonie de Paris, Zurich Opernhaus, Orquestra Nacional de Espanha, Opera National de Bordeaux e uma apresentação com a Osesp no Carnegie Hall, em Nova Iorque.

 

Matheus Pompeu, tenor

 

Mineiro de Três Corações, Matheus Pompeu iniciou sua carreira como tenor lírico cantando nos principais palcos do país. Em São Paulo, estudou com Isabel Maresca e, em 2017, mudou-se para a Espanha, onde concluiu sua formação musical no Palácio das Artes Rainha Sofía. Em solo europeu, passa a integrar a programação de festivais em famosas salas de concerto e teatros em diversos países, dando vida e voz a personagens de Monteverdi, Haendel, Rossini, Verdi e outros grandes compositores. A convite do violista e maestro Fabio Biondi, iniciou, em 2019, uma bem-sucedida parceria com o conjunto italiano Europa Galante, que já rendeu quatro discos. O primeiro deles – um registro de Halka, do compositor polonês Stanislaw Moniuszko, no qual Pompeu interpreta o protagonista Jontek – foi indicado ao International Opera Award 2020 como melhor gravação de ópera completa. Pompeu também é vencedor do Concorso Internazionale Marcello Giordani (2015), do Prêmio Carlos Gomes (2015) e da Competição Internacional de Cantores de Ópera Adam Didur (2019). O tenor esteve conosco pela primeira vez em 2018, no concerto em comemoração aos dez anos da Filarmônica de Minas Gerais. Em 2024, será o Tenente Pinkerton em nossa montagem especial de Madama Butterfly, de Puccini.

 

Hernán Iturralde, barítono

 

Premiado pela Fundação Konex como um dos cinco melhores cantores masculinos da Argentina nas últimas duas décadas, Hernán Iturralde iniciou seus estudos de canto em conservatórios de Buenos Aires, cidade onde nasceu. Passou pelo Instituto Superior de Arte do Teatro Colón e concluiu sua formação na Escola de Estudos Musicais Avançados de Karlsruhe (Alemanha), sob orientação do tenor brasileiro Aldo Baldin. Estreou na Europa cantando a Pequena Missa Solene de Rossini, com regência de Helmuth Rilling. Ainda na Alemanha, integrou os conjuntos dos teatros de ópera de Giessen, Leipzig e Stuttgart. Ao longo da carreira, apresentou-se na França, Espanha, Estados Unidos e vários países da América Latina. Interpretou os papéis principais em Wozzeck de Berg, O navio fantasma e O ouro do Reno de Wagner, O grande macabro de Ligeti, entre outros. Em 2024, Iturralde canta pela primeira vez com a Filarmônica de Minas Gerais em dois concertos muito especiais: a nossa montagem de Madama Butterfly e o encerramento da temporada da série Fora de Série.

 

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

 

Eleita pela mídia especializada a melhor cantora lírica do país nos anos 2022 e 2018, Luisa Francesconi começou seus estudos em Brasília e aperfeiçoou-se com Rita Patané em Milão. Possui vasta experiência em palcos latino-americanos e europeus, tendo se apresentado na Itália, Portugal, Eslovênia, Argentina, México, Uruguai e nos mais importantes teatros e salas de concerto do Brasil. Interpretou mais de cinquenta personagens de ópera, entre eles as protagonistas em Carmen (Bizet) e Cinderela (Rossini), Rosina em O barbeiro de Sevilha (Rossini), Cherubino em As bodas de Fígaro (Mozart), Orfeu em Orfeu e Eurídice (Gluck), Charlotte em Werther (Massenet) e Octavian em O cavaleiro da rosa (R. Strauss). A estreia de Luisa com a Filarmônica aconteceu em 2016, quando realizamos a primeira ópera em concerto realizada na Sala Minas Gerais: Così fan tutte de Mozart. Desde então, foram várias colaborações, com destaque para o ciclo O fauno e a pastora de Stravinsky, em 2021.

 

Savio Sperandio, baixo

 

Dono de voz e presença cênica marcantes, Savio Sperandio interpretou papéis de baixo nos principais teatros e salas de concerto do Brasil. No exterior, apresentou-se no Teatro Colón (Buenos Aires), Teatro Real (Madri), Teatro Arriaga (Bilbao), Palácio das Artes Rainha Sofia (Valência), Ópera de Colômbia (Bogotá), entre outros, além de ter participado de festivais de ópera na Itália, Alemanha e Espanha. Com orquestras brasileiras, foi solista em algumas das obras mais conhecidas do repertório sinfônico, como o Réquiem de Mozart, a Messa da Requiem de Verdi, O Messias de Haendel e a Nona Sinfonia de Beethoven. No repertório operístico, destaque para os papéis de Bartolo em O barbeiro de Sevilha, Mustafá em Uma italiana na Algéria e Don Profondo em A viagem a Reims, todas de Rossini, bem como personagens de obras consagradas de Mozart, Verdi, Stravinsky, Saint-Saëns e outros. Sperandio cantou pela primeira vez com a nossa Orquestra em 2018. Neste ano, integra o elenco de nossa montagem da Madama Butterfly de Puccini.

