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Mostrando postagens de 2024

O MEDO DO PALCO E O TALENTO CAMINHAM LADO A LADO. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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                                           Maria Callas, foto Internet Artistas consagrados fazem o difícil, muitas vezes o quase impossível parecer fácil. A impressão que temos é que eles tem uma segurança e nervos de aço ao encarar uma plateia sedenta pelo máximo. Não é bem assim, relatos chegam e nos dizem que esses deuses do canto tem medos comuns aos pobres mortais. Vejamos a lista abaixo:  MARIA CALLAS - Um dos maiores sopranos de todos os tempos morria de medo do palco, dizem que suas apresentações no primeiro atos eram mais contidas, depois a geniosa soltava todo seu talento. ROSA PONSELLE - Essa unia o medo à superstição, chegava cedo e sempre dava duas voltas no teatro que se apresentava. SHERRIL MILNES - O grande barítono americano temia o microfone de um estúdio de gravação. Dizia que uma falha no palco passa, esquece, há tempo de recuperação enquanto uma gravaç...

ORQUESTRA SINFÕNICA DE PIRACICABA REÚNE MAIS DE 23 MIL ESPECTADORES NA TEMPORADA 2024.

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  A Temporada 2024 da Orquestra Sinfônica de Piracicaba (OSP) chegou ao fim no último dia 21 de dezembro, consolidando-se como um marco na história cultural da cidade. Ao longo do ano, os concertos e a programação pedagógica reuniram 23.420 espectadores, reafirmando o compromisso da OSP com a democratização do acesso à música clássica e a valorização da diversidade artística. Sob a direção artística e regência do maestro Knut Andreas, a temporada trouxe obras de compositores consagrados, solistas renomados e homenagens culturais que refletem a pluralidade da música clássica e popular. “Proporcionar experiências musicais diversificadas e inclusivas é mais do que uma missão: é uma forma de fortalecer a identidade cultural de uma cidade que possui tradição artística”, destacou o maestro. O encerramento da temporada reuniu 1.354 pessoas nos dias 20 e 21 de dezembro, na reabertura do Teatro Municipal Dr. Losso Netto, com o "Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky, sob a participação espe...

MAGDA OLIVERO, GRANDE ARTISTA NÃO SE FAZ SÓ NO PALCO. CRÔNICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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                                                                        Magda Olivero.  Tosca . Teatro Municipal do Rio de Janeiro, 1964, foto Internet        O ano era de 1964, os presentes ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro vestiam-se com garbo e elegância. Era de bom costume os senhores irem com seus paletós e as senhoras de vestido longo aos espetáculos do nobre teatro. Em cartaz uma ópera, não uma ópera qualquer, mas a grande ópera verista,  Adriana Lecouvreur  de Francesco Cilea.    A cantora convidada para cantar o papel principal era nada mais, nada menos, que o grande soprano Magda Olivero. Diferente dos dias de hoje, onde as grandes cantoras só vêm ao Brasil fazer concertos com árias fáceis, na época não tin...

A VAIA NA ÓPERA. ARTIGO DE OSCAR PEIXOTO (1934-2012) NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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Você alguma vez já ouviu falar que um famoso pianista tenha sido vaiado em determinada apresentação? Ou de um violinista renomado que tenha sido apupado porque desafinou uma notinha em uma partitura imensa? Não se sabe de platéia que vá a um concerto e fique na expectativa de uma determinada nota a ser tocada. Será que o violinista vai dar aquela nota acutíssima, ou vai falhar? Suspense. Pois na ópera, isso acontece e com mais freqüência do que se imagina. Artistas de primeira, cantores de altíssimo gabarito, estão sempre expostos a esse risco. Por melhor que cante e interprete seu papel, se não der aquele “dó de peito”, se o diafragma falhar naquele momento crucial, vai por água abaixo todo o seu esforço, todo o trabalho de anos de estudo. Uma notinha só, perdida entre centenas de outras, muitas vezes até mais difíceis de serem executadas, é o suficiente para a catástrofe total. Conseqüência: a vaia ou, o que é quase tão arrasador quanto, aquele murmúrio desconfortante de decepção e d...

LUIZ-OTTAVIO FARIA É TIMUR NA ÓPERA TURANDOT NA COREIA DO SUL.

