ENTREVISTA : GILBERTO CHAVES - O HOMEM DA ÓPERA NO PARÁ.


Diretor Geral do Festival de Ópera do Theatro da Paz falou com exclusividade ao www.movimento.com

Introdução
Gilberto Chaves 250 Entrevista: Gilberto Chaves – o homem da ópera no Pará
Gilberto Chaves
Gilberto Augusto Monteiro Chaves nasceu em Belém do Pará em 25 de junho de 1942. Desde criança, manifestou encantamento pelo mais belo de todos os instrumentos musicais: a voz humana. Durante a infância, ouvia assiduamente cantores populares como Orlando Silva, Sílvio Caldas, Vicente Celestino, Carlos Galhardo e Francisco Alves (este o seu preferido, que escuta até hoje).
Gilberto credita ao pai sua paixão nascente pela música. Não demorou para se encantar com as gravações de Carlos Gardel. A propósito, ele confessa: “Adoro ouvir e cantar tangos!”. Ainda no campo da música popular, com Alves e Gardel, Frank Sinatra completa o trio de favoritos de Gilberto.
Quando o menino Gilberto contava 12 anos, porém, seu pai ganhou de presente de um amigo norte-americano um álbum de 78 rotações da ópera La Bohème, de Puccini, na célebre gravação do tenor italiano Beniamino Gigli. O impacto que a voz de Gigli causou aos ouvidos do menino acostumado aos grandes do cancioneiro popular foi, segundo o próprio Gilberto, um espanto. Até hoje, ele afirma não saber traduzir em palavras a emoção que sentiu ao ouvir uma voz lírica pela primeira vez, mas afirma sem rodeios: “A ele (Gigli) devo toda a paixão que se seguiu e posso dizer que ainda hoje sua voz me acompanha com o mesmo encanto e, tenho certeza, o fará até a minha morte”.
Quando o avô de Gilberto soube que o neto ouvia a referida gravação de La Bohèmediariamente, passou a cantarolar alguns trechos de ópera quando o neto ia visitá-lo. Na casa do avô, morava também uma tia, única mulher entre os irmãos de seu pai, que, notando o interesse do sobrinho pela ópera, proporcionou-lhe outra experiência marcante: “Ela me fez ouvir, já em long play, o célebre Trovador, para mim até hoje insuperável, com Björling, Milanov, Warren e Barbieri, e aquilo, definitivamente, incendiou todo o meu ser e acendeu para sempre a chama que hoje, aos 72 anos, continua como uma tocha iluminando o meu caminho, à busca, sempre, de conhecimentos novos e da revisitação permanente de todas as paixões que fui encontrando pela minha vida”.
Gilberto completa: “Minha tia resolveu me dar de presente não só esse Trovador, mas duas outras óperas em long play que possuía: Rigoletto, com Warren e Peerce, e La Gioconda, com Campora e Corridori”.
Uma coincidência feliz completou o nascimento da paixão do jovem Gilberto pela lírica. Ele mesmo conta: “No Pará, vários compositores da segunda metade do século XIX e início do século XX foram importantes no universo musical da cidade de Belém. Alguns deles, como Gama Malcher, já foram levados, inclusive em Festivais de Ópera passados, caso do Bug-Jargal e da Yara. Entretanto, havia outros, como Meneleu Campos e meu tio-avô, Paulino Chaves. A viúva de Meneleu Campos, D. Marieta, já perto dos 90 anos, morava exatamente defronte da minha casa e tinha por mim uma grande afeição. Ela ia para sua janela se deliciar com esses discos que, com avidez, sempre no fim da tarde eu ouvia por longas horas”.
“Um dia, mandou me chamar e perguntou se eu entendia tudo aquilo que eu estava ouvindo. E eu respondi que não, que compreendia muito pouco. Ela, que tinha vivido grande parte da sua vida em Milão, com o marido, e tinha visto, no Scala, todas essas óperas e mais não sei quantas, com nobreza e bondade passou a me explicar suas histórias, o significado de cada trecho, a classificação das vozes, enfim, um impulso decisivo para que da minha nascente começasse a jorrar um pequeno filete d’água que nunca mais pararia de crescer”.
E depois? “A partir daí, é preciso compreender que, principalmente ente as décadas de 50 e 80, um habitante da Amazônia apaixonado por ópera era um solitário, e como eu queria realmente conhecer mais, tive de construir um acervo capaz de me colocar ligado com o mundo. Eram velhos tempos, não é como hoje, com a internet à disposição e as facilidades dos documentos visuais”.
Não é só por ópera, porém, que Gilberto é apaixonado no campo da música, mas, como esta é outra história, fica aqui um pequeno registro: “Curioso é que, conservando até hoje toda essa emoção pela ópera, meu guia espiritual, na música, passou a ser Beethoven, com suas sinfonias, suas sonatas, seus concertos, seus quartetos e sua grande Missa Solemnis, cujo Agnus Dei representa para mim o ponto mais alto possível da criação humana”.
Aquele menino apaixonado pelo poder e pelo encanto da voz humana tornou-se um dos fundadores do Festival de Ópera do Theatro da Paz, no qual ocupa os cargos de Diretor Geral e Diretor Artístico (este último dividido nos últimos anos com o encenador Mauro Wrona). Gilberto Chaves falou com exclusividade aowww.movimento.com. Vejam abaixo.