 

Daniel Umbelino, tenor

 

Considerado uma das grandes revelações líricas do Brasil nos últimos anos, o tenor Daniel Umbelino é formado pela Escola de Música do Estado de São Paulo e foi aluno de Ernesto Palacio e Juan Diego Flórez na Accademia Rossiniana, em Pesaro (Itália). É vencedor do Primeiro Prêmio Masculino e do Prêmio Personagem Alfredo Germont no 15º Concurso Maria Callas, em 2016. Especialista em bel canto, interpretou alguns dos grandes papéis de tenor rossinianos, como o Conde Almaviva em O barbeiro de Sevilha, Lindoro em Uma italiana na Algéria, Rodrigo em Otelo e Belfiore em A viagem a Reims, este último um sucesso de crítica no Rossini Opera Festival 2019. Tem também em seu repertório papéis como Rinuccio em Gianni Schicchi (Puccini), Tamino em A Flauta Mágica (Mozart), Alfredo em La Traviata (Verdi), Romeu em Romeu e Julieta (Gounod) e Lisandro em Sonho de uma noite de verão (Britten). Em 2022, cantou com a nossa Orquestra o oratório Elias de Mendelssohn e, neste ano, integra o elenco da montagem especial da Madama Butterfly de Puccini.

 

Johnny França, barítono

 

Johnny França é vencedor do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas em duas edições (2014 e 2016) e do Concurso de Canto Linus Lerner em San Luis Potosí (México). Formado pela Academia de Ópera do Theatro São Pedro e pelo Ópera Studio da Escola de Música do Estado de São Paulo, representou papéis de barítono em algumas das obras mais emblemáticas do repertório, incluindo o protagonista em Don Giovanni (Mozart), Escamillo em Carmen (Bizet), Marcello em La Bohème (Puccini) e Conde Almaviva em As bodas de Fígaro (Mozart), entre outros. Nos últimos anos, dedicou-se a estreias de óperas contemporâneas escritas por compositores brasileiros, interpretando Euclides da Cunha em Piedade (J. G. Ripper), Paulo em À procura da flor (A. Mehmari) e o papel-título em Aleijadinho (E. Aguiar). Na Temporada 2024, França se apresenta pela primeira vez com a nossa Orquestra, participando de dois concertos: a montagem especial de Madama Butterfly (Puccini) e a noite de clássicos corais franceses, com Glória de Poulenc e o Réquiem de Fauré.

 

Thayana Roverso, soprano

 

A soprano paulistana Thayana Roverso é mestre em Performance Vocal pelo Conservatório Francesco Venezze de Rovigo, Itália. Nos últimos anos, apresentou-se com algumas das principais orquestras brasileiras, como a OSB e a Sinfônica de Campinas, e com regentes renomados no cenário artístico nacional, entre eles Claudio Cruz e Roberto Minczuk. Participou do festival internacional GIMYF, realizado em Gênova (Itália), e se apresentou em montagens de ópera na Jordânia e na China. Interpretou os papéis de Nedda em Pagliacci (Leoncavallo), Julieta em Romeu e Julieta (Gounod), Morgana em Alcina (Haendel), Adele em O Morcego (Strauss Jr.), Musetta em La Bohème (Puccini), entre outros. Em 2024, Thayana canta pela primeira vez com a nossa Filarmônica, interpretando Kate Pinkerton na encenação especial de Madama Butterfly, de Puccini.

 

Coral Lírico de Minas Gerais

 

O Coral Lírico de Minas Gerais é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Participa da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Lírico Sacro, Sarau ao Meio-dia e Lírico em Concerto, além de concertos em cidades do interior de Minas e capitais brasileiras, com entrada gratuita ou preços populares. Participa também das temporadas de óperas realizadas pela FCS. Seu atual Regente Titular é o maestro Hernán Sánchez. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Sílvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes, Lincoln Andrade e Lara Tanaka. Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais tornou-se Patrimônio do Estado em 2018 e comemora 45 anos em 2024.

