"AIDA" NO THEATRO MUNICIPAL DE SP - BIA LESSA DETURPA A MONUMENTAL ÓPERA DE VERDI. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

                                                                    Aida, foto com todos os solistas
 

CONTEXTO DA ÓPERA:  Estreou no ano de 1871 na cidade do Cairo, por encomenda do governo egípcio. Aida é uma Grand-Opera gênero que se caracteriza pelo exagero. Tudo é monumental nesse estilo nascido na França na primeira metade do século XIX e suas principais características são: Temas históricos em lugares exóticos, grandes massas corais, orquestras enormes, efeitos cênicos de arrasar, cenários e figurinos repletos de luxo e extravagância, grandes elencos, quatro ou cinco longos atos e a presença obrigatória do balé.

   Giuseppe Verdi já tinha se aventurado no gênero quando compôs I Vespri Siciliani , relutou em compor uma ópera em homenagem à nova Casa de Ópera da cidade do Cairo a pedido do soberano Ismail Paxá. Uma bolada em grana e um pouco de conversa fiada fizeram Verdi aceitar a empreitada, assim nasce Aida, com todas as características da Grand-Opera francesa e um dos maiores sucessos verdianos. 

MONTAGEM: É difícil de entender que uma nova produção tenha sido feita pelo Theatro Municipal de São Paulo. Este mesmo título foi apresentado em 2013. Por que não repetiram a montagem? Lembro que isto é comum em todos os teatros líricos do mundo, menos no Brasil, afinal somos mais ricos que os outros.
   Bia Lessa assina a direção cênica e a cenografia. A obsessão pela polêmica está sempre presente na obra da mesma. Na ópera Aida não foi diferente. Inventou cubos no cenário que antes do início se movimentam por nada. Detonou a Marcha Triunfal e o balé com cenas de guerra, estupro, girafas e elefantes que passam no palco sendo atacados por guerreiros. Imagino que a nobre diretora não entendeu o contexto da cena. Ali a guerra já estava terminada e a marcha é dos escravizados. 
   A diretora quer inserir na obra temas da moda atual como feminismo, empoderação ou sei lá mais o que. O problema é que eles não cabem em uma Grand-Opera de Verdi. Pregar temas de hoje em ópera do século XIX é nefasto, deturpa o contexto e só afugenta o público. Os amiguinhos dela foram o que mais aplaudiram.
   As demais cenas seguiram mornas, pouco se contextualiza a ação no lugar ou data. Lembro para a nobre diretora que Aida se passa no Egito antigo. Colocar cantores entre a plateia é um recurso manjado e jogar confete com palavras na galera soa démodé. 
   Os figurinos de Sylvie Leblanc e Maira Himmelstein beiram ao ridículo atroz, ninguém aguenta ver a Amneris com um ovo de páscoa na cabeça. É só olharem a foto acima. O desenho de luz de Paulo Pederneiras se mostrou eficiente realçando as cenas.

SOLISTAS: 

Ana Lucia Bendetti: Foi o grande destaque entre os solistas. Sua Amneris esteve em alto nível com uma voz marcante nos graves. Despejou potência e dominou o papel com louvor. Voz de grande projeção, que encheu o teatro com um timbre perfeito. Não teve medo de correr riscos, aceitou o papel e fez uma grande interpretação. O mezzo-soprano está no auge da carreira, evoluiu muito nos últimos anos.

Priscila Olegário: Cantou uma Aida mediana, timbre escuro e voz muitas vezes que apelou ao grito. Defendeu suas principais árias contida, faltou ousadia na interpretação. Pelo currículo esperava mais.

Marly Montoni: Interpretação arrebatadora de Aida. Voz marcante com agudos repletos de brilho e luz em um timbre escuro adequado à personagem. Expôs excelentes atributos cênicos, faltando apenas melhorar o fraseado. Grande apresentação!

Andreia Souza: Mezzo-soprano com voz de qualidade sólida. Sua Amneris foi vocalmente consistente em toda a récita. Boa emissão das notas, fraseado correto e volume em abundância são algumas das qualidades da cantora. 