Como surgiu, lá atrás, a ideia do Festival? Quais as motivações que levaram a ele?
A motivação principal que levou, na época, o secretário Paulo Chaves a criar o Festival, foi o próprio Theatro da Paz – inaugurado em 1878 e construído para receber espetáculos líricos, o que ocorreu como uma febre nesta cidade até a exaustão do ciclo da borracha em 1912, aproximadamente. A outra motivação foi o fato de a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, criada pelo mesmo secretário em 1996, estar em condições de arcar com a responsabilidade de um festival de ópera. Claro está que, se não tivéssemos a orquestra, isso seria, portanto, impensável. Tínhamos na cidade, também, um coro, que hoje leva o nome de Coro do Festival de Ópera do Theatro da Paz e que naquela época já existia, formado pelo maestro Vanildo Monteiro, com o nome de Coral Marina Monarcha.
Além disso, tínhamos na cidade algumas escolas de dança, o que completava os elementos básicos para se ter um festival. A vontade não faltou ao secretário e eu fiz parte dessa criação em 2002, junto com a São Paulo Imagem Data. Assim, quase cem anos depois, voltou o teatro a ter oficialmente uma temporada lírica, que, embora com poucos títulos anuais, começou a se firmar desde o início pela busca da qualidade.

Houve dificuldades no começo? Que obstáculos precisaram ser enfrentados e superados?
É evidente que houve dificuldades, que, aliás, existem até hoje. Os obstáculos foram enfrentados e superados por uma estrutura pequena, tanto de pessoal como de aporte financeiro, e conseguiu-se sempre chegar ao final da temporada com saldo positivo, tanto na aproximação de fazer o melhor possível, quanto no reconhecimento da maioria da crítica especializada. Um dos desafios era reconquistar um público adormecido há quase um século, não só do ponto de vista da ocupação do espaço físico do teatro, mas, fundamentalmente do ponto de vista do gosto das pessoas e, em sequência, da sua compreensão do que representa um espetáculo de ópera. Finalmente, eu entendo que um dos maiores obstáculos a serem vencidos todos os anos é o tempo do Festival: geralmente entre 45 e 50 dias para a realização de três títulos de ópera e de espetáculos relacionados ao gênero, como recitais, oficinas, palestras, etc. Não seria tão estressante se tivéssemos uma estrutura como as dos Teatros Municipais do Rio e de São Paulo.

