MELHORES E PIORES DE 2024 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: PIOR DIREÇÃO DE CENA.

 


A diretora de cena Christiane Jatahy fez de tudo para detonar de ruindades a ópera Nabucco apresentada no Theatro Municipal de São Paulo e conseguiu. Uma autêntica "Nabuccada" com direito a toda espécie de deturpação da obra prima de Verdi. Abaixo segue trecho das críticas publicadas nesse Blog: 

"A diretora Christiane Jatahy faz uma versão moderninha e nada compatível com a ópera. É mais uma que utiliza todos os clichês em moda na atualidade. Imagens projetadas, outras gravadas ao vivo, coro na plateia, figurinos com roupas do dia a dia, espelhos que se movem e mais uma imensidão de bobagens que são tudo menos Nabucco. A diretora quer ser maior que o compositor, aparecer mais que ele, que tal compor sua própria ópera e deixar a obra-prima de Verdi em paz." Ali Hassan Ayache

"Christiane Jatahy realizou uma ópera-documentário que revigora a metáfora bíblica de Verdi e Solera ao apresentar as palavras daqueles que enfrentam tiranos e extremistas pelo mundo afora e que permeiam ainda hoje em meio às sociedades. Nessa oportunidade Jatahy comete erros imperdoáveis de marcação cênica, ao interpor personagens menores ao de Abigaille, preterindo-a ao segundo plano em momentos em que esboça o seu canto delineando o terceto "Io t'amava ! Il regno, il core..." (Parte I).
              As palavras aqui são muito, talvez até gentis demais. A contemporaneidade reside sobretudo nos trajes dos protagonistas, vestidos como a maioria das pessoas, com exceção de um traje de prisão imposto a Fenena, filha de Nabucco capturada pelos hebreus e,  de uma imensa tela que se torna um tanto confinante para Abigaille.

             Os vídeos são projetados em dois grandes espelhos que se movem e permitem brincar com os reflexos dos cantores. Servem de suporte de projeção para imagens filmadas "ao vivo" com close-ups dos protagonistas principais ou dos cantores para ficar o mais próximo possível de suas emoções. Também são exibidas cenas previamente filmadas com esses mesmos protagonistas e também com os figurantes, vinte e cinco (25) refugiados que ocupam um lugar importante no elenco e no vídeo.

               Ademais a diretora cênica é simplesmente tenebrosa quando coloca partes do coro fragmentado aos limites de área da sala de espetáculos; desmembrando assim o conjunto vocal; usando ainda espelhos como subterfúgio ao desenvolvimento cênico. Cantado duas vezes o "Va pensiero", a primeira no palco (quadro II da parte III) e a segunda, na plateia e balcões, à "Cappella",  uma inovação barata, se considerarmos que não é página escrita por Verdi.  O interlúdio preparado por Alan Woobridge, nos leva a cantos cinematográficos à medida que cada inflexão é incorporada". Marco Antônio Seta.

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