David Pomeroy: O tenor não esteve em seus melhores dias, sofreu com os agudos. Voz sem brilho, de emissão fraca e irregular. Seu Radamés com essa voz em nada lembrava um grande líder guerreiro vencedor e sim um leão banguela.

Paulo Mandarino: Diziam que o tenor estava com Covid e não faria a apresentação. Nas redes sociais informou que no dia testou negativo e tentou cantar. Um desastre no primeiro ato. No segundo ato em diante foi substituído pelo tenor Marcello Vanucci que conseguiu terminar a apresentação com dignidade.

David Marcondes: Voz possante que coloca credibilidade ao personagem Amonasro. Barítono experiente, nesse papel exibiu todos seus dotes vocais. Excelente!

CORO: Desfalcado de mais de 30% dos seus integrantes devido a Covid. Os que ficaram conseguiram manter boa qualidade da récita.

ORQUESTRA: Sofreu também com a perda de diversos músicos. O regente Roberto Minczuk fez uma leitura lenta, realçando o brilho das notas e ajudando e muito os solistas, principalmente os tenores. Conseguiu extrair dos músicos sonoridade com tempos lentos, não dá para exigir volume em uma orquestra desfalcada. Tirou leite de pedra.

CONCLUSÃO: Modernizar a ópera não é deturpar o sentido da mesma. Temas de hoje inseridos em um contexto de séculos passados soam estranhos e desinformam o espectador. Os que não sabem que a Marcha Triunfal é dos derrotados que acabaram escravizados nunca entenderão a cena. Porque Bia Lessa se julga moderna e no direito de fazer o que bem entender com a obra de Verdi. 
   Por esse motivo o público anda sumindo das óperas, devido a diretores que fazem montagens para agradar aos amigos e se mostrarem moderninhos para a galera. Esse Blog já alertou sobre isso, o tenor Jonas Kaufmann mostrou preocupação com a falta de público, dizendo que "as vanguardas, as extravagâncias e o querer ser diferente, sempre viram a história de cabeça para baixo". Bia Lessa deturpa a monumental Aida, se faz isso é porque se acha maior que Verdi, que pena dela!
Ali Hassan Ayache
   
 

Comentários

  1. Concordo plenamente, Realmente achei uma lástima .

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    1. O BRASIL É UM PAIS RIQUÍSSIMO POR ISSO FAZEMOS UMA PRODUÇÃO MOVA A CADA 5 ANOS.:

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    2. Comentário perfeito.
      Esses diretores e diretoras, normalmente vendo do teatro, não entendem nada de ópera, mas usam a mesma pra colocar conceitos e "idéias" avessos ao espetáculo. Tudo fora de contexto, não apenas cênico, como musical.
      Ah, a patota dos amigos é interesseiros adora.
      E o público, vai cada vez mais se distanciando
      Quando essa moda, que é mundial, vai sumir?

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  2. Parabéns pela crítica, mas só um conselho: não se pode usar "mesmo" de forma referencial. "Sempre na obra da mesma" = "sempre na obra dela", "os mesmos não cabem" = "eles não cabem", etc.

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    1. Obrigado pelo conselho, já corrigi o texto.

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    2. alguem aí é chapa da Bia Lessa

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    3. Concordo totalmente.Bia Lessa não entendeu a ppera de Verdi.Acontecrino que esda deturpando as óperas no mundo onde o encenador quer ser mais que o compositor os cantores e a música..O que salvou esta Aidsla foram os cantores.

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  3. Nessas coisas que acontecem SEMPRE, a qualidade é questionada por quem entende do riscado.
    MAS, dizer que o público não comparece é uma inverdade.
    São os desentendidos que fazem os ingressos esgotarem.
    E fica por isso mesmo, alegria geral, apesar dos pesares.
    Montagens toscas e deturpadas com a desculpa de ser moderninho, maestros medíocres regendo orquestras, apresentações sofríveis sendo aplaudidas de pé.
    E quando tinha gente atenta, observando e recusando essa "tendência", tinha ao mesmo tempo gente "reclamando" destes...
    Gente sem referência?
    Gente cansada?
    Adeptos do "vai assim mesmo"!

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  4. Um horror a encenação de Bia Lessa. Zero é a sua nota.

