EIFMAN BALLET CHEGA AO BRASIL PARA APRESENTAR SUA VERSÃO DE ANNA KARENINA DE TOLSTOI.

 


Apresentações da companhia fazem parte do projeto “Russian Seasons” e acontecerão em outubro no Rio de Janeiro e em São Paulo

Ingressos já estão à venda em Uhuu para São Paulo e Sympla para o Rio de Janeiro

A genialidade e visão única de Boris Eifman, aclamado pelo New York Times como “um dos coreógrafos mais inovadores da atualidade”, fazem da sua companhia uma das mais prestigiadas do mundo, desde sua fundação em 1977.

Com mais de 50 obras em seu repertório, todas exemplificando a maneira única como o coreógrafo concebe o balé contemporâneo, o Eifman Ballet volta ao Brasil após um hiato de 27 anos, para apresentar uma de suas mais aclamadas produções, o balé Anna Karenina, inspirada na obra-prima de Liev Tolstói.

A produção já percorreu o mundo, com apresentações na Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá, e finalmente chega ao Brasil, em mais uma realização da DELLARTE, para apresentações nos dias 16 e 17 de outubro no Teatro Bradesco, em São Paulo, e nos dias 19 e 20 de outubro no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes.


Nas produções de Eifman, os figurinos são suntuosos, a dança é requintada e o drama é sempre cativante. Treinado no estilo clássico do balé russo, Eifman criou uma linguagem teatral ousada de movimento, que funde a narrativa e a investigação filosófica.

“O que desenvolvo é o “teatro russo de balé psicológico”, que se diferencia tanto do balé clássico tradicional quanto da abstração moderna. A arte que crio foca no mundo interior e na vida espiritual e sensorial do ser humano, buscando reunir a dança às leis fundamentais do teatro, rompendo com a desconexão que se estabeleceu ao longo do século XX. Por isso, meus balés têm uma base dramatúrgica sólida, com profundidade intelectual e psicológica, oferecendo ao público uma intensa energia emocional”, diz Boris Eifman.

                                                    “O Eifman Ballet entrega performances que são uma verdadeira explosão de emoção e técnica impecável.” – The Washington Post

Preocupado há muito tempo com o gênio e os mistérios do processo criativo, Eifman explorou, em trabalhos anteriores, as mentes de artistas incomparáveis como Tchaikovsky, Molière, Rodin e a bailarina Olga Spessivtseva.

Agora é a vez do público brasileiro conferir Anna Karenina, segundo o próprio coreógrafo, “uma verdadeira explosão de energia psicológica interior que transmite um impacto emocional em seus espectadores”.

Deixando de lado todas as tramas secundárias do romance de Tolstói, o coreógrafo concentrou-se no triângulo amoroso Anna – Karenin – Vronsky. Por meio da linguagem da dança, Eifman retrata o drama de uma mulher em processo de renascimento. Segundo o coreógrafo, é a paixão amorosa, o “instinto básico” que levou a heroína a transgredir as normas de moralidade social da época. Totalmente consumida pela paixão, é uma mulher disposta a qualquer sacrifício. “Ao adaptar grandes obras literárias, não me limito a um simples resumo do enredo; procuro revelar nuances ocultas que só podem ser expressas pela linguagem da dança”

Boris Eifman, um dos coreógrafos mais inovadores da atualidade, consegue, com maestria, transformar o drama psicológico do romance de Tolstoi em uma obra-prima de dança que captura a essência das paixões humanas.”  – The New York Times

O coreógrafo afirma que seu balé não se refere a tempos passados, mas sim ao presente: o conteúdo emocional atemporal da performance e os paralelos evidentes com a realidade não deixam o espectador contemporâneo indiferente.

