O Agente e Produtor Uruguaio, radicado em Madrid, Esteban Tettamantti fala com exclusividade sobre Maria Callas, o fenômeno .... Artigo publicado em O Pentagrama

O produtor uruguaio, radicado em Madrid (Espanha), agente de artistas da música clássica e produtor de concertos, festivais e óperas, STEBAN TETTAMANTTI, escreve  com exclusividade para os leitores do blog "O Pentagrama" sobre o fenômeno lírico Maria Callas.

Publicaremos a seguir o texto original em espanhol, escrito por Tettamantti,  em seguida uma tradução para aqueles que preferirem.

Boa leitura ! Espero que gostem.... 


"El factor Callas
por Esteban Tettamantti 

Cuando se aborda la historia de la Ópera, y en particular la del siglo XX, -tal vez la etapa más fecunda en cantantes de todo su proceso-, un capítulo ineludible sin duda es el que María Callas escribió a fuerza de ganarse un sitial de honor entre los intérpretes de dicho siglo.
Callas actúa como una especie de "bisagra" entre dos etapas, o mejor, entre dos estilos de concebir el canto lírico. Por un lado el del cantante estático, que ponía toda su atención en que su voz se proyectara perfecta,buscando que el sonido fuera uniforme y bello en toda su extensión aunque para ello debiera sacrificar la acción escénica,utilizando como recurso extremo el movimiento de una mano o un giro precipitado, nada que pusiera en peligro la emisión del canto.
La Callas comprendió tempranamente en su carrera que tenía una voz muy particular que naturalmente trasmitía mucho más que la mayoría de sus colegas cantantes, sumado esto a un temperamento que sentaba perfectamente con las heroínas trágicas que interpretaba (Violetta, Tosca, Norma, Gioconda), por lo cual sus actuaciones iban revestidas de una concienzuda actuación escénica que las hacían únicas para el público asistente.
Aún en sus últimas épocas, donde ya la voz le fallaba (Callas comenzó a darle poca importancia al trabajo vocal), su magistral despliegue escénico hacía que el público la idolatrase hasta el delirio.
Su trágica vida privada,-signada por sus amores apasionados, primero por el magnate griego Aristóteles Onassis, luego por el tenor siciliano Giuseppe di Stefano y sus desencuentros familiares con una madre explotadora, siempre ávida de sacarle dinero, un padre ausente y una hermana competitiva-, era de conocimiento público debido a que la prensa rosa de la época se regodeaba de estos tristes episodios, contribuyendo a crear una imagen mediática desacostumbrada para un cantante de ópera. Sus amplificados escándalos profesionales (la proverbial rivalidad con Renata Tebaldi, sus álgidas discusiones con la dirección del Teatro La Scala, sus cancelaciones de último momento) era la comidilla de los inmediatos antecesores de los "paparazzi".
Estas circunstancias dieron en pensar al público,-a su público-, que la Callas no interpretaba sus roles, sino que proyectaba su vida en el escenario.
Su temprana muerte física (artísticamente había muerto años antes) en circunstancias aún no del todo claras, sirvió para alimentar aún más si cabe su mito.
Hoy día tenemos el testimonio de sus grabaciones (de estudio y en vivo), sus fragmentos de representaciones en vídeo (lamentablemente muy poco) y su inmensa bibliografía, que hacen posible no solamente que las nuevas generaciones conozcan su legado, sino que el mito siga perpetuándose por más generaciones.

Discografía de referencia

Tosca - 1953 Callas, Di Stefano, Gobbi
Teatro alla Scala - Dirección: Victor de Sábata (Stu)
La Traviata - 1958 Callas, Kraus, Sereni
Teatro Sao Carlos de Lisboa - Dirección: Franco Ghione (Viv)
Norma - 1955 Callas, Del Monaco, Stignai, Modesti
RAI - Dirección: Tullio Serafin (Stu)
Aida - 1950 Callas, Baum, Simionato, Weede, Moscona
Palacio de las Bellas Artes (México) Dirección:Guido Picco (Viv) "

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Tradução:

" O Fenômeno Callas
por Steban Tettamantti 

Quando se aborda a respeito da história da Ópera, em particular do século XX, talvez o período mais fecundo nos cantores de todo processo, um capítulo é certamente inevitável, é aquele que Maria Callas escreve a força para ganhar um lugar de honra entre os artistas deste século.
Callas age como uma "dobradiça" entre duas fases, ou melhor, entre duas formas de conceber a música lírica. Por um lado, o cantor estático, que colocou toda a sua atenção em sua voz perfeitamente projetada, procurando que o som fosse uniforme e belo em sua totalidade, mesmo que isso signifique sacrificar a ação cênica, a interpretação, utlizando como recurso extremo um movimento de uma mão, um giro precipitado, nada que possa por em perigo a emissão do canto.
Maria Callas compreendeu desde o início de sua carreira, que tinha uma voz muito particular que, naturalmente, transmitia muito mais do que a maioria de seus colegas cantores, acrescentou a isto  um temperamento que se coaduna com as heroínas trágicas que interpretava (Violetta, Tosca, Norma, Gioconda) razão pela qual  suas atuações foram cobertas com uma performance de palco completa e única para o público que assistia.Mais tarde, em épocas posteriores, a voz lhe falhava (Callas começou a dar pouca atenção ao trabalho vocal), sua magistral atuação cênica, fazia com que o público a idolatrasse e fosse ao delírio. Sua vida trágica, foi marcada por  amores e paixões, primeiro pelo magnata grego Aristóteles Onassis, em seguida, pelo tenor siciliano Giuseppe di Stefano e seus desencontros familiares com uma mãe exploradora, sempre ansiosa para conseguir, tirar-lhe dinheiro, um pai ausente e uma irmã competitiva. Tudo isto,  foi exposto ao público por causa dos tablóides, pois a imprensa revelava estes tristes acontecimentos, ajudando a criar uma imagem de mídia incomum para uma cantora de ópera. Seus escândalos amplificados profissionais (a proverbial rivalidade com Renata Tebaldi, suas discussões críticas, com a direção do Teatro La Scala, os cancelamentos de última hora) foi o alimento certo para os  "paparazzi".Estas circunstâncias levaram o  público a crer que  Callas não interpretava papéis e sim projetava sua vida no palco. Sua prematura morte física (artisticamente havia morrido anos antes), não foi muito bem esclarecida e serviu para alimentar ainda mais o seu mito. Hoje temos o testemunho de suas gravações (estúdio e ao vivo), fragmentos de performances em vídeo (infelizmente muito curto) e de sua vasta literatura, que permitem não só que as novas gerações conheçam o seu legado, mas o mito continua perpetuado para as gerações vindouras.Discografia de referência: Tosca - 1953 Callas, Di Stefano, GobbiTeatro alla Scala - Diretor: Victor de Sabata (Stu)La Traviata - 1958 Callas, Kraus, SereniTeatro São Carlos em Lisboa - Direção: Franco Ghione (Viv)Padrão - 1955 Callas, Del Monaco, Stignai, ModestiRAI - Endereço: Tullio Serafin (Stu)Aida - 1950 Callas, Baum, Simionato, Weede, MosconaPalácio de Belas Artes (México) Direção: Guido Picco (Viv) "
Fonte: http://o-pentagrama.blogspot.com.br/

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