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  5. Excelente crítica. Parece a lacração veio para deturpar tudo. Nada está livre do toque de suas garras prontas a usar qualquer manifestação como instrumento de propaganda das pautas de esquerda. Lamentável.

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  6. Crítica extremamente tendenciosa. Acho que a ópera deve inovar sempre. Justamente, para se ter um público mais jovem. Se não mudarem o mindset dos fazedores de arte erudita, no caso, a ópera, certamente, não terá público daqui a 30 anos. Acho que a Bia Lessa fez um excelente trabalho. Ela está comprometida com a inovação do teatro dentro da ópera. Esse é o caminho. Não dá para encenar ópera como era há 50 anos atrás. Vamos acompanhar os avanços culturais e sociais que obtemos nesse tempo? Ela está corretíssima. Repensem sobre a ópera, ou daqui a 30 anos só teremos os caqueticos assistindo [ponto].

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    1. Ela não inovou , ela não estudou , fez um trabalho preguiçoso ela contou a história fora de contexto, se atente, elogia-la é simplesmente não entender que Aida tem um começo um meio e um fim, que podem ser contado por várias óticas, mas não dá pra simplesmente colocar a carroça na frente do boi...num lugar onde nem tem carroça e nem boi...vergonha dessa montagem...

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    2. Inovar é uma coisa, sempre desejável. Deturpar, ao nível da irresponsabidade e da falta total de sensibidade e entendimento sobre a forma de expressão operísrica, é triste.
      Pode-se inovar, respeitando texto, música e contexto dramático. Ias, diretor de ena pra mim, deveria conhecer muuuuti ópera. Estão aí pra, inusi e, pra valorizar e pontuar momentos dramáticos e musicais. Não ora introduzir elementos disparatados, que só os árvores e amigos entendem....

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  7. Putz... minha ópera favorita. Após esta crítica, vou preferir esperar uma montagem digna dela, e do gênio que a escreveu. "Cubos que se movimentam por nada" ?KKK Só posso imaginar o horror!

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  8. Ao contrário do que acontece em Nabuco, no Colon, o modernismo trouxe grandes novidades e uma apresentação incrível, impecável em todos os sentidos. Os ingressos esgotados mostram que o público está sedento por óperas, mas trazer a personalidade da produtora e suas ideias sociopolítica não é o caminho.

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  9. diretora esdrúxula, nunca conseguiu gerir pequenos grupos de teatro , sempre com conflitos e arestas, o teatro municipal apostou no nada e colheu oque pediu , triste...é triste o resultado, é triste o processo , vida longa para essa diretora longe do teatro...conselho exercitar a esculta e respeitar todos os profissionais envolvidos ajuda muito...

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  10. Conservadores de merda o mundo mudou !

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    1. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

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    2. Com certeza, para pior, por conta dos moderninhos “de merda”.

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  11. Essas inovações modernosas são sempre desastrosas

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  12. Penso que essas inovações são gratuitas e sem qualquer objetivo "lacrador". É simplesmente um esforço estético de não comunicar a obra com os espectadores em busca de uma identidade "modernizadora". Não há contexto com questões do mundo de hoje de forma à comunicá-los. Há essa constante crítica a dizer que esses diretores intencional isso, mas sequer acredito que obtivemos qualquer acesso que tenha tido semelhante sucesso. O que há é uma tentativa de autoria que tenta colocar uma identidade artística que sinceramente acabou com o romantismo. Essa tentativa narcisista de diretores não cumpre sequer seus objetivos de vero sucesso e coloca em completa falha o dever de comunicar uma obra complexa, grandiosa. Há uma cultura de desinformação que muitas vezes gozam com críticas desentendidas que afirmam o sucesso de contextualizar temas atuais em obras de outros séculos. Se é possível, não é o que tem acontecido. Sequer é possível compreender os ismos de hoje que de todo não seria impossível observar em obras que representam um espaço no tempo de culturas histórico permeadas sim de problemáticas atuais. Mas não é isso que essa gente faz. Isso precisa ficar óbvio. Essa gente só tem tido sucesso em desinformar obras ricas. Enquanto vocês continuarem as colocando como vanguarda a contextualizar temas que não são contextualizados, o que pode mesmo ser de uma pobreza de vocês de conhecimento sobre essas ciências visto perceptível certo discurso político conservador nas escolhas de palavras, essa gente continuará a realizar a precarização da obra. Essas pessoas que se identificam enquanto verdadeiros artistas, se justificam em interpretar um não entendimento de sua obra pela crítica conservadora que não vê a importância do que realizam. Mas a verdade é que não realizam nem o que devem e nem o que supostamente propõe.