Como você resume os anos iniciais até 2006, e seus principais destaques e/ou conquistas?
Esses anos iniciais, de 2002 a 2006, que marcam meu período na direção do Theatro da Paz, foram voltados para dar ao teatro uma função eclética que nem todos os grandes teatros de ópera do Brasil praticam, ou seja, o Theatro da Paz abriu suas portas para a música popular, para peças de teatro de uma maneira geral, e estabeleceu uma tradição dos Festivais de Ópera que se firmou nos primeiros cinco anos. Já podíamos sentir claramente a espera do público pelo anúncio das óperas e a procura febril dos ingressos, fato que se mantém até hoje.
Quanto aos principais destaques, aponto, com base no meu gosto pessoal, Pagliacci, Butterfly e Bug-Jargal. Uma conquista que tivemos, desde 2002, foram as edições dos títulos levados à cena nos nossos festivais através da materialização em DVD dos trabalhos realizados – o que nos colocou na vanguarda de todos os teatros da América Latina, ao preservarmos a memória histórica para o futuro e valorizarmos o dinheiro público gasto nas apresentações. Outra conquista nesse período foi o Concerto de Encerramento dos Festivais ao ar livre, em frente ao Theatro da Paz, evento que se mantém até hoje.
(N. do A.: Bug-Jargal é uma ópera do compositor paraense José Cândido da Gama Malcher)

Depois houve um tempo em que o Festival, em virtude da política, passou por uma mudança de rumos. Nesse tempo você acompanhou tudo de longe? Qual sua avaliação desse período?
Realmente acompanhei tudo de longe, por algumas transmissões e raras gravações em DVD, uma vez que a prática das edições regulares e com qualidade foi totalmente abandonada no período de 2007/2010. Minha avaliação pessoal é de que foram tempos irregulares, e só consigo apreciar dois espetáculos: La Bohème e Gianni Schicchi, este prejudicado um pouco por um elenco desequilibrado. Mas minha avaliação não se restringe somente aos espetáculos, mas também à própria administração do Theatro da Paz. Creia, o teto do pátio da entrada do teatro ruiu, e por sorte não feriu ninguém (o acidente ocorreu durante o carnaval), e isso se deu por incúria e abandono de um patrimônio tão expressivo como o Theatro da Paz. E tanto isso é verdade que, em 2011, o teatro teve de ser interditado por oito meses para descupinização e recuperação de todas as avarias que colocavam em risco a própria estrutura do prédio.

Em 2011 você voltou a dirigir o Festival, e, não só no meu entendimento, mas também no de muitos analistas, a partir daí ele seguiu-se um verdadeiro crescendo. Aos poucos foram incorporados títulos mais ambiciosos (SaloméO Navio Fantasma), até chegarmos a este ano de 2014, com uma programação realmente ousada. Como você avalia essa nova fase e os resultados alcançados?
Na retomada da administração Paulo Chaves, a partir de 2011, que se encerra agora, em 2014, o Festival voltou a crescer e a ter credibilidade com o público, que já não lotava em muitas ocasiões o teatro naqueles anos cinzentos a que me referi na resposta anterior. É claro que Salomé, antecipando a todos os teatros latino-americanos na celebração dos 150 anos do nascimento de Richard Strauss, foi realmente um momento maior, não só pela complexidade que a orquestra teria que enfrentar, como também pela dificuldade de encontrar solistas para cantar alguns papéis, a começar pelo da própria Salomé. O Navio Fantasma marcou a primeira montagem wagneriana no Theatro da Paz e foi uma demonstração de que estávamos seguros para desafios ainda maiores.
A meu ver, isto ocorreria agora, em 2014, no XIII Festival, com a maior obra dramática de Verdi, Otello. Ainda em minha opinião, outro título levado em 2014 – que havia sido representado no Brasil pela última vez em 1963, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro –, Mefistofele, também nos impôs grandes problemas a vencer, tanto no campo da montagem, quanto nas apoteóticas cenas que a ópera exige, além de um cantor que pudesse equilibrar voz e “physique du rôle” para interpretar o papel-título.

