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Mostrando postagens de dezembro, 2017

CURTO CIRCUITO NA TEMPORADA 2017 DE ÓPERA. CRÍTICA DE WAGNER CORRÊA DE ARAÚJO NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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NA BOCA DO CÃO - FOTO/ DALTON VALÉRIO Desde o início de 2017, a percepção da crise política e econômica teve graves consequências para as artes cênicas, com redução dos patrocínios, suspensão dos editais e incentivos oficiais. Mas se na criação teatral seus reflexos foram imediatos obrigando a busca de soluções que não interrompessem de vez o fluxo produtor, na ópera e na dança os resultados foram catastróficos, especialmente na programação lírica e coreográfica do Theatro Municipal. Na insanidade da brusca exoneração do funcional comando diretor/artístico de João Guilherme Ripper, instaurou-se um caos ampliado pelos atrasos salariais dos corpos estáveis do TM, limitando, por razões justíssimas, as atuações do Coro, da Orquestra e do Corpo de Baile. Suspendendo-se, ainda, a programação planejada e anunciada para 2017, após a ocupação da Presidência pela incompetência de um gestor(André Lazzaroni) fora do ramo. Onde  houve, pelo menos, uma compensação na esperança...

OSESP: NATALIE STUTZMANN BRILHA NA TEMPORADA 2017 E A PERDA DE DUAS MIL ASSINATURAS EM CINCO ANOS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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   Sala São Paulo, foto Internet.    Cada dia é mais evidente que a regente titular da OSESP Marin Alsop não se importa muito com a orquestra. Fato é que no ano de 2017 quem arrebentou foi Natalie Stutmann, como regente e cantora mostrou talento em diversas apresentações. É um dos nomes mais interessantes para dirigir a orquestra após 2019. Já foi informado que Alsop não renovará seu contrato.     O detalhe principal é a necessidade do novo titular ter participação efetiva na cena musical paulista. Este tem que mostrar envolvimento com a orquestra, músicos e sociedade.     Outra solução é a busca de um nome nacional para dirigir a OSESP, para os que dizem não existir ninguém capacitado em solo nacional cito: Jamil Maluf, Ligia Amadio, Claudio Cruz, Roberto Minczuk e Marcelo Lehninger. Estes nomes teriam tempo e se dedicariam de corpo e alma para com a orquestra.     Após diversas negativas da OSESP de fornecer ...

BALÉ "O QUEBRA NOZES", CLÁSSICO NATALINO. ARTIGO DE EMANUEL MARTINEZ NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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Escrito em São Petersburgo e apresentado a 18 de Dezembro de 1892, o balé em dois atos, com coreografia original de Marius Petipa (1818-1910), contém uma das músicas mais conhecidas de Tchaikowsky. Entretanto, o compositor relutou em aceitar o trabalho e o considerou muito inferior a Bela Adormecida. Embora as suítes de balé sejam realizadas depois da peça pronta, a do Quebra Nozes foi elaborada ao mesmo tempo da composição da obra, e sua execução teve lugar bem antes da apresentação do Balé, a 7 de Março de 1892, sob a regência do próprio autor. O ballet está dividido em dois atos com durações mais ou menos equivalentes, compreendendo um total de quinze partes dançadas, precedidas de uma abertura. Nesta primeira parte, a abertura, uma miniatura, é de orquestração reduzida, no mínimo diferente, quase uma brincadeira, produto de um mestre da orquestração. Nas cordas, somente violas e violinos com duas flautas, pares de oboés, clarinetes, fagotes, trompas e triângulo, o suficiente p...

SÃO PAULO CIA DE DANÇA ABRE AUDIÇÃO PARA BAILARINOS E BAILARINAS.