 

Hernán Sánchez, regente do coro

 

Hernán Sánchez é Regente Titular do Coral Lírico de Minas Gerais. Natural de Buenos Aires, iniciou seus estudos de violão, canto e regência coral no Conservatório Alberto Ginastera, em Morón. Aperfeiçoou-se em direção coral com Antonio Russo, Roberto Saccente, Nestor Zadoff e Werner Pfaff. Estudou canto no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón e música antiga no Conservatório Superior de Música Manuel de Falla. Foi coordenador de coros no projeto “Música para a Igualdade”, do governo municipal de Buenos Aires. Integrou os corais estáveis do Teatro Argentino de La Plata e do Teatro Colón. Na companhia Juventus Lyrica, participou como solista em diferentes óperas: Falstaff (Verdi), A Flauta Mágica (Mozart), Madama Butterfly (Puccini), La Bohème (Puccini), A rainha das fadas (Purcell), entre outras. Preparou óperas e concertos com Carlos Vieu, Guillermo Tesone, Salvatore Caputo, Carlos Calleja, Hernán Schvartzman e Antonio Russo. Também para a Juventus Lyrica, dirigiu Lucia de Lammermoor (Donizetti), O barbeiro de Sevilha (Rossini) e Carmen (Bizet), além de ter preparado o coro para diversos clássicos do repertório operístico.

 

Repertório

 

Giacomo Puccini (Lucca, Itália, 1858 – Bruxelas, Bélgica, 1924) e a obra Madama Butterfly (1901/1903)

 

A estreia de Madama Butterfly, em fevereiro de 1904, foi um dos maiores fiascos da história da ópera. Há quem credite o desastre à ambientação e à sonoridade orientais construídos por Puccini, que seriam “exóticas” demais para o público europeu; outros defendem que foi a simpatia com a qual ele retrata a sua heroína, a jovem gueixa Cio-Cio-San, em detrimento do marido, o tenente norte-americano Pinkerton. Fato é que a plateia reagiu com nítida reprovação, vaiando ao longo de todo o espetáculo. Constrangido, Puccini retirou a ópera de cartaz imediatamente, dividiu o longo primeiro ato em dois, deu uma nova ária a Pinkerton e fez ajustes gerais em toda a peça. A segunda apresentação, ocorrida três meses depois, em Brescia, foi um sucesso gigantesco. Madama Butterfly, desde então, nunca mais deixou os palcos das casas de ópera.

 

A história se passa em Nagasaki, Japão, no início do século XX. Pinkerton, oficial da marinha americana, por intermédio do agente matrimonial Goro, realiza um contrato de “casamento temporário” com Cio-Cio-San, uma gueixa de 15 anos conhecida também como Butterfly. Apesar das advertências do cônsul Sharpless, Pinkerton abandona a esposa pouco tempo depois, sem saber que ela estava grávida. Inocentemente, a jovem Butterfly continua acreditando no retorno do marido, mesmo depois de ter sido amaldiçoada pelo tio e de recusar a proposta de casamento do rico Yamadori. Anos mais tarde, Pinkerton retorna para buscar o filho acompanhado de Kate, sua nova esposa. Ele pede que a criada Suzuki chame Butterfly, mas, sem coragem para encarar aquela que deixou, parte antes de revê-la. À Kate, Cio-Cio-San afirma que entrega a criança, mas apenas se Pinkerton vier pessoalmente. Em seu âmago, sozinha e profundamente desiludida, decide que prefere morrer a viver em desonra. Quando Pinkerton retorna para, enfim, buscar o filho, descobre que Butterfly se matou usando o mesmo sabre usado pelo pai para cometer suicídio.

 

Com um arco trágico, que parte da inocência juvenil com o amor conjugal para se encerrar com uma decisão drástica, mas autônoma e bem resolvida, Cio-Cio-San é uma das protagonistas mais marcantes de todo o repertório. Puccini possuía o talento raro de nos fazer “sentir com” as suas personagens, de nos levar a entender o que as aflige e o que motiva as suas ações, e é essa abordagem sentimental que torna Madama Butterfly um drama tão comovente. Em termos musicais, a ópera expande a paleta sonora pucciniana com seus temas e ambientações inspiradas no Japão, mas mantém as melodias concisas e memoráveis que definem a tradição da ópera italiana. A orquestração é brilhante e muito original, como é característico deste grande compositor. Assim como as demais óperas escritas por Puccini, Madama Butterfly é coração puro: do encanto à decepção, pela ternura e pela sensualidade, do egoísmo ao arrependimento, trata-se de uma obra que aflora as emoções do ouvinte e o convida a sentir, bem de perto, tudo aquilo o que as personagens estão sentindo.


 

Série Allegro

13 de junho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Vivace

14 de junho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

André Heller-Lopes, diretor de cena

Camila Provenzale, soprano

Matheus Pompeu, tenor

Hernán Iturralde, barítono

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Savio Sperandio, baixo

Daniel Umbelino, tenor

Johnny França, barítono

Thayana Roverso, soprano

Coral Lírico de Minas Gerais

Hernán Sánchez, regente do coro

 

 

PUCCINI                 Madama Butterfly

 

 

INGRESSOS:

 

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

 

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

 

Horário de funcionamento

 

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h 

 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

 

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

 

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

 

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

 

A Orquestra possui 12 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

 

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

 

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

 

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

 

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Comentários