Fale um pouco sobre sua entrosada parceria com Mauro Wrona.
Conheci o Mauro Wrona aqui mesmo, em um dos primeiros Festivais, e travei com ele um bom diálogo, porque é um homem culto, com vasto conhecimento operístico e extremamente afável – o que para mim são características fundamentais para aprofundar um relacionamento de amizade. Em 2011, nesta fase nova do Festival, me pareceu ser o parceiro certo para continuar um trabalho dentro dos nossos ideais, e isso deu resultado: temos dividido e equilibrado nossos momentos mais tensos com as nossas conquistas. Acho que foi uma coisa boa para ele e para nós.

Outro fato que saltou aos olhos (ou melhor, aos ouvidos) nestes últimos anos foi a evolução da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Quais os fatores que, em sua opinião, contribuíram para o crescimento do conjunto? O jovem e promissor maestro Miguel Campos Neto está entre eles?
Em 2011, nos defrontamos com uma orquestra totalmente despedaçada e desmotivada, e que, depois de ter sua formação com 72 integrantes em 2006, estava com apenas 35 músicos. O jovem maestro Miguel Campos Neto, com seus estudos completados em Nova York, encontrava-se como um dos assistentes do maestro Luiz Fernando Malheiro na Amazonas Filarmônica. Tendo sido aprovado em concurso na Universidade Federal do Pará, havia interesse do maestro em se estabelecer em Belém, e o cargo da Sinfônica do Theatro da Paz estava vacante. Ciente do desafio que o esperava e com o apoio decisivo do Secretário de Cultura, Paulo Chaves, Campos Neto foi aos poucos reconstituindo a orquestra.
É preciso explicar, para que se entenda a evolução da OSTP, que ela é uma orquestra jovem e, a cada músico que se vai, em busca de oportunidades nos grandes centros, a orquestra, através de audições sucessivas de admissão, se recompõe pelo enorme talento de jovens paraenses, principalmente aqueles que vêm de um belo projeto de inclusão social desenvolvido por Glória Caputo, em parceria com a Vale. Assim, quando o jovem desse projeto, que lá ingressa com 13 anos e fica até o limite máximo de 18, volta-se para o mercado de trabalho, encontra seu caminho natural, caso seja aprovado, na Sinfônica do Theatro da Paz. Assim, com outros jovens egressos do Instituto Carlos Gomes e da Universidade Federal do Pará, a orquestra tem um quadro permanente de renovação, a que o maestro tem sabido dar crescimento técnico e homogeneidade, além de demonstrar confiança nos músicos que venceram escolhos como os de Salomé, Navio e Otello.
(N. do A.: As óperas Salomé e O Navio Fantasma foram regidas pelo próprio Miguel Campos Neto, enquanto Otello foi conduzido pelo maestro convidado Sílvio Viegas. O projeto social citado pelo entrevistado é o Vale Música, parceria entre a Fundação Amazônica de Música e a Fundação Vale)

Um solista que participou de mais de uma edição do Festival me disse há algumas semanas: “aqui, a gente é bem tratado”. Desde a minha primeira visita a Belém, percebi que há uma grande sinergia entre todos os níveis da organização do evento (artístico, administrativo, técnico, pessoal de apoio, etc…). No Otello, por exemplo, quando os aplausos finalmente cessaram, deu para ouvir a algazarra dos artistas, atrás da cortina, comemorando o sucesso da récita. Qual o segredo para alcançar esse clima harmonioso em uma área na qual, muitas vezes, as vaidades são exacerbadas?
O segredo está na postura que tomamos, a partir de 2011, fazendo ver às pessoas que já bastavam as tensões e as dificuldades para realizar um Festival de alto nível. As fogueiras de vaidades e os intrigantes por natureza não tinham vez nesse processo, ou seja, todos aqueles que não quisessem participar como verdadeiros parceiros e colegas, não poderiam ter espaço para trabalhar num caldeirão tão complexo como o Festival. O norte era um dar a mão para o outro. O respeito e a honestidade de propósitos devem perpassar por todo o grupo. Isso se tornou para mim uma ideia fixa e os resultados, que você constatou, são produto do reconhecimento de cada um saber, claramente, de como é importante o seu relacionamento neste universo humano tão diferenciado, para que o elo da corrente jamais se rompa. A coragem para resolver os problemas vinha sempre acompanhada do “beau geste” que dava a todos confiança e os tornava um só organismo.

