ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO GRAVA A QUINTA DE MAHLER.


Sob regência de Cláudio Cruz, grupo prepara seu quarto disco com a emblemática quinta sinfonia de Mahler, que também será apresentada ao público no dia 10 e junho, na Sala São Paulo

A Orquestra Jovem do Estado de São Paulo que é ligada à EMESP Tom Jobim – instituição da Secretaria da Cultura do Estado gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura – escreve mais uma página importante de sua trajetória recente com a gravação de seu quarto CD e apresenta ao público no dia 10 de junho, na Sala São Paulo, o mesmo repertório: a Sinfonia nº 5, de Gustav Mahler. O concerto será às 16h00 e o ingresso custa R$ 30 (inteira). Em julho, o grupo interpreta a mesma peça no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.


Sob regência de seu diretor musical e maestro titular Cláudio Cruz, que está no posto desde 2012, ano em que a Orquestra foi reestruturada, esta será a primeira vez que o grupo interpreta a quinta de Mahler neste período. “Trata-se de uma das peças mais complexas da obra do compositor e que exige da orquestra grande experiência em repertórios sinfônicos para sua execução”, afirma Cruz

Composta entre os verões de 1901 e 1902, a obra de Gustav Mahler (1860-1911) reflete a maturidade atingida pelo compositor que, aos 40 anos, era uma personalidade influente na Ópera de Viena e um dos mais importantes maestros da época. A Sinfonia nº 5 estreou em 18 de outubro de 1904, em Colônia, na Alemanha, sob regência do próprio compositor.


No que diz respeito aos movimentos mostra singularidade uma vez que está organizada em cinco movimentos, porém divididas em três partes. Os primeiros dois andamentos são trágicos e sofridos, o scherzo do terceiro movimento contém momentos de júbilo e de ansiedade, é mais descontraído e muito bem estruturado, preparando e fortalecendo as bases para a terceira e última parte. Esta inicia com o famoso adagietto, que Luchino Visconti usou no seu filme “Morte em Veneza”, sobre a obra homónima de Thomas Mann, com andamento lento um remanso de paz, impregnado do desejo de se distanciar das tensões e lutas mundanas para delas triunfar no sereno e amado refúgio da intimidade. O final mescla temas musicais dos movimentos anteriores, funde o carácter angustiante dos primeiros dois movimentos com a alegria dos últimos, combinando assim os elementos tão díspares de escuridão e luz que convivem na sinfonia, concluindo a obra com uma grande explosão de alegria.

O CD será gravado durante os ensaios da Orquestra no Teatro Caetano de Campos, que fica na região central da capital paulista. Ano passado, a Orquestra Jovem gravou obras modernas e contemporâneas, como Danças Romenas e Mandarim Maravilhoso, de Béla Bartók; Danças de Galanta, de Zóltan Kodály; e laçoentrelaço, escrita em 2013 pelo brasileiro Flo Menezes. Em 2016, acompanhada do pianista Cristian Budu, registrou obras de Berlioz e Tchaikovsky; e um ano antes inaugurou sua discografia com o violoncelista Antonio Meneses, com peças de Guerra-Peixe, Shostakovich e Villa-Lobos.


Em seu sétimo ano após a bem-sucedida reestruturação promovida no grupo pela Santa Marcelina Cultura, o conjunto de 90 bolsistas com idade até 25 anos, ensaia diariamente durante duas semanas seguidas que antecedem a cada concerto, prática comum adotada para toda sua temporada. Neste programa, em especial, os preparativos começam mais cedo por conta da gravação do CD.


A temporada 2018 da Santa Marcelina Cultura tem o patrocínio de parceiros que acreditam no poder transformador da música para a formação dos jovens brasileiros, como o Bank of America Merrill Lynch, a REDE - uma empresa Itaú e o escritório de advocacia Machado Meyer, todos por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Programa:
GUSTAV MAHLER
Sinfonia nº 5, em Dó Sustenido Menor [65 min]

Serviço:
São Paulo
Data: 10 de junho, domingo
Horário: 16h00
Local: Sala São Paulo
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16 - Campos Elíseos, São Paulo
Telefone: (11) 3367-9500
Entradas: R$ 30,00 inteira | R$15,00 meia
Duração: 65 minutos (aproximadamente)
Capacidade: 1.484 lugares
Classificação indicativa: Livre
Acessibilidade: Sim

