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Mostrando postagens de novembro, 2013

A PROGRAMAÇÃO DO TMRJ EM 2013. ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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Na foto, uma das mais promissoras cantoras da atualidade, segundo o autor: MarinaConsídera A presidente da FTMRJ  Carla Camurati não é um gênio das artes cênicas, musicais, nem de ballets ou obras da dança. Tem em seu currículo, excluindo alguns “pechés de jeunesse”, coisas boas, como a direção do filme “CARLOTA JOAQUINA”, com aproveitamento máximo de uma Marieta Severo mandando as pessoas  “a la puta que los parió” em cena inesquecível. Mas no TMRJ, apesar de suas limitações, Camurati tem levado a cabo magníficas programações, com exceções, logicamente, principalmente por se ter unido a vários artistas, chamados a trabalhar com ela, os quais são todos de notável capacidade nos seus respectivos ramos. Como exemplo, citemos este ano de 2013, em que o diretor artístico do teatro é o Maestro Isaac Karabtchevsky, o regente titular da OSTMRJ é o Maestro Sílvio Viegas, que foi diretor artístico, o “chorus master”  é o Maestro Maurílio Costa, tendo o Maestro Jésus Fig...

O NARIZ DE SHOSTAKOVICH / THE NOSE - MET LIVE IN HD, CULTURGEST - 23.11.2013. CRÍTICA DE CAMO_OPERA NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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(Review in English below) O Nariz é uma ópera russa escrita por um dos mais influentes compositores do século XX, o génio russo Dmitri Dmitriiyevich Shostakovich (1906-1975). Completou-a em 1928 com apenas 22 anos de idade, um feito alcançado por muito poucos, sobretudo pela enorme novidade e riqueza criativa que atingiu e que usou como base da sua importante obra musical como, por exemplo, nas suas sinfonias. O libreto foi elaborado por Yevgeny Zamyatin (escritor russo na linha gogoliana), Georgi Ionin , Alexander Preis e pelo próprio Dmitri Shostakovich . Mas foi este último quem, de facto, mais se lhe dedicou. O libreto é a adaptação do conto satírico O Nariz (1836) de Nikolai Gógol (1809-1852), genial autor russo de uma sagacidade, intrepidez e sensibilidade de análise social assinaláveis, autor de Almas Mortas e pai de uma geração literária com nomes onde pontificam Tólstoi e Dostoiévski. A adaptação é, podemos afirmá-lo, perfeita: não fa...

"I PAGLIACCI" - DRAMA ÉPICO? CLÁSSICO? ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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O “movimento” recebeu um release da produção desta ópera no Teatro Castro Alves, Salvador, Bahia, para divulgação no site.    Divulgado no “movimento”, todo o Brasil e leitores de outros países ficam sabendo do evento, que ocorrerá agora dia 29 de novembro e seguintes (vide site). Até aí, tudo bem. Só que cabem algumas advertências aos que redigiram o tal release, devidamente transcrito no site. Vejamos. Em primeiro lugar, I PAGLIACCI não é um “drama épico”. Drama sim, épico não. A história da ópera se restringe a um drama familiar em que a faceira Nedda, mulher do palhaço Canio, que a apanhou na rua “quasi morta di famme”, o trai com Silvio, galante habitante da redondeza. A ópera é uma maravilha de música e libreto, teatral como ela só, e é por isso uma das mais populares do repertório. A figura do palhaço que deve representar a si mesmo no palquinho da “commedia dell´arte” é fascinantemente teatral, e as palavras e a música a ele destinadas são o máximo da dramaticida...

" BILLY BUDD" O MERGULHO DE BRITTEN NA "NARRATIVA INTERIOR". CRÍTICA DE HENRIQUE MARQUES PORTO NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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“...a maldade é depravação da natureza, e a natureza ‘natural’ é mais forte do que a natureza depravada e pervertida”. (Hannah Arendt) por Henrique Marques Porto “Billy Budd, marinheiro” , subtítulo “Uma narrativa interior” . Foi assim que o americano Herman Melville (1819-1891) nomeou sua última e inacabada obra -um conto ou romance curto, ou ainda novela, segundo alguns. O manuscrito foi achado depois de sua morte e só foi publicado nos Estados Unidos em 1924. Apesar de ambientado na Europa, no contexto de uma guerra entre Inglaterra e França, o conto parece que tinha outro endereço: a nascente república americana e sua sociedade ainda em formação. Billy Budd (ou "Baby Budd" , como o personagem é tratado) é uma história cuja trama aborda praticamente tudo - o Mal versus o Bem; o Poder; o Estado; o Direito, a Justiça e a Lei; os mistérios da alma humana; as relações interpessoais e coletivas; a inveja; os desejos reprimidos e até o erotismo. O c...

CARMEM, TEATRO ADEMIR ROSA, CIC - FLORIANÓPLOS , SC. CRÍTICA DE LUCAS ANDRADE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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  A Cia Ópera de Santa Catarina e a Camerata Florianópolis trouxeram ao palco do T eatro Ademir Rosa na capital catarinense sua mais nova montagem, desta vez da popular e querida Carmen de Georges Bizet. A Cia Ópera vem trazendo bravamente versões completas de diversas peças, já tendo no currículo A Flauta Mágica, Rigoletto, La Traviata, Elixir do Amor e Barbeiro de Sevilha. A Carmen foi apresentada em versão sem diálogos nos dias 14, 15, 16 e 17 de novembro. Nos dias pares tivemos Richard Bauer no papel de Don José, Adriana Clis como Carmen e Masami Ganev como Micaëla. Por sua vez, nos dias 15 e 17, Fernando Portari foi Don José, Luciana Bueno personificou Carmen e Claudia Ondrusek interpretou Micaëla. Sebastião Teixeira foi Escamillo nas quatro noites. Assisti à apresentação do dia 17 e o ensaio geral e final na íntegra na quarta-feira, dia 13, com a equipe Portari/Bueno/Ondrusek, portanto meus comentários serão em relação a este último dia. Antes de partir para...