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  13. Essa tendencia ou execução de "recontar" a historia deve ser creditada à USP e suas turmas - é incrivel o que estão fazendo,a destruição da historia, ou da morfologia das tradições, pra ajeitar o barco politicamente, mais nada que isso - no real são uns analfas, as obras de arte que são antigas, são antigas como diz o nome, são essas que nasceram junto com elas - quem quizer "revolucionar" tradições, crie os seus estudos, teses etc com o caudal de nuances que estão aí a disposição dos verdadeiros pesquisadores.

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  14. Concordo plenamente com o texto: Querer inventar o já inventado é mais que medíocre. Garanto que na plateia tinha muitos concordantes que sequer sabem o que é ópera.

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  15. Fui assinante, por vários anos, das óperas do Theatro Municipal de SP, embora morando em Minas Gerais.
    Assisti a produções belíssimas, carregadas de emoção e encantamento.
    Mas, que rumos tomaram as produções atuais?
    O querido Theatro virou palco de protextos e politicagens! Lamentável!!!
    Estava com um grupo formado para irmos ver Aida, mas quando percebi que a montagem seria como foi, desistimos!
    Que pena! Perderam uma assinante que levava muita gente junto! Perderam o público que se dispõe a ir pela Arte, e não por protestos ou manifestações anti isso ou anti aquilo, a favor disso ou daquilo.
    Verdi deve estar revirando na cova!
    Que pena!

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  16. Como as operas, teatros musicais sempre foram para uma elite rica e branca, nós pretos, pobres trabalhadores nunca tivemos acesso a nada de cultura. Foi nos renegado o conhecer das artes líricas, do Bel canto, e uma juventude imensa nem sabe o que ária, opereta,Bel canto, etc. Os temas abordados nas óperas nem são agradáveis a uma sociedade que nunca nem entrou em um teatro quiçá a crítica teatral! Século XXI , abramos as portas das artes por gentileza

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  17. Amigo, de fato existe elitismo cultural,mas o nosso povo mesclado de várias raças, da Republica pra cá, é um apreciador da boa musical(não gosto desse termo "erudito"(a)).É só dar um conserto no Ibirapuera ou no Aterro do Flamengo, ou outros pontos das cidades, que o povão comparece e está lá apreciando musica feita pelos espíritos inspirados de todas as as nações e todas as épocas. Não vá atrás desses protesto do tipo desse focado, eles são "caronas" politicos das obras respeitáveis, que para serem julgadas têm de ser apresentadas como foram feitas

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  18. Um festival de mal entendidos! A ópera é basicamente um circo onde cantores exibem suas capacidades e uma orquestra acompanha para adicionar colorido e aumentar as emoções, é uma coisa originalmente muito mais popularesca do que esses eruditos universitários pensam. É um gênero irrealista por natureza, muito mais que o teatro falado. Estão querendo forçar com esse teatro de diretor uma intelectualização e teatralização da ópera que o gênero não suporta. Tudo isso só serve para desviar a atenção da música! Desse jeito que está só vou assistir óperas em formato de concerto ou ouvir gravações. Não me interessa assistir essa Aída no Municipal por exemplo. O crítico da concerto e aprendiz de feiticeiro João Luiz Sampaio tentou defender essa encenação num artigo recente. Falhou miseravelmente na empreitada. Acusou Verdi em Aída, baseando-se em autores que ele cita, de tomar partido dos egípcios, país conquistador, escravizador e teocrático. Acontece que o Egito naquela época era uma das sociedades mais avançadas da Terra e o que tinha de mais moderno por volta de 1500 antes de Cristo era o modo de produção escravista. O resto do mundo praticamente vivia na idade da pedra. Com toda a linguagem erudita e condenação cristã e moralista da escravidão, o senhor Sampaio precisa ser lembrado que as civilizações da antiguidade viviam sobre o modo de produção escravista, depois veio o feudalismo, mercantilismo até o capitalismo da época atual, na qual os que escrevem para o Estadão ou a Folha são muito mais difundidos e ganham muito mais, não importa a besteira que escrevam, do que quem escreve para blogs independentes. Senhora Bia Lessa e senhor Sampaio, que arcaísmo absurdo é esse nessa encenação e nessa crítica da Concerto, os diferentes modos de produção creio esse ser um conteúdo ensinado no primeiro grau escolar! Isaac Carneiro Victal.

