PÚBLICO DE ÓPERA SE CONTENTA COM POUCO, ACEITA TUDO E NÃO RECLAMA DE NADA. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
As redes sociais são um reflexo instantâneo da sociedade. Na ópera não é diferente. Nos últimos dias pipocam em diversas redes publicações da ópera "La Bohème", de Puccini, apresentada em forma de concerto no Theatro Municipal de São Paulo.
Público de ópera se contenta com pouco, aceita tudo e quase não reclama de nada. Pelas publicações nas redes parece que tivemos uma "La Bohème" histórica. Lembro que a apresentação foi em forma de concerto. Espectadores e artistas fazem parecer a produção ser digna do Met de Nova Yorque ou do Scala de Milão.
Ninguém nunca questionou nada publicamente (em off muitos reclamam) e pelo jeito só os escribas desse Blog questionam. A pergunta é onde está a produção desse título apresentado em 2013 no próprio teatro? Por que ela não é reapresentada ao invés de nos contentarmos com uma ópera em concerto? Fazem tantas reuniões pelo continente com a Ópera Latinoamerica, será que nenhum teatro na América tem uma produção para nos enviar?
Aqui nós cobramos, nunca somos ouvidos porque a classe é conivente com os desmandos das diversas direções.
Depois de uma temporada mixuruca, com um Nabucco de Verdi que foi uma "Nabuccada" com figurinos dignos de um brechó e produção distante do aceitável as pessoas tem a cara de pau de ficar enaltecendo a direção do teatro.
Nas redes tudo é felicidade com artista e público elogiando um ao outro como se fossem todos perfeitos. Quanta falsidade!
Ali Hassan Ayache
👏👏👏👏👏 você é o único que tem coragem de falar a verdade
ResponderExcluirPublico do municipal aceita qualquer coisa, pessoal vai mais pra ver o teatro e tirar fotos do que pela música. mesmo publico que adora quebra-nozes e os tais de concertos natalinos hahahaha
ResponderExcluirO mesmo está acontecendo cada vez mais no caso da Sala São Paulo e da OSESP. Isaac Carneiro Victal
ExcluirÉ falta mesmo de formação cultural, penso eu. Há anos os Municipais de SP e Rio tem sido muito modestos em produções. Longe vão os rempos em que no Rio tivemos uma Elektra e um Tannhäuser com direção de Werner Herzog. Ou mesmo há mais 3 décadas o Orfeu com raios laser ou Aida que foi depois parar no Met, depois da apoteótica apresentação ao ar livre na Quinta da Boa Vista. Ou mesmo O Estupro de Lucrécia na Sala Cecília Meireles...
ResponderExcluirA apresentação de "La Bohème" no Teatro Municipal de São Paulo foi mais um dos engodos na regência de Roberto Minczuk, após um "Nabucco", de Verdi hediondo e que nunca mais deve ser mencionado. Nas redes sociais, tudo é maravilhoso e felicidade daqueles que nada entendem do babado. Nunca viram uma ópera como ela realmente é, tampouco sem referenciais da própria ópera; qualquer que seja ela. Nunca viram a mesma na interpretação de grandes estrelas e astros da Opera internacional.
ResponderExcluirNo caso de La Bohème na noite de 20 de dezembro de 2024, ouviu-se de cara, um cantor com a voz na garganta, engolada, sem a mínima maleabilidade, estridente e irritante aos ouvidos de quem acostumou-se com verdadeiros tenores; só para exemplificar: Carlo Bergonzi, José Carreras, Rolando Villazón, Nicollai Gedda, Alfredo Kraus, Luigi Alva, Ruggero Bondino, Gianni Ramondi, Beniamino Prior ou Raimondo Mettre. Portanto ouvir Giovanni Tristacci resultou no pior Rodolfo que se poderia desejar no palco do Theatro Municipal. Ninguém fala as verdades, somente nós do Operaeballet; ao contrário daqueles que lá comparecem, vêem tudo isso e soltam elogios falsos, e com a maior cara de pau, enaltecem, cumprimentam e tiram o chapéu àqueles(as) que são os reponsáveis por toda essa afronta e descalabros praticados e, por conseguinte, ainda nos fazem pagar para engolir. É só lembrar das afrontas descomunais de "Aída" em 2022; de "O Guarani " em 2023 e do Nabucco em 2024. Basta de tantas trapalhadas, desacertos, , de trocar gato por lebre, de cantor por gritão e de enganar ao público com elencos a definir, anunciando nomes e não cumprindo a sua presença, elencos a completar à última hora, como aconteceu já várias vezes; ...com quem ? Maria José Siri (Abigaille); Massha Tompson (Aída e La Fanciulla del West); o recente Rodolfo que não cantou esta La Bohème. Caos no Theatro Municipal de São Paulo.
Tempos sombrios .
ResponderExcluirTempo de produções rasas onde o ridículo é enaltecido.
O Brasil está ridículo.
Depois que Rusalka foi eleita a montagem do ano numa concepção cenica em que 90% do público (o que mais é importante) não compreendeu nada da ambientação e narrativa (des)construída...
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