THEATRO SÃO PEDRO/SP E SÃO PAULO CIA DE DANÇA APRESENTAM COREOGRAFIAS AO SOM DA ORQUESTRA.
“The Eighth”, de Stephen Shropshire e “Cartas do Brasil”, de Juliano Nunes serão acompanhadas pela Orquestra do Theatro São Pedro e a Banda Jovem do Estado, sob regência de Ira Levin, em encenações nos dias 22, 23, 24 e 25 de agosto
A parceria entre o Theatro São Pedro e a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – instituições da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, geridas, respectivamente, pela Santa Marcelina Cultura e pela Associação Pró-Dança – terá sequência em 2024 com as apresentações das coreografias “The Eighth”, de Stephen Shropshire e “Cartas do Brasil”, de Juliano Nunes.
Os espetáculos acontecem no Theatro São Pedro e contam com a participação da Orquestra do Theatro São Pedro e da Banda Jovem do Estado, sob regência e direção musical do maestro Ira Levin, nos dias 22, 23, 24 e 25 de agosto - de quinta-feira a
sábado, às 20h, e no domingo, às 17h. Já o ensaio geral aberto e gratuito ocorre em 21 de agosto, às 19h. Os ingressos das apresentações custam de R$ 40 (meia-entrada) a R$ 120 e podem ser adquiridos em: https://feverup.com/m/162856
The Eighth (2024)
Com coreografia e iluminação de Stephen Shropshire, The Eighth é encenada ao som da Sinfonia nº 8, de Anton Bruckner (1824-1896). A obre oferece ao público uma nota de rodapé aos trabalhos já criados por Shropshire para a SPCD, como Rococó Variations (2020), Marmórea (2021) e Partita (2022), que revelam uma linha de pesquisa iniciada com a (re)investigação do autor sobre a técnica do balé clássico, a fim de descobrir novas maneiras de pensar e se envolver com seu processo coreográfico. O figurino é assinado por Fábio Namatame.
Cartas do Brasil (2022)
Cartas do Brasil é a primeira criação de Juliano Nunes para a São Paulo Companhia de Dança e para uma companhia brasileira. Na coreografia, cada bailarino escreve com o corpo um diálogo contínuo que traduz a urgência de estar vivo. Nunes concebeu a obra inspirado na Bachiana Brasileira nº 8, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), e nas suas memórias de infância que lhe remetem ao universo dos pássaros e das florestas. “Essa obra é um pouco do Brasil que existe em mim. É o lugar onde o gesto de um afeta o gesto do outro e, embora tudo passe muito rápido, todos estão conectados como uma revoada de pássaros”, destaca Nunes, também responsável pelo figurino de Cartas do Brasil. Wagner Pinto está à frente da iluminação.
“Cartas do Brasil”, com coreografia de Juliano Nunes e música de Villa-Lobos.
Crédito: Marcelo Machado
No âmbito musical, o regente Ira Levin ressalta que o programa apresenta duas monumentais “Oitavas” de enormes desafios técnicos. “Teremos o final da maior sinfonia completa de Bruckner e a mais longa e orquestralmente mais rica da série de nove Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. A de Bruckner deve ser sustentada por um grande período, em uma estrutura bastante extensa, e ser equilibrada de tal forma que a escrita maciça de metais não cubra completamente todo o resto que está acontecendo, o que frequentemente se dá até mesmo com as maiores orquestras. Isso para que o enorme final se torne o verdadeiro clímax e objetivo da obra. A de Villa-Lobos também tem importantes questões de equilíbrio, muitas passagens rítmicas extremamente complicadas e outras com texturas multicamadas, que devem ser esclarecidas para o entendimento da verdadeira riqueza da escrita”, explica o maestro.
A diretora artística da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa, valoriza a parceria entre a SPCD e o Theatro São Pedro. “É sempre uma alegria voltar ao Theatro São Pedro e poder presenciar esse encontro potente entre a dança e a música clássica executada ao vivo. Uma experiência única para o público e para cada bailarino que sobe ao palco e para toda equipe da Companhia”, diz.
Orquestra do Theatro São Pedro. Crédito: Heloísa Bortz
SERVIÇO
THE EIGHTH / CARTAS DO BRASIL
Orquestra do Theatro São Pedro
São Paulo Companhia de Dança
Inês Bogéa, direção artística
Banda Jovem do Estado
Ira Levin, regência
THE EIGHTH (2024)
Stephen Shropshire, coreografia e iluminação Fábio Namatame, figurino
CARTAS DO BRASIL (2022)
Juliano Nunes, coreografia e figurino
Wagner Pinto, iluminação
HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)
Bachiana Brasileira nº 8 – 24'
Ensaio geral aberto e gratuito: 21 de agosto, quarta-feira, 19h
Apresentações: 22, 23, 24 e 25 de agosto
quinta-feira a sábado, 20h; domingo, 17h
Classificação etária: Livre
Duração: 46 minutos
Ingressos: Plateia: R$ 120 / R$ 60 (meia-entrada)
1º Balcão: R$ 100 / R$ 50 (meia-entrada)
2º Balcão: R$ 80 / R$ 40 (meia-entrada) https://feverup.com/m/162856
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 1 milhão de pessoas em 22 diferentes países, passando por cerca de 180 cidades em mais de 1.280 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 70 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA
É bailarina, documentarista, escritora e professora. É bailarina e professora, graduada em filosofia e pedagogia. É doutora em Artes com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. Atualmente, é diretora artística e educacional da São Paulo Companhia de Dança e da São Paulo Escola de Dança, professora de cursos de especialização em arte, educação e memória, além de documentarista e escritora. De 1989 a 2001 foi bailarina do Grupo Corpo e entre 2001 e 2007 foi crítica de dança da Folha de S. Paulo. É autora e organizadora de diversos livros e de mais de 70 documentários sobre dança. Recebeu diversos prêmios entre eles a Medalha Tarsila do Amaral (2022), a nomeação pela Critic’s Choice of Dance Europe, como uma das melhores diretoras da temporada 2018/2019 e o Chavaliére de Lorde des Arts et des Lettres (2024), pelo Ministério da Cultura Francês.
IRA LEVIN
Internacionalmente conhecido pela grande versatilidade de suas atividades musicais, Ira Levin regeu mais de 1200 récitas de 100 títulos de ópera, além de possuir um vasto repertório sinfônico. Trabalhou com diversos e importantes instrumentistas, compositores e diretores de cena e regeu importantes teatros de ópera e orquestras em todo o mundo.
THEATRO SÃO PEDRO
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
SANTA MARCELINA CULTURA
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do GURI e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.
Comentários
Postar um comentário