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    1. Por fim não gostaria de ser injusto com a Etiópia e prestar minha solidariedade a esse país, que desde a antiguidade até hoje, continua sendo mais atrasado que o Egito, mesmo sendo mais verde e tendo um clima melhor que o desértico Egito, este por sua vez se beneficiou por estar perto do Mediterrâneo, o Egito não é simplesmente uma dádiva do Nilo! Isaac Carneiro Victal.

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    2. Corrigindo, quando falei em arcaísmo gostaria de dizer anacronismo e também acrescento a informação de que hoje a Etiópia é um dos países que mais se desenvolvem em todo continente africano. Provavelmente se seguir por esse caminho, em uns 100 anos passará o Egito! Isaac Carneiro Victal.

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  19. Só de irritar caretas reacionários e provocar pitis lamuriosos como este, essa montagem já valeu a pena, rs.
    Como já dizia o velho Mário, há apenas 100 anos...
    "Morte à gordura!
    Morte às adiposidades cerebrais!
    Morte ao burguês-mensal!
    ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!"

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    1. Concordo 100%. É a maior onda ver esse bando de velho reaça falando o que nem eles sabem. E o melhor: falando que é lacração. Ai, velhos reacinhas

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    2. Concordo, a arte deve prosseguir avançando! Há todo espaco para a crítica e debate, inclusive dentro da obra.
      Quem quiser uma Aida no estilo "AINDA" , que assista às centenas de bons DVD's com montagens tradicionais ou mesmo retrabalhadas. A ópera precisa também conquistar outros públicos, ou será apenas para a velharia careta que quer apenas mais do mesmo.
      Agora que o genocida bozo caiu em sua tentativa de golpe fascista, estaremos numa nova era.
      Abaixo a hipocrisia, a caretice e abaixo este regente autoritário, medíocre e fisiologista que é o Minczuk! Sem ele teria certamente sido bem melhor ainda.

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  20. Ver esse bando de velho imbecil reclamando da montagem é a minha diversão. Avante, velhos loucos!

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  21. o tom dos comentários é um bom termômetro. Acho que não encoraja o público iniciado a ver mais montagens com direção da Bia..rs

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  22. Percivaldo Nocoletti11 de junho de 2022 às 13:30

    Excelente crítica, abordou todos os temas com maestria. Concepção cênica horrível, orquestra desarmoniosa, com tempos arrastados, lentíssimos. Maestro não apropriado para a escolha técnica artística, cantores de cantina fazem melhor que esses protagonistas ( Una schifezza Monstra) assisti ambos os cast’s Esse Canadense deveria pedir licença pra ir tomar cerveja e não interpretar esse guerreiro. O que dizer de Mandarino? Uma porcaria sem igual. Guerriero foi o público em suportar esse lamento vocal de péssima qualidade, figura não compatível com um teatro lírico. Os sopranos foram ok, mas nada de especial, como dizia o ditado: Papel aceita tudo e olha que o currículo da Olégario era impressionante….. Amineris cantada originalmente por Mezzos não tenho nem o que comentar, o resto é o resto, não fede nem cheira, Pra não dar mérito, o único som que se salva em toda essa massa sonoro são os sinais

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  23. Lendo as críticas sobre Aida e depois de ver aquele horror chamado Café, mesmo sendo assinante me recusei a ver a Aida empoderada.
    A gente só quer ver uma montagem decente. Deixem a lacração para o Twitrer.

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