O que falam de Anna Karenina

“Eifman destilou brilhantemente as emoções viscerais e psíquicas de amor, rejeição, perda, paixão, culpa, tormento e autodestruição. Anna Karenina, o romance, a peça, o romance como balé e o romance como inspiração para o teatro contemporâneo, é um triângulo amoroso: esposa (Anna), marido (Karenin) e amante da esposa (Vronsky). No estilo grandioso habitual de Eifman, sem minimizar as emoções no palco, Anna Karenina como balé é uma obra-prima, uma criação que magnetiza o público ao longo de seus dois atos repletos de angústia.” – Roberta E. Zlokower, ExploreDance.com

“Esqueça toda aquela mímica antiquada, congelada no tempo, que assombra tantas obras narrativas tradicionais e muitas vezes deixa o público batendo os pés até que a ‘verdadeira dança’ comece. Esqueça, também, todas as referências educadas à tradição e ao desenvolvimento narrativo. Com Eifman, você simplesmente é levado por um tsunami de movimento puro. […] O resultado são duas horas de dança de tirar o fôlego, repletas de duos e trios espetaculares em que cada elevação acrobática e contorção fala a linguagem da paixão e da traição, da dissolução e da rejeição, do apetite e do desgosto.” – Hedy Weiss, Chicago Sun-Times

“Anna Karenina está entre as maiores obras de Eifman. O novo balé é implacável em sua energia e impiedoso em seu impacto emocional.” – Robert Johnson, The Star-Ledger

“…Talvez a declaração mais poderosa de sua [Eifman] audácia criativa, bem como outra demonstração – se é que fosse necessário – de que o Eifman Ballet de São Petersburgo é uma brilhante fusão de sentimento, musculatura e técnica russa refinada.” – Lewis Segal, Los Angeles Times

“Esta produção exerce um domínio implacável…A produção deixa o público aplaudindo a companhia Eifman por sua integridade apaixonada, e Eifman por seu talento para o espetáculo.” – Laura Thompson, The Daily Telegraph

“O estilo de Eifman é grande, ousado e espetacular, com muitos levantamentos de pernas abertas e um vocabulário de dança dramático…Este é um drama de dança projetado para máximo efeito.” – Neil Norman, Daily Express

“A companhia de Eifman oferece uma performance comprometida e atlética.” – Zoë Anderson, The Independent

“Eifman concedeu a cada um dos personagens principais sua própria linguagem coreográfica, que corresponde à personalidade do herói retratado pelo dançarino; é exatamente por isso que esta interpretação de uma obra literária exala uma poderosa energia psicológica.” – Carmen del Val, El País

Anna Karenina, por Boris Eifman

“O balé é um reino muito específico onde o drama psicológico é reencenado e realizado; é uma oportunidade para obter um insight sobre o subconsciente. Cada nova produção é uma busca pelo desconhecido”, afirma Eifman.

O romance “Anna Karenina” de Tolstói sempre foi objeto de meu intenso interesse. Ao ler Tolstói, pode-se ver o quanto o autor compreende intimamente o mundo interior e a psicologia de seus heróis, o quão precisamente ele descreve a vida na Rússia. No romance, somos imersos no mundo psicológico da personagem principal, além de uma interpretação psicoerótica de sua personalidade. Mesmo na literatura contemporânea não encontraremos paixões, metamorfoses e fantasmagorias semelhantes. Tudo isso se tornou a essência de minhas reflexões coreográficas sobre o livro.

A vida medida e regular da família Karenin – o serviço público do marido, as rigorosas convenções da alta sociedade – produziu a ilusão de que ali reinavam harmonia e paz. O amor apaixonado de Anna por Vronsky destruiu o ‘estado de coisas’ em sua existência. A sinceridade dos sentimentos dos amantes foi questionada e rejeitada; sua franqueza foi temida. A hipocrisia de Karenin era aceitável para todos, exceto para Anna. Ela preferiu o amor totalmente absorvente por Vronsky às obrigações maternas em relação a seu filho. E assim, condenou-se a levar a vida de uma pária. Ela não encontrava prazer em viajar ou nas diversões habituais. Havia uma sensação de que uma mulher estava tragicamente constrangida por uma relação sensual com um homem. Esse tipo de dependência – como qualquer outra – traz dor e sofrimento. Anna cometeu suicídio para se libertar, para pôr fim a sua vida terrível e angustiante.