O Festival do Theatro da Paz se tornou um dos eventos mais importantes ligados à ópera no Brasil, ao lado do Festival Amazonas e da temporada lírica do Theatro Municipal de São Paulo. Saindo um pouquinho do âmbito do Festival, é notório que outras praças tradicionais enfrentam grandes dificuldades: o Palácio das Artes, por exemplo, montará somente uma ópera este ano, e o Municipal do Rio leva o ano inteiro para montar o que os festivais de Belém e Manaus montam em dois meses (e, em alguns anos, nem isso a casa carioca conseguiu). Na sua opinião, o que falta a praças como essas: dinheiro, visão por parte dos administradores culturais, vontade política, ou um pouco de tudo?
Esta é uma pergunta que me sinto pouco à vontade para responder, porque não gostaria de julgar gestores dos nossos principais teatros, notadamente o Municipal do Rio e o de São Paulo. Vejo uma recuperação exemplar na programação paulistana, mas o mesmo não se pode dizer do Municipal do Rio de Janeiro. Entendo que a tradição lírica do Rio, que foi a maior do Brasil, sem dúvida, mereceria mais atenção do governo carioca, que possui o mais belo teatro do país.

Se você continuar à frente do Festival (o que muito provavelmente dependerá do resultado das urnas), o que virá pela frente? O que o público paraense e brasileiro poderia esperar dos próximos festivais?
Você disse tudo. No nosso país, a cultura depende da política, quando ela deveria estar num outro plano, aquele que contemplaria a importância e a qualidade das realizações culturais em todos os níveis – e aqui não me refiro, evidentemente, somente à opera. Infelizmente, porém, não é assim. Mas, se assim fosse, da nossa parte o público poderia esperar, em 2015, aquilo que tem marcado nosso trabalho, ou seja, a vontade férrea da superação, de alçar voos cada vez maiores.
Veja, como já disse antes, o caso inusitado de Mefistofele, abandonada injustamente no repertório dos teatros brasileiros. Acho que, se aqui estiver, proporia algo novo de Puccini e uma obra recôndita, que guardo comigo, de Leoncavallo, além de apostar no grande repertório tradicional, pilar de sustentação da ópera no mundo inteiro, além de alguma incursão que valesse a pena no repertório do século XX. Gostaria muito, ainda, de tentar levar ao palco do Theatro da Paz algum título russo ou francês, sem perder de vista alguma ópera de autor paraense.

O que você sente ao ver artistas líricos paraenses de alto nível, como Adriane Queiroz e Atalla Ayan, brilhando mundo afora?
Ora, como todo paraense, me sinto orgulhoso. Ambos tiveram coragem de deixar o seu conforto e a sua gente para se arriscar lá fora. Isso não é fácil, principalmente para uma mulher, e Adriane tem, além de suas qualidades técnicas e canoras, uma vontade férrea. Atalla foi lançado pela primeira vez como solista junto ao púbico paraense no Festival de 2006, em seu Concerto de Encerramento, onde foi o mais aplaudido da noite, mesmo dividindo o palco com alguns artistas experientes e famosos. Nesse mesmo ano, em dezembro, Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz encerraria o ciclo das nove sinfonias de Beethoven, e eu não hesitei um minuto em convidá-lo para solista. Foram as suas primeiras experiências junto ao público e me sinto orgulhoso disso. Tenho certeza de que ele despontará para a fama. Vamos aguardar.

www.movimento.com agradece a Gilberto Chaves pela entrevista.

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