TRISTAN UND ISOLDE, TEATRO REAL, MADRID. CRÍTICA DE WAGNER FANATIC NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.


(review in english below)




 Encenação de Peter Sellars, direcção de actores excelente, com sentido no conteúdo do texto. Imagens projectadas de Bill Viola complementares à acção e possibilitando, mesmo que não olhássemos para os cantores mas sabendo o que se passava, viajar para um universo paralelo mas cheio de significado de um amor induzido por porção, é certo, mas além do que é compreensível se nunca se viveu um assim.


 Sellars põe o Rei Marke a beijar na face o Tristão por duas vezes - a ideia transparecer mais intensamente que o Rei Marke fica mais perturbado não por Tristão lhe "roubar" Isolda como mulher, mas pelo facto de trair a confiança e admiração (embora involuntariamente como sabemos) que tinha por ele. Isto é algo que antes eu não me tinha apercebido inteiramente. Transparece com maior peso nesta produção.


 Sete anos depois de ver esta encenação, e vários Tristãos depois, alcancei a beleza e a potência emocional que esta obra tem. E imagino o que Wagner sentiu por Mathilde Wesendonk para escrever isto. Só mesmo ao alcance de poucos.

A Orquestra do Teatro Real, dirigida pelo maestro Marc Piollet, está brutal em Wagner!


 A Isolda de Violeta Urmana foi potentíssima vocalmente, estridente mas nunca gritando.

O Tristão de Robert Dean Smith, sem reservas no início, deu tudo vocalmente e de forma regular em toda a ópera.

Ekaterina Gubanova muito bem como Bargäne, principalmente no primeiro acto; voz de vigília no 2º acto muito bem mas por vezes com alguma oscilação ligeira da afinação nas notas prolongadas.

O Kurwenal de Jukka Rasileinen esteve muito bem, afinação, credibilidade vocal e excelente sintonia de lealdade (que se sentiu) com Tristão.
Franz Josef Selig foi excelente como Rei Marke. O timbre (belíssimo), a entoação que dá e o modo como viveu os monologos em termos vocais e cénicos foi arrepiante.

Um excelente Tristão e Isolda!


TRISTAN UND ISOLDE, Teatro RealMadrid, February 2014 

Here is a brief note from wagner_fanatic about R Wagner´s Tristan and Isolde that he saw recently in Madrid.

The staging was by Peter Sellars. The stage direction was excellent with regard to the content of the text. Projected images by Bill Violacomplementary to the stage action, even if we did not look to the singers but knowing what was going on, enabling us to travel to a parallel universe of meaningful of love, although induced by a portion, but beyond what is understandable, if never experienced one like this.

Sellars puts King Marke kissing Tristan's face twice - the idea showing that King Marke is more disturbed not by Tristan "steal" his Isolde as a woman, but because he betrayed the trust and admiration (though unintentionally as we know) we had for him. This is something that I had not noticed before so clearly as it is shown in this production

Seven years after seeing this staging, and several “Tristans” after, I reached the beauty and emotional power that this opera has. And I guess what Wagner felt by Mathilde Wesendonk to write this. Only for very few.


The Orchestra of the Teatro Real, directed by maestro Marc Piollet, was brutal in Wagner!

Violeta Urmana´s Isolde was very powerful vocall, but she never screamed.

Robert Dean Smith´s Tristan gave everything he has vocally, and regularly throughout the opera.

Ekaterina Gubanova’s Bargäne was very good, especially in the first act. Sometimes she showed some slight oscillation of relaying in extended notes.

Jukka Rasileinen’s Kurvenal was fine, good pitch, with vocal credibility and excellent expression of loyalty (he felt) with Tristan.

Franz Josef Selig as King Marke was excellent. The timbre (gorgeous), the intonation he gives and thw way he lived the monologues, vocal and artistic, was creepy.

An excellent Tristan and Isolde.

Wagner Fanatic

Fonte: http://fanaticosdaopera.blogspot.com.br/

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