Para mim, Anna era uma espécie de ‘metamorfose’, pois duas pessoas viviam dentro dela: externamente, ela era conhecida por seu marido Karenin, por seu filho e por todos ao seu redor como uma dama da alta sociedade. A outra era uma mulher imersa no mundo das paixões, continua Eifman.

Qual é o objetivo mais importante na vida: manter a ilusão convencional de uma harmonia existente entre dever e sentimentos ou se render a uma paixão sincera? Temos o direito de destruir nossa família, de privar um filho do cuidado de sua mãe apenas por causa dos desejos de nossa carne?

Todas essas questões assombraram Tolstói em sua época, e não podemos evitar refletir sobre elas repetidamente hoje. Mas as respostas ainda estão distantes! O que permanece é apenas o nosso desejo de ser compreendidos tanto na vida quanto na morte…”

A música para o balé de Boris Eifman inclui trechos da Suite Orquestral nº 3 e da Sinfonia nº 2 op 17, entre várias outras peças de Tchaikovsky.

SERVIÇO 

SÃO PAULO
Teatro Bradesco – R. Palestra Itália, 500 – 3° Piso – Perdizes, São Paulo – SP
16 Outubro, Quarta – 21h
17 Outubro, Quinta – 17h
17 Outubro, Quinta – 21h
Link de vendas: Uhuu

RIO DE JANEIRO
Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
19 Outubro, Sábado – 20h
20 Outubro, Domingo – 15h
20 Outubro, Domingo – 20h
Link de vendas: Sympla

Sobre Boris Eifman

“Boris Eifman cria balés que são ao mesmo tempo emocionalmente intensos e visualmente deslumbrantes, unindo elementos de drama psicológico com coreografias tecnicamente exigentes. O Eifman Ballet é uma companhia que não apenas encanta, mas também provoca reflexões profundas no público.” – The Guardian

Boris Eifman, fundador e criador de seu próprio teatro, estilo e universo de balé, nasceu em 1946 na Sibéria e, desde a infância, desejava expressar seus sentimentos e pensamentos através da linguagem corporal e da dança. Ele mesmo diria mais tarde: ‘Para mim, o balé é mais do que uma profissão; é um meio de existência, minha missão nesta terra. Usando seus recursos, sou compelido a transmitir o que me é dado do alto. Muito provavelmente, eu simplesmente sufocaria em minhas emoções se não tivesse a possibilidade de expressá-las através da arte. Para mim, a coreografia é uma arte profundamente religiosa, no sentido mais amplo da palavra”

O senso inato de movimento e o “instinto de compor” o levaram ao Conservatório de Leningrado, onde estudou no Departamento de Coreografia, e depois à Academia de Balé Russo Vaganova, onde trabalhou por dez anos como coreógrafo, compondo novas obras para apresentações estudantis. Finalmente, em 1977, ele fundou seu próprio conjunto de balé.

Eifman combinou brilhantemente as realizações mais avançadas no mundo do balé com o que aprendeu na escola acadêmica da coreografia clássica russa, à qual remonta suas raízes. “O que faço pode ser chamado de dança das emoções, dança livre, uma nova linguagem na qual balé clássico, dança moderna, impulsos extáticos e muitas outras coisas estão entrelaçados…”, disse ele na época.

Boris Eifman está profundamente preocupado com as questões de hoje e desafiado pelo misticismo da criatividade. O coreógrafo fala diretamente a seu público sobre os aspectos mais complexos e dramáticos da existência humana. Ele define o gênero como “balé psicológico”. Segundo o The New York Times “O mundo do balé em busca de um grande coreógrafo não precisa procurar mais. Ele é Boris Eifman.”