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Bailarinas da São Paulo Cia de Dança em cena do balé La Sylphide. AUDIÇÃO 2018 A São Paulo Companhia de Dança abre audição para bailarinos profissionais (homens e mulheres), maiores de 18 anos e com DRT, para integrar o elenco nas apresentações de  O sonho de Dom Quixote , que incluirá apresentações internacionais. O período de trabalho irá de 01 de fevereiro a 25 de abril de 2018, podendo ser estendido para alguns bailarinos contratados, de acordo com o interesse de ambas as partes. As inscrições podem ser feitas no período de  5 a 22 de dezembro de 2017 (impreterivelmente). Para se inscrever é necessário o seguinte material:                 - Ficha de inscrição ( clique aqui  fazer download da ficha); - Currículo com as principais atuações na dança profissional; - Cópia do DRT; - Fotos de corpo inteiro e relacionadas à dança (tamanho mínimo: 10x15cm) ou 300 dpi; - Cópia do passapo...

"A FLAUTA MÁGICA" MESCLA O CLÁSSICO E O CONTEMPORÂNEO EM PRODUÇÃO DESCARACTERIZADA DO ORIGINAL. CRÍTICA DE MARCO ANTÔNIO SETA NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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Cena da ópera "A Flauta Mágica" do TMSP.            A história de "A Flauta Mágica", de W. A. Mozart (1756-1791) cujo libreto de Johann Emanuel Schikaneder em colaboração com o compositor, está em cartaz no Theatro Municipal de São Paulo até a próxima quinta-feira 21 de dezembro. Com a simplicidade de sua trama paradoxalmente carrega grandes mistérios: a ópera já recebeu leituras em grandes teatros americanos e europeus, que vão desde a investigação de símbolos e evocações maçônicas que Mozart insere em sua partitura, até uma recriação que tem como pano de fundo trincheiras da II Guerra Mundial. O enredo narra a história dos jovens Tamino e Pamina, que ficam juntos quando vencem o mal representado pela Rainha da Noite e se aliam à sabedoria simbolizada pelo sumo sacerdote de Isis: Sarastro (baixo profundo).           Todavia segundo o diretor cênico,  André Heller-Lopes  acredita "que há constando num livro em ...

"SAMSON ET DALILA" COM PLÁCIDO DOMINGO. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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       A versão do Metropolitan Opera House de Nova Yorke é uma boa entrada para conhecer a ópera Samson et Dalila de Sant- Saëns.  Tem um primeiro ato monótono, com muitas massas corais ( foi planejada para ser um oratório). O melhor fica para o segundo ato, onde Dalila tem que seduzir Sansão a lhe contar o segredo de sua força. Musicalmente tem passagens brilhantes, grandes duetos e árias. O terceiro ato é interessante, com Sansão acorrentado e pedindo a Deus que lhe dê um último suspiro de forças.    Plácido Domingo faz um Sansão viril, com destaque para sua atuação cênica e como sempre a carência de agudos em alguns momentos. Olga Borodina tem bela voz, agudos potentes, sua Dalila peca pela falta de sensualidade. Sergei Leiferkus fica perdido como sacerdote, sua voz não tem cor nem brilho.    A montagem do Met é estupenda, a presente gravação é a abertura da temporada 1998/1999. Cenários simples...

BIZET- CARMEN SUÍTES No. 1 E No. 2 . ARTIGO DE EMANUEL MARTINEZ NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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Carmen é a última e a mais famosa ópera de Bizet, a sua trama acontece na região espanhola de Sevilha. Bizet escreveu duas suítes que se encadeiam a partir dos temas da ópera Carmen, sendo as árias e as peças de conjunto preenchidas por vários instrumentos em substituição às vozes. As suítes foram transcritas em 1855 por Ernest Guiraud (parceiro de Bizet na elaboração dos recitativos e as falas da ópera Carmen) após a morte do compositor tendo ficado desaparecidas até 1935 quando tiveram sua première. A primeira Suíte é quase que formada por prelúdios e entre-atos. Estão assim divididas: BIZET – CARMEN Suítes No. 1 1. Prélude  (Prelúdio do I Ato) –  Allegro moderato.  Este movimentos é tocado junto com a Aragonaise. É uma passagem tensa, com graves em tremolo nas cordas proporcionando o apoio para o sinistro e trágico tema da premonição da morte de Carmen e de seu próprio assassino. 2. Aragonaise  (Prelúdio do IV Ato) –  Allegro vivo.  É uma animada dan...

O SEMPRE ATRASADO PRÊMIO CONCERTO. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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      Como sempre a Revista Concerto anda atrasada quando o assunto é cantores líricos. O Blog de Ópera & Ballet agraciou o soprano Lina Mendes como  Revelação Lírica do ano de 2011 , somente 3 anos depois o comitê de sábios da revista percebeu o talento da cantora e a indicou.     Parece que os críticos e jornalistas remunerados da revista não andam comparecendo muito aos teatros líricos ou se comparecem não prestam atenção nas vozes. Novamente um solista é indicado após ele ter sido premiado pelo Blog de Ópera & Ballet. Atalla Ayan foi condecorado como  melhor cantor solista do ano de 2013  , somente agora ele é indicado como jovem talento pela Revista Concerto. Quatro anos se passaram e somente agora os "críticos profissionais"  perceberam o talento do tenor.     Outro detalhe que chama a atenção é a divulgação dos finalistas antes do encerramento da temporada. O Theatro Municipal de São Paulo apres...

COMO SE COMPORTAR E NÃO DAR UMA DE ZÉ MANÉ EM ÓPERAS, BALÉS E CONCERTOS DE MÚSICA CLÁSSICA. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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Cada gênero de música tem suas regras e rituais para ser apreciado. Música clássica, ópera e balé tem características peculiares e regras que devem ser seguidas pelos espectadores. Essas não estão lá por acaso, são fruto da tradição e servem principalmente para melhor apreciar o espetáculo. Abaixo algumas informações de como se comportar em óperas, balés e concertos de música clássica sem dar uma de Zé Mané: INDUMENTÁRIA :  Não é obrigado a ir de terno e gravata, isso quer dizer que não precisa ir de traje a rigor com gravata borboleta. As roupas do dia a dia são compatíveis com as salas de concertos e teatros líricos. Não pega bem ir de bermuda, camiseta regata ou chinelo. Na Sala São Paulo é proibido entrar trajado assim. QUANDO COMEÇA O EVENTO:  É um ritual, entra a orquestra e é comum aplausos por todos os lados. O Spala (líder dos violinos) entra em seguida e recebe mais uma dose de aplausos. Após a afinação entra o maestro e dá-lhe mais palmas, brasileiro...

PRESENÇA BRASILEIRA NA MÚSICA EUROPÉIA. ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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O sete de setembro me fez vir à mente uma composição de célebre  autor de outro país relacionada com o Brasil. Essa composição é a  mais que célebre entrada do “brasileiro” na opereta La Vie Parisienne, de Jacques Offenbach (1819/1880), criada em Paris em 1866, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy. Todos cantarolam ou assobiam a melodia dessa parte da famosa opereta, símbolo musical de toda a estética burlesca  offenbachiana, estreitamente ligada ao que depois se denominou “can can”, sem saber que é ela a arquetípica “canção do brasileiro”. Pasmem os leitores: os mesmos libretistas da Carmen, de Bizet, foram capazes de ironizar e ridicularizar o “brasileiro”,  já naqueles  tempos visto em Paris como um dos “tipos” característicos da “vie parisienne”, rico, ingênuo e gastador, com as seguintes palavras : “Je suis le brésilien / j´ai de l´or / Et j´arrive de Rio-Janère/ Plus riche aujourd´hui que naguère/ Paris, je te reviens encore!/...

AQUECIMENTO PARA A ÓPERA "A FLAUTA MÁGICA" QUE ESTARÁ EM CARTAZ NO THEATRO MUNICIPAL DE SP.

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