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O renomado baixo   Luiz-Ottavio Faria   está em   Seul , na   Coreia do Sul   para interpretar   Timur , da ópera   Turandot   de   Puccini . O personagem é um rei da Tartária desaparecido, que está velho e cego. Ele divide o palco com grandes cantores   Ewa Plonka, Maria Guleghina, Yusif Eyvazov  and  Brian Jagde . Três regentes se dividem nas récitas:  José Cura, Paolo Carignani  e  Plácido Domingo . O espaço é o Coex, um gigante centro de espetáculos  https://www.coexcenter.com/events/2024-again-turandot/ . “Vai ser uma grande honra cantar em Seoul na Coreia do Sul, onde o meu querido e estimado professor Fernando Teixeira cantou na inauguração do Coex em março de 1994”, comenta Faria. Essa será a segunda vez que  Luiz-Ottavio Faria  canta no pais. A primeira vez foi cantando com o seu grupo, The Harlem Spiritual Ensemble, Negro Spirituals e agora a ópera Turandot. Esse personagem é marcante na ...

PÚBLICO DE ÓPERA SE CONTENTA COM POUCO, ACEITA TUDO E NÃO RECLAMA DE NADA. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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     As redes sociais são um reflexo instantâneo da sociedade. Na ópera não é diferente. Nos últimos dias pipocam em diversas redes publicações da ópera "La Bohème", de Puccini, apresentada em forma de concerto no Theatro Municipal de São Paulo.  Público de ópera se contenta com pouco, aceita tudo e quase não reclama de nada. Pelas publicações nas redes parece que tivemos uma "La Bohème" histórica. Lembro que a apresentação foi em forma de concerto. Espectadores e artistas fazem parecer a produção ser digna do Met de Nova Yorque ou do Scala de Milão. Ninguém nunca questionou nada publicamente (em off muitos reclamam) e pelo jeito só os escribas desse Blog questionam. A pergunta é onde está a produção desse título  apresentado em 2013 no próprio teatro? Por que ela não é reapresentada ao invés de nos contentarmos com uma ópera em concerto? Fazem tantas reuniões pelo continente com a Ópera Latinoamerica , será que nenhum teatro na América tem uma produção para no...

O QUEBRA-NOZES / BALÉ DO THEATRO MUNICIPAL : SOB MIDIÁTICA PROPOSTA CÊNICA, ENCERRANDO A TEMPORADA CARIOCA DE DANÇA 2024. CRÍTICA DE WAGNER CORRÊA DE ARAÚJO NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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  O Quebra-Nozes/ BTM. Helio Bejani/Jorge Teixeira/ Direção Concepcional/Coreográfica. Dezembro/2024. Daniel Ebendinger/Fotos. Ninguém jamais poderia imaginar que aquela instável estreia de  O Quebra-Nozes  em São Petersburgo, dezembro de 1892, acabaria transformando o terceiro dos balés de  Tchaikovsky , num dos espetáculos favoritos das famílias, especialmente das crianças, com sua conexão temática do encantamento e da magia de uma noite de Natal. Embora o seu enredo, inspirado num conto gótico de  E. T. A. Hoffman , de 1816, sugestionasse inicialmente um clima soturno através das malévolas artimanhas do Rei dos Camundongos, foi a adaptação definitiva por  Alexandre Dumas , pai, que transmutou tudo isso numa fábula entremeada por um delirante clima de aventura, mistério e fantasia. A fascinação exercida por este balé há mais de um século é irrestrita e, além da versão  ligada rigorosamente à sua original concepção coreográfica por...

NONA SINFONIA DE BEETHOVEN PELA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SP. CR´TICA DE MARCO ANTÔNIO SETA NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

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  A  Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo  apresentou a sua 13ª premiação aos jovens e talentosos músicos em prêmio Ernani de Almeida Machado em cerimônia marcada para domingo, 15 de dezembro,  às 15 horas na Sala São Paulo, seguida pelo concerto da OSJESP quando interpretou a IX Sinfonia de Beethoven sob a direção do  maestro Claudio Cruz. Os solistas da IXª Sinfonia ; foram  Rosana Lamosa, Juliana Taino, Matheus Pompeu e Savio Sperandio.  A Orquestra Jovem do Estado revela assim, uma vez mais, a sua capacidade de enfrentar uma grande obra da transição do período clássico/romântico, o qual foi introduzido por Beethoven,  já na fase final de sua vida artística. Outros grandes compositores de sua época, o seguiram em suas evoluções construtivas de composição e,  principalmente na complementação da instrumentação orquestral a que Beethoven ali iniciara.                      ...