Sobre o Eifman Ballet

O Eifman Ballet de São Petersburgo foi fundado por Boris Eifman em 1977. O nome original da companhia era Novo Balé de Leningrado. O conceito do Novo Balé era inovador e avançado para sua época. Desde o início, a visão era desenvolvê-lo como um laboratório experimental, um teatro de balé de um único coreógrafo.

As primeiras performances da companhia, como “Duas Vozes” e “Bumerangue”, tiveram sucesso imediato e despertaram tanto o forte interesse do público quanto uma discussão animada entre os críticos de balé, que reconheceram o desenvolvimento de uma nova tendência na arte do balé russo. No entanto, os defensores da escola de balé tradicional foram bastante relutantes em reconhecer a influência do jovem coreógrafo. A novidade da abordagem de Eifman na escolha da base literária e da música para suas produções, bem como a audácia do vocabulário de movimentos corporais, renderam-lhe a reputação de um “dissidente na coreografia”, que o acompanhou por muito tempo.

No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, a companhia desenvolveu sua própria abordagem para a formação do repertório, com programas que incluíam um número crescente de produções baseadas em obras da literatura clássica.

Atualmente, entusiastas do balé na Europa, Ásia, Américas e Austrália admiram as produções da companhia, aclamadas não apenas por representar um alto nível de realização artística no balé contemporâneo russo, mas também por introduzir ao público internacional o patrimônio espiritual da Rússia e o melhor da cultura mundial – a inspiração por trás do trabalho do coreógrafo e de seus dançarinos.

Para mais informações sobre a companhia, acesse https://eifmanballet.com/ 

Sobre Russian Seasons

A turnê do Eifman Ballet pelo Brasil faz parte do projeto internacional “Russian Seasons”, apoiado pelo Ministério da Cultura da Federação Russa. A missão do projeto é apresentar a Rússia como um país que preserva seu rico patrimônio cultural e tradições. Os temas e formatos do projeto são variados, incluindo desde concertos de música clássica e produções teatrais até festivais de cinema, exposições de arte, projetos educativos, palestras e master classes. No total, mais de 13 milhões de espectadores participaram das atividades do projeto ao longo de sua existência.

A marca “Russian Seasons” surgiu há mais de cem anos, quando, em 1908, o famoso artista Sergei Diaghilev começou a organizar apresentações de estrelas da ópera e do balé russos na Europa e na América, bem como exposições de belas artes. A nobre missão de Diaghilev continua viva até hoje. O pássaro de fogo, personagem dos contos populares russos que simboliza luz, calor, boa sorte e renascimento, é o emblema do projeto “Russian Seasons” atualmente. 

Sobre a DELLARTE

Uma das maiores produtoras de soluções e eventos culturais do país, atuando na área da música clássica, jazz e artes performáticas há 40 anos, a Dellarte já realizou mais de 1.500 apresentações para mais de 3 milhões de pessoas, trazendo para o Brasil o que há de mais emocionante no cenário cultural ao redor do mundo.

John Malkovich, Jessye Norman, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, José Carreras, Montserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, Kathleen Battle, Balé do Teatro Bolshoi, New York City Ballet, Balé do Teatro Mariinsky – Kirov, Ballet da Ópera Nacional de Paris, MOMIX Dance Theatre, Martha Argerich e Nelson Freire, Mstislav Rostropovich, Evgeny Kissin, Lang Lang, Yuja Wang, Itzhak Perlman, Joshua Bell, Yo- Yo Ma, City of Birmingham Symphony Orchestra com Sir Simon Rattle, New York Philharmonic com  Kurt Masur, Royal Philharmonic Orchestra, Filarmônica de Viena, Companhia Antonio Gades, Cia Joaquim Cortez, Ballet do Teatro Scala de Milão, Kamasi Washington, Bobby McFerrin, Keith Jarrett, Paco de Lucía e  Chick Corea são alguns dos nomes que já se apresentaram no Brasil pelas mãos da Dellarte.


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