"COSÌ FAN TUTTE" , DE MOZART, METROPOLITAN OPERA HOUSE, NOVA YORQUE, ABRIL DE 2014. CRÍTICA DE FANÁTICO UM NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

(review in English below)
 Cosi fan tutte é a ópera de W A Mozart com libretto de Lorenzo da Ponteque mais gosto. Vi-a recentemente num dia de chuva diluviana em Nova Iorque!


 A encenação, magnífica, é de Lesley Koenig. Toda a cenografia é de grande impacto visual, mas o primeiro quadro é fabuloso. Vêem-se em fundo, na penumbra, dois barcos, que parecem uma tela pintada. Mas não é, as personagens entram neles e um desloca-se. O jogo de luzes (de Duane Schuler) é muito eficaz, criando diversas atmosferas ao longo do quadro. Do melhor que tenho visto. Também os outros quadros são bonitos e estão muito bem conseguidos, mas o primeiro é único. A movimentação cénica é outra mais valia assinalável.

Orquestra da Metropolitan Opera esteve ao mais alto nível mas, verdadeiramente sensacional, foi a direcção do maestro James Levine. Tempos e sonoridade perfeitos, primazia para os cantores, uma maravilha.


 Os solistas foram muito uniformes de de excelente nível.

O tenor americano Matthew Polenzani foi um Ferrando irrepreensível. Voz sempre bem colocada, timbre belíssimo, potência assinalável e interpretação cénica de qualidade. Transmitiu uma expressividade vocal marcante.



Também o Guglielmo do barítono russo Rodion Pogossov (um desconhecido para mim) esteve à altura da personagem, que interpretou com muita qualidade vocal e boa presença em palco.


 O veterano baixo barítono italiano Maurizio Muraro fez um grande Don Alfonso, muito correcto, de voz forte e afinada.


Isabel Leonard, mezzo “da casa”, foi uma Dorabella de boa presença cénica e voz bonita e afinada ao longo de toda a récita. Teve como ponto mais alto a ária È amore un ladroncello, no 2º acto. 


 O soprano australiano Danielle de Niese fez uma Despina excelente, tanto em comicidade como em interpretação vocal. Mostrou grande versatilidade artística, bem evidente quando encarnou o médico e o notário. Foi sempre muito viva, cómica e alegre.


 Finalmente outra interpretação fantástica foi de Susanna Philips, jovem soprano americano, que deu vida à Fiordiligi. A cantora é sempre muito expressiva (como se viu recentemente na excelente Musetta da La Bohème de há poucas semanas) e a voz é também magnífica. Timbre muito agradável, sempre sobre a orquestra, mantendo uniformidade qualitativa em todos os registos. Na ária dramática do 1º acto Come scoglio deu-nos uma interpretação acrobática e quase jocosa, como é desejável, contrastando com o lamento mais genuíno e humano na longa ária Per pieta no 2º acto, onde foi notável. Excelente!


 Uma daquelas poucas (infelizmente) récitas que não esquecerei rapidamente.









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Cosi fan tutte, Metropolitan Opera, New York, April 2014 

Cosi fan tutte is my favorite Mozart 's opera with libretto by Lorenzo da Ponte. I saw it recently on a day of diluvian rain in New York!

The staging, magnificent, is by Lesley Koenig. The whole scenery is of great visual impact, but the first part is fabulous. We see in the background, in the shadows , two boats, which look like a painting. But it is not, we see the people enter in them and one then moves away. The lights (by Duane Schuler) are very effective, creating different atmospheres along the performance. Of the best I have seen. The rest of the scenery is also beautiful, but but the first part is unique.

The Orchestra of the Metropolitan Opera was at the highest level but, truly sensational, was the direction of conductor James Levine. Tempi and perfect sound, primacy for the singers, wonderful.

The soloists were very uniform and excellent.

American tenor Matthew Polenzani was a faultless Ferrando. His voice was powerful and with a beautiful timbre.Also a remarkable stage interpretation.

Also Russian baritone Rodion Pogossov (unknown to me) was a good Guglielmo, who sang with great quality and good stage presence.

Veteran Italian bass baritone Maurizio Muraro was a great Don Alfonso, very correct on stage and showing a strong and refined voice.

Isabel Leonard , mezzo from the " house " , composed Dorabella with good stage presence and beautiful and refined singing throughout the performance. She had the highest moment in the aria È amore un ladroncello in the 2nd act .

Australian soprano Danielle de Niese was 
​​an excellent Despina, both in comedy and in vocal performance. She showed great artistic versatilitys, evident when he playied the doctor and the notary characters. She was always very lively, comic and cheerful.

Finally another fantastic interpretation was by young American sopranoSusanna Philips who was Fiordiligi. The singer was always very expressive (as recently seen in the excellent Musetta in La Bohème a few weeks ago) and the voice is also magnificent. The timbre is very beautiful, the voice was always above the orchestra, keeping qualitative uniformity in all registers . In dramatic aria from Act 1 Come scoglio she gave us an acrobatic interpretation and almost playful, as it is desirable, contrasting with the more humain and genuine regret in the long aria Per pieta in the 2nd act, which was remarkable. Excellent!

One of those few (unfortunately) performances that I will not forget quickly.

Fanático Um

Fonte: http://fanaticosdaopera.blogspot.com.br/

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