Cláudio Cruz, regente titular e diretor musical
Iniciou-se na música com seu pai, o luthier João Cruz, posteriormente recebeu orientações de Erich Lenninger, Maria Vischnia e Olivier Toni. Foi premiado pela APCA e recebeu os prêmios Carlos Gomes, Bravo, Grammy, entre outros. Foi regente titular das sinfônicas de Ribeirão Preto e de Campinas. Atuou como diretor artístico e regente nas montagens das óperas Lo Schiavo e Don Giovanni, em Campinas; e Rigoletto e La Boheme, em Ribeirão Preto. Participa de festivais internacionais nos EUA e no Brasil. Atua como regente convidado em diversas orquestras no Brasil, América do Sul, Europa e Japão. Atualmente, é regente e diretor musical da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e primeiro violino do Quarteto de Cordas Carlos Gomes.


Orquestra Jovem do Estado de São Paulo
Referência tanto por seu bem-sucedido plano pedagógico quanto por sua cuidadosa curadoria artística, a Orquestra Jovem do Estado é sinônimo de excelência musical no Brasil. Desde sua reformulação, em 2012, a Orquestra passou a ter Cláudio Cruz como regente titular e diretor musical, o que ocasionou um expressivo salto de qualidade. Hoje, a Orquestra apresenta uma marcante identidade sonora, e sua forte coesão interna permite a construção de repertórios cada vez mais desafiadores técnica e estilisticamente.

Esse sucesso é fruto da abrangência de suas atividades pedagógicas, que formam e inspiram os jovens instrumentistas. Na EMESP Tom Jobim, os bolsistas têm aulas com foco na temporada do grupo, que vão desde a prática instrumental até o estudo de história da música. Intensivos, os ensaios seguem o modelo de festival, com preparação de naipes, imersão no repertório e profunda interação com solistas e regentes convidados.


Ciente da importância da vivência internacional para a formação dos jovens músicos, a Orquestra realizou diversas turnês no exterior. Com atuações elogiadas pelo público e crítica internacional, o grupo já se apresentou em importantes salas de concerto, como o Lincoln Center, em Nova York, o Kennedy Center, em Washington e a Konzerthaus, em Berlim – além de ter participado como orquestra residente do Festival Berlioz, na cidade natal do compositor francês, La Côte-Saint-André, interpretando a “Sinfonia Fantástica”.

Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim
Com mais de 20 anos de atuação, a Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim) tem como objetivo a formação dos futuros profissionais da música erudita e popular. Com um corpo docente altamente qualificado, a EMESP vem construindo um projeto pedagógico inovador, com foco no ensino de instrumento, no convívio dos alunos com grandes mestres e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), além de disciplinas teóricas de apoio. Em constante diálogo com as principais instituições de formação musical do Brasil e do mundo, a EMESP oferece a cada ano centenas de shows, concertos, workshops e master classes.


A EMESP Tom Jobim mantém um eixo de difusão artística complementar às atividades de formação com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e criar
uma ponte entre o aprendizado e a profissionalização, além de fomentar a formação de público e a difusão da música em todas as modalidades. A EMESP mantém seis grupos artísticos: Banda Sinfônica Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado, Orquestra Jovem Tom Jobim, Orquestra Jovem do Theatro São Pedro e Academia de Ópera do Theatro São Pedro, que oferecem bolsas para os alunos da Escola. A EMESP Tom Jobim é uma escola do Governo de São Paulo gerida em parceria com a Santa Marcelina Cultura, Organização Social ligada à Secretaria de Estado da Cultura.

Bank of America Merrill Lynch
O Bank of America é uma das principais instituições financeiras do mundo e tem como propósito promover a melhoria da vida econômica e financeira das pessoas e dos países em que está presente por meio do poder das conexões. Para isso, adota uma estratégia de crescimento responsável, com foco nas necessidades dos clientes, em um criterioso controle de riscos, visando à sustentabilidade em longo prazo.

Bank of America Merrill Lynch é a marca para os negócios de banco comercial, investimentos e corretora, sendo um dos líderes globais também nesses segmentos. Na América Latina, possui escritórios em seis países, entre eles o Brasil, e atua no aconselhamento financeiro de empresas e investidores institucionais.

As ações de responsabilidade corporativa do Bank of America Merrill Lynch têm foco em educação financeira, empreendedorismo de impacto, projetos de desenvolvimento econômico, arte e cultura, uma vez que esses temas apresentam grande potencial de transformação e de geração de benefícios para os cidadãos e para toda a sociedade.


Sobre a Santa Marcelina Cultura

Criada em 2008, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura. É responsável pela gestão do Projeto Guri da capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro.

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