MELHORES E PIORES DE 2024 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: PIOR ESPETÁCULO DE ÓPERA.

   


 Uma Nabuccada daquelas de doer a alma dos melômanos. Decapitaram a ópera Nabucco, apresentada no Theatro Municipal de São Paulo, a seu bel prazer e tentaram sem sucesso a transportar para a política atual. Cortaram diversas partes e enxertaram outras sem sentido. 

  Cada ano os nutelas e a lacração se superam em estragar títulos consagrados. Como eles não tem capacidade de compor resolvem estragar o que é insigne há séculos.

O colega Marco Antonio Seta assim definiu essa montagem:  "Não somente a exclusão de 2ª harpa e órgão de tubos ou sinfônico chama a atenção nessa montagem da ópera Nabucco, de G. Verdi. Passou totalmente despercebido do grande público e até de alguns críticos, que pela primeira vez na história desse Theatro Municipal, as intervenções da Banda Sul Palco, foram tocadas uma GRAVAÇÃO; não havia uma banda na coxia, como deveria ser. Uma grande economia para a Sustenidos Organização Social de Cultura que deixa de contratar músicos extras. Somem-se a isso os cortes de trechos importantes no terceiro ato e no quarto ato, não é apresentada a cena em que Zaccaria, “o manipulador religioso”, estabelece a sua aliança final com Nabucco (“Servindo Jeová / Você será o rei dos reis”). A ópera foi  mutilada ! 

Abaixo trechos das críticas publicadas nesse Blog: 

       "Os vídeos são projetados em dois grandes espelhos que se movem e permitem brincar com os reflexos dos cantores. Servem de suporte de projeção para imagens filmadas "ao vivo" com close-ups dos protagonistas principais ou dos cantores para ficar o mais próximo possível de suas emoções. Também são exibidas cenas previamente filmadas com esses mesmos protagonistas e também com os figurantes, vinte e cinco (25) refugiados que ocupam um lugar importante no elenco e no vídeo.

               Ademais a diretora cênica é simplesmente tenebrosa quando coloca partes do coro fragmentado aos limites de área da sala de espetáculos; desmembrando assim o conjunto vocal; usando ainda espelhos como subterfúgio ao desenvolvimento cênico. Cantado duas vezes o "Va pensiero", a primeira no palco (quadro II da parte III) e a segunda, na plateia e balcões, à "Cappella",  uma inovação barata, se considerarmos que não é página escrita por Verdi.  O interlúdio preparado por Alan Woobridge, nos leva a cantos cinematográficos à medida que cada inflexão é incorporada". Marco Antônio Seta no Blog de Ópera & Ballet.

"A diretora Christiane Jatahy faz uma versão moderninha e nada compatível com a ópera. É mais uma que utiliza todos os clichês em moda na atualidade. Imagens projetadas, outras gravadas ao vivo, coro na plateia, figurinos com roupas do dia a dia, espelhos que se movem e mais uma imensidão de bobagens que são tudo menos Nabucco. A diretora quer ser maior que o compositor, aparecer mais que ele, que tal compor sua própria ópera e deixar a obra-prima de Verdi em paz". Ali Hassan Ayache no Blog de Ópera & Ballet.


Comentários

  1. Só podemos esperar esse tipo de espetáculo